O que aconteceu com o homem que permitiu que uma cobra o comesse vivo enquanto gravava tudo?

Imagine a cena: um homem rasteja pelo solo lamacento da Amazônia, vestindo um traje preto resistente, enquanto se aproxima de uma das maiores serpentes do planeta. Seu objetivo? Ser engolido vivo por uma sucuri verde. Essa não é uma cena de filme de terror, mas um evento real que aconteceu em 2014, protagonizado pelo conservacionista […] Esse O que aconteceu com o homem que permitiu que uma cobra o comesse vivo enquanto gravava tudo? foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.

Mai 14, 2025 - 19:10
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O que aconteceu com o homem que permitiu que uma cobra o comesse vivo enquanto gravava tudo?
O que aconteceu com o homem que permitiu que uma cobra o comesse vivo enquanto gravava tudo?

Imagine a cena: um homem rasteja pelo solo lamacento da Amazônia, vestindo um traje preto resistente, enquanto se aproxima de uma das maiores serpentes do planeta. Seu objetivo? Ser engolido vivo por uma sucuri verde. Essa não é uma cena de filme de terror, mas um evento real que aconteceu em 2014, protagonizado pelo conservacionista Paul Rosolie. A história, tão absurda quanto fascinante, mistura coragem, ciência e um toque de loucura — tudo em nome da preservação ambiental.

Quem é o Aventureiro por Trás da Ideia?

Paul Rosolie não é um desconhecido no mundo da conservação. Natural dos Estados Unidos, ele dedicou boa parte da vida a explorar e proteger ecossistemas ameaçados, especialmente na Amazônia. Suas expedições o levaram a lugares como o Peru, a Indonésia e a Índia, mas foi no Brasil que ele encontrou seu maior desafio: estudar e defender as sucuris verdes, gigantes que podem ultrapassar 6 metros de comprimento e 200 quilos. Rosolie não só aprendeu a respeitar esses animais, mas também decidiu usar sua relação com eles para chamar atenção global.

O Plano Radical (e um Pouco Maluco)

Em 2014, o Discovery Channel propôs um documentário chamado Eaten Alive (“Comido Vivo”, em tradução livre). A ideia era simples: mostrar, em tempo real, como uma sucuri caça e devora sua presa. Mas Rosolie elevou o conceito a outro nível: ele próprio seria a “presa”. Seu objetivo era usar o choque da cena para alertar sobre o desmatamento na Amazônia, que destrói o habitat das sucuris e de milhares de outras espécies.

Para muitos, a proposta parecia suicida. Afinal, sucuris não são apenas grandes — elas matam por constrição, esmagando suas vítimas antes de engoli-las. Mas Rosolie não estava disposto a morrer por causa do experimento. Ele encomendou um traje especial de fibra de carbono, à prova de dentes e capaz de suportar pressões extremas. O equipamento incluía tanques de oxigênio, câmeras e até um sistema de comunicação para que a equipe pudesse monitorá-lo. Para completar, ele se cobriu com sangue de porco, um aroma irresistível para atrair a serpente.

O Encontro que Não Saiu Como o Planejado

A sucuri escolhida para o experimento media cerca de 5,5 metros — imponente, mas não a maior da espécie. Rosolie se aproximou dela de quatro, imitando o comportamento de um animal vulnerável. A serpente, atraída pelo cheiro do sangue, reagiu rapidamente. Porém, em vez de abrir a boca para engoli-lo, ela o envolveu com o corpo e começou a apertar.

A constrição de uma sucuri pode exercer uma força equivalente a 400 kg por metro quadrado. Mesmo com o traje, Rosolie sentiu a pressão esmagadora. Em poucos minutos, ele percebeu que não conseguiria seguir adiante. “Não consigo me mover… Estou com medo que ela quebre meu braço”, relatou aos produtores, descrevendo a sensação de sentir o osso “dobrando”. Com o risco de ferimentos graves, ele pediu para abortar a missão. A equipe interveio, libertando-o das espirais da serpente.

O Legado de uma Ação Polêmica

Apesar do fracasso em ser “comido vivo”, o experimento gerou repercussão mundial. Críticos questionaram o caráter sensacionalista do documentário, enquanto defensores argumentaram que o choque gerado cumpriu seu papel: milhões de pessoas discutiram a importância da Amazônia e das sucuris. Rosolie, por sua vez, não se arrependeu. Em entrevistas, ele explicou que a ação foi uma tentativa extrema de combater a indiferença em relação à destruição ambiental.

Hoje, quase uma década depois, o conservacionista continua ativo. Em suas redes sociais, compartilha imagens de expedições na selva, encontros com animais selvagens e até fotos curiosas, como a de uma aranha gigante sobre seu rosto — mais uma prova de que ele não teme usar o impacto visual para engajar o público. Seu trabalho inclui projetos de reflorestamento, educação ambiental e parcerias com comunidades locais.

Por que as Sucuris Precisam de Proteção?

A sucuri verde, protagonista involuntária dessa história, é uma das espécies mais icônicas da Amazônia. Além de controlar populações de roedores e outros animais, elas são indicadoras da saúde do ecossistema. Seu declínio reflete problemas maiores: queimadas, expansão agrícola e poluição de rios. Estima-se que cerca de 20% da floresta amazônica já tenha sido desmatada, colocando em risco não só as serpentes, mas toda a biodiversidade regional.

Paul Rosolie talvez não tenha conquistado seu momento “herói engolido pela serpente”, mas sua ousadia continua a inspirar discussões. E, em um mundo onde notícias ambientais muitas vezes passam despercebidas, às vezes é preciso um pouco de exagero para fazer as pessoas prestarem atenção.

Esse O que aconteceu com o homem que permitiu que uma cobra o comesse vivo enquanto gravava tudo? foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.