IA como aliada ou como rival? Essa profissão está dividida
Estudo mostra como escritores profissionais podem reinventar suas carreiras com a IA, ou tratá-la como uma ameaça O post IA como aliada ou como rival? Essa profissão está dividida apareceu primeiro em Olhar Digital.

Uma pesquisa da Universidade de Nova York revelou que escritores não são apenas vítimas da disrupção causada pela inteligência artificial generativa — são também protagonistas ativos na redefinição de suas carreiras.
Apresentado na conferência ACM CHI, o estudo entrevistou 25 escritores profissionais com uma média de 17 anos de experiência e pelo menos um ano de uso da IA. As reações à tecnologia variam, indo da rejeição à integração.
Estratégias adotadas pelos escritores
- Utilizando a teoria do job crafting — que analisa como profissionais moldam seus próprios papéis — os pesquisadores identificaram quatro estratégias distintas de resposta à IA.
- Duas delas envolvem resistência: expansão humana, onde os escritores reforçam sua identidade e visibilidade; e localização humana, que aposta em nichos e públicos que valorizam o trabalho humano.
- Já os adeptos da IA seguem duas estratégias: expansão com IA, ao usá-la como ferramenta criativa; e delegação com IA, transferindo tarefas mecânicas à tecnologia para ganhar eficiência.

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Competir com a IA ou se aproveitar dela?
A pesquisa destaca também o fenômeno da “rivalidade com a IA”, especialmente entre os resistentes, que enfrentam a tecnologia como se fosse um concorrente humano — buscando se destacar em áreas onde a IA falha, como contextos culturais específicos.
Em contraste, os adeptos executam um intenso “trabalho gerencial de IA”, criando prompts eficazes e refinando resultados.
A automação já está alterando estruturas de trabalho, com editores, por exemplo, substituindo equipes por ferramentas como o ChatGPT.
Os autores recomendam a criação de comunidades de troca entre resistentes e adeptos para enriquecer o aprendizado mútuo frente às rápidas transformações da profissão.

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