Petrobras (PETR4) reporta 1T25 abaixo do consenso, mas sem sustos envolvendo o Capex e anuncia novo pagamento de dividendos; é hora de comprar ações?

O resultado trimestral da Petrobras (PETR4) indicou uma alta na produção e nos preços de petróleo melhores em relação ao trimestre anterior. Saiba mais. O post Petrobras (PETR4) reporta 1T25 abaixo do consenso, mas sem sustos envolvendo o Capex e anuncia novo pagamento de dividendos; é hora de comprar ações? apareceu primeiro em Empiricus.

Mai 13, 2025 - 15:34
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Petrobras (PETR4) reporta 1T25 abaixo do consenso, mas sem sustos envolvendo o Capex e anuncia novo pagamento de dividendos; é hora de comprar ações?

A Petrobras (PETR4) divulgou resultados operacionais um pouco abaixo das estimativas, mas com leve melhora na comparação com o trimestre anterior e, mais importante, sem sustos envolvendo o Capex desta vez. 

Ajudada pelo aumento da produção e preços de petróleo um pouco melhores, a receita do segmento de Exploração e Produção (E&P) cresceu +12,5% ante o 4T24, para US$ 15 bilhões.

Apesar da melhora de produtividade, o lifting cost (custo de extração por barril) subiu +7% no período, acima do que o mercado esperava, reflexo de maiores intervenções e inspeções, além de um contrato de monitoramento de leito marítimo em Búzios.

Por outro lado, neste trimestre não tivemos as provisões bilionárias para descomissionamento de plataformas que afetaram o 4T24. Com isso, o Ebitda de E&P subiu +55%, para US$ 9,95 bilhões. 

Desempenho de outros segmentos da Petrobras no 1T25

Em Refino, apesar do crescimento de +3,6% da receita e do bom controle de despesas, o lucro operacional do segmento acabou sendo afetado por menores margens de derivados e um aumento no custo unitário de produção, principalmente em função da parada planejada na RNEST. Com isso, o Ebitda do Refino recuou -28,7%, para R$ 1,07 bilhão. 

Por fim, o Ebitda do segmento de Gás e Energia apresentou um recuo expressivo de -76%, para R$ 87 milhões, reflexo de uma base de comparação forte (contabilização de contratos no 4T24), além de redução no volume de gás vendido e encerramento de alguns contratos de energia. No entanto, o segmento é pouco representativo para o todo. 

Com isso, o Ebitda consolidado excluindo efeitos não-recorrentes atingiu US$ 10,6 bilhões, alta de +7,8% na comparação com o 4T24, mas ligeiramente abaixo do consenso. 

Lucro de PETR4 sobe 30% ignorando despesas e prejuízo

O lucro líquido da Petrobras atingiu US$ 6 bilhões, ante um resultado negativo de -US$ 2,7 bilhões no 4T24, quando a companhia apresentou diversas despesas não recorrentes e sem efeito caixa. Desconsiderando todos esses efeitos, o lucro teria atingido US$ 4 bilhões, alta de +30,7%. 

Apesar de números operacionais ligeiramente abaixo do esperado, tivemos boas notícias envolvendo o Capex, que foi o grande responsável pela queda das ações no resultado do 4T24. Os investimentos do trimestre somaram US$ 4,1 bilhões, que além de mostrarem redução de -29%, estão muito mais alinhados ao guidance e às expectativas do mercado, o que inclusive reforça o caráter atípico do Capex elevado no trimestre anterior. 

A alavancagem da Petrobras subiu de 1,29x para 1,45x dívida líquida/Ebitda, o que está diretamente relacionado à prorrogação do contrato do FPSO de Cidade de Angra dos Reis, e acarretou no reconhecimento de US$ 3 bilhões em dívidas de arrendamento. 

É hora de comprar ação PETR4? Entenda motivos

Para encerrar, a Petrobras anunciou R$ 11,7 bilhões em dividendos, o que representa um yield de 2,75% com base no fechamento do dia 12, data do anúncio.

Apesar de números um pouco abaixo do consenso, ainda assim a companhia apresentou resultados sólidos, com boa geração de caixa, dividendos e uma sinalização importante envolvendo o Capex. Por apenas 4,5x preço/lucros e um cenário que nos parece assimétrico para o petróleo, as ações da Petrobras tem recomendação de compra em diversas carteiras da Empiricus.

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