Crítica de Premonição 6: Laços de Sangue
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Fácil e simples são dois conceitos que se confundem e até são tratados como sinônimos em alguns contextos. No entanto, não são a mesma coisa: fácil tem a ver com baixo esforço, enquanto simples com a ausência de complexidade. Fazer o simples quase nunca é fácil, pois exige um alto nível de entendimento sobre o que você está fazendo. Quando o simples parece fácil aos olhos de terceiros, significa que você fez um trabalho muito bom. Chegando aos cinemas esta semana, Premonição 6: Laços de Sangue (2025) é um exemplo de algo que parece fácil, mas que na verdade é o simples muito bem feito.
Não existe muito segredo quanto a fazer um filme de Premonição. Você basicamente precisa de um desastre evitado por uma visão, humor sombrio e mortes criativas. Entretanto, entender como equilibrar esses recursos para entregar algo envolvente não é fácil. É o tipo de atividade que exige, além de um bom conhecimento de criação de atmosfera e dosagem entre humor e drama, um grande conhecimento de como a franquia funciona melhor.

Em seus melhores momentos, Premonição funcionou quando fez o público se importar com seus personagens. As mortes não têm que ser apenas comicamente trágicas. Você tem que sentir a perda daquelas pessoas. Nesse sentido, Zach Lipovsky e Adam B. Stein foram muito felizes com suas escolhas relacionadas aos personagens principais. Se o texto se afasta de qualquer complexidade, a dupla de diretores compensa com o senso de urgência e sugestão constante de sacrifício. Quando se olha de fora para a história, ela até parece boba, mas a forma como é contada é um grande triunfo de Laços de Sangue (2025).
Construída sobre a sólida fundação de sua incrível e ardente sequência de abertura, a trama levanta toneladas de possibilidades sobre o quão trágica pode ser. É evidente que a equipe criativa tem total controle sobre essa atmosfera agoniante. Mesmo te deixando preparado para o pior, ela sempre surpreende sobre o quão perversa pode ser.
Tenho para mim que essa tensão constante acompanhada de subversão bruta, faz de Premonição 6 (2025) um filme sacana — em um bom sentido. Ele convence que é previsível para depois te dar uma rasteira forte o suficiente para fazer você dar um mortal.

Além dessa atmosfera envolvente, outra grande notícia de Premonição 6 (2025) é a ascensão da dupla Zach Lipovsky e Adam B. Stein ao topo do mercado de Hollywood. Se, por um lado, não entregaram uma grande inovação à fórmula, o salto visual é enorme. Da abertura com elementos retrofuturistas, até as escolhas de movimentação de câmera, planos e transições, diria que este é o filme de Premonição mais bonito e bem montado já feito.
Não se trata de um produto sem alma ou de algo apelativo e sustentado completamente pela nostalgia. Este é um filme que se preocupa em usar todos os recursos do cinema a seu favor para ser sua própria obra única. Em outras palavras, é um filme preocupado em ser um filme, e não apenas encarado como fluxo de caixa para uma grande empresa.

Em síntese, Laços de Sangue (2025) possui o melhor que Premonição tem a oferecer, sem soar como mais uma repetição barata de algo que deu certo antes. O filme é tão divertido quanto deveria, não mais engraçado do que precisava, e mais tenso do que se imaginava. Ser eficaz na execução de um projeto com uma proposta tão simples quanto mostrar pessoas morrendo de forma criativa até pode ser fácil, mas alcançar eficiência em um sexto filme de franquia exige muito mais esforço do que aparenta. Fica aqui meu reconhecimento a essa grande equipe criativa.
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