Grupo SBF (SBFG3) enfrenta dificuldades com a Fisia e receita é impulsionada pela Centauro no 1T25; entenda relação atrativa de risco/retorno das ações
O Grupo SBF apresentou crescimento de 4% na visão anual durante o 1T25, apesar de desafios em segmento. O post Grupo SBF (SBFG3) enfrenta dificuldades com a Fisia e receita é impulsionada pela Centauro no 1T25; entenda relação atrativa de risco/retorno das ações apareceu primeiro em Empiricus.

O Grupo SBF (SBFG3), dono das lojas Centauro e Fisia, iniciou 2025 com crescimento nas receitas e margens mais sólidas, mas com desafios pontuais que afetaram a alavancagem operacional, principalmente na operação da Fisia, prejudicando o desempenho do segmento.
Os números do Grupo SBF no 1T25
A receita líquida consolidada do Grupo SBF cresceu 4,0% na visão anual, somando R$ 1,55 bilhão (em linha com o consenso), com lucro líquido ajustado de R$ 69,2 milhões.
A margem líquida de SBFG3 também subiu para 4,5%, beneficiada por uma melhora significativa no resultado financeiro, reflexo direto da redução de 44,9% na dívida líquida e da menor alavancagem (0,61x EBITDA).
A Centauro foi o principal motor de crescimento no trimestre. A receita líquida aumentou 11,2% e chegou a R$ 821,4 milhões, com avanço de 8% nas lojas físicas e alta expressiva de 24,5% no digital.
A margem bruta ajustada da Centauro subiu 1,3 p.p., para 50,7%, sustentada por maior venda a preço cheio e gestão eficiente de sortimento e estoque. Iniciativas como o incremento de cupons mistos (combinando a venda de calçados com um item adicional) e maior conversão em loja contribuíram para o ganho operacional. O SSS (vendas nas mesmas lojas) ficou em 10,9% para as lojas físicas da Centauro, subindo para 13,2% considerando as operações digitais.
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Fisia traz dificuldades na receita líquida das ações SBFG3
Por outro lado, a Fisia — representante exclusiva da Nike no Brasil — registrou queda de 5,9% na receita líquida, puxada por retração de 18,9% no canal de atacado. A estratégia de reduzir descontos ainda não havia sido completamente absorvida pelos parceiros comerciais no semestre anterior, o que impactou os pedidos.
Apesar disso, os canais diretos ao consumidor (lojas e digital) cresceram 1,5%, com destaque para o aumento das vendas a preço cheio, elevação do ticket médio e margens mais saudáveis nos canais próprios (52% de margem bruta combinada).
O SSS consolidado da Fisia ficou em -1,2% no 1T25, sendo ainda menor (-3,4%) olhando exclusivamente para as lojas (Nike Value Stores) da marca. A Fisia encerrou o trimestre com lucro bruto de R$ 360 milhões e margem de 43,7% (estável a/a).
O EBITDA ajustado (ex-IFRS) do Grupo SBF foi de R$ 222,1 milhões, queda de 4,9% no comparativo anual, com margem de 14,3% (retração de 1,3 p.p. a/a). A queda reflete a menor diluição de despesas fixas na Fisia, especialmente no atacado, que perdeu escala no trimestre.
Ainda assim, o grupo manteve controle de despesas administrativas, que caíram para 6,3% como percentual da receita líquida.
O lado positivo do trimestre se sobressai aos problemas do Grupo SBF
A companhia apresentou melhoria no capital de giro, com ganho de 19 dias no ciclo financeiro. Mas o fluxo de caixa no período foi negativo em R$ 24 milhões, uma queda no consumo vs. o 1T24, mas um aumento de 15% no capex no período.
O foco nos investimentos foi direcionado para tecnologia, inovação e revitalização de lojas. Mesmo com o consumo de caixa, a dívida líquida/EBITDA (ex-IFRS16) da companhia permanece em um patamar confortável de 0,61x (vs. 1,33x no 1T24 e 0,38x no 4T24).
Apesar da fraca tendência de vendas, o lado positivo veio de outra rodada de expansão da margem bruta no período, enquanto esperamos que a receita líquida melhore gradualmente nos próximos trimestres.
O programa de recompra de ações e o menor endividamento reforçam o compromisso da empresa com a disciplina financeira, preparando o terreno para a retomada mais forte no segundo semestre — especialmente na operação de atacado.
Somado um nível de valuation bastante atrativo em nossa opinião, a 7,3x P/L para 2025 segundo o consenso de mercado, vemos o Grupo SBF apresentando uma ótima relação de risco / retorno para o investidor.
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