Proposta de orçamento da NASA cancelaria missão de retorno de amostras de Marte

A proposta orçamentária do governo do presidente Donald Trump para o próximo ano fiscal pode comprometer a campanha Mars Sample Return, que tem o objetivo de trazer amostras de Marte para a Terra. O plano propõe um corte de aproximadamente 25% na verba da NASA e, se aprovado, vai reduzir quase pela metade os recursos disponíveis para as atividades de ciência da agência espacial americana. Veja Marte em 360º pelos "olhos" do rover Curiosity, da NASA  NASA trará amostras de Marte, mas como vão garantir que elas são seguras? Embora o orçamento ainda seja preliminar, sua proposta se mostra alinhada com os planos do atual governo dos Estados Unidos, que tem o objetivo de “voltar à Lua antes da China e colocar um homem em Marte” — daí a redução nos fundos para pesquisas de menor prioridade e suspensão de projetos com alto custo, como é o caso desta campanha.  Esquema da Mars Sample Return, campanha da NASA e ESA para trazer amostras de Marte à Terra (Reprodução/ESA) A Mars Sample Return (ou “MSR”, na sigla em inglês) é um projeto conjunto da NASA e da Agência Espacial Europeia. A ideia é trazer à Terra as amostras que o rover Perseverance vem coletando desde 2021, quando pousou na cratera Jezero, em Marte. Desta forma, os cientistas poderiam estudar estes materiais com os equipamentos de última geração presentes nos laboratórios da Terra.  -Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.- O problema é que a MSR vem sofrendo várias críticas relacionadas tanto ao alto custo quanto aos objetivos, que poderiam ser cumpridos através de missões tripuladas em Marte. A análise mais recente da proposta da missão sugeria que seus custos chegariam a US$ 11 bilhões, e que as amostras chegariam à Terra somente em 2040.  Por isso, a NASA continua revendo o cronograma da missão — por enquanto, os oficiais vêm analisando duas arquiteturas. e uma delas promete trazer as amostras em algum momento a partir de 2035 por US$ 8 bilhões. “Nossa compreensão de Marte chegou a um ponto em que as perguntas que estamos fazendo podem ser melhor respondidas com amostras trazidas à Terra”, observou Bruce Jakosky, pesquisador da Universidade do Colorado.  Leia também: Saiba como a China quer trazer amostras de Marte para a Terra em 2030 Missão que trará amostras de Marte à Terra deve ter cronograma atrasado Vídeo: A Lua está enferrujando?   Leia a matéria no Canaltech.

Mai 14, 2025 - 18:36
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Proposta de orçamento da NASA cancelaria missão de retorno de amostras de Marte

A proposta orçamentária do governo do presidente Donald Trump para o próximo ano fiscal pode comprometer a campanha Mars Sample Return, que tem o objetivo de trazer amostras de Marte para a Terra. O plano propõe um corte de aproximadamente 25% na verba da NASA e, se aprovado, vai reduzir quase pela metade os recursos disponíveis para as atividades de ciência da agência espacial americana.

Embora o orçamento ainda seja preliminar, sua proposta se mostra alinhada com os planos do atual governo dos Estados Unidos, que tem o objetivo de “voltar à Lua antes da China e colocar um homem em Marte — daí a redução nos fundos para pesquisas de menor prioridade e suspensão de projetos com alto custo, como é o caso desta campanha. 

Esquema da Mars Sample Return, campanha da NASA e ESA para trazer amostras de Marte à Terra (Reprodução/ESA)

A Mars Sample Return (ou “MSR”, na sigla em inglês) é um projeto conjunto da NASA e da Agência Espacial Europeia. A ideia é trazer à Terra as amostras que o rover Perseverance vem coletando desde 2021, quando pousou na cratera Jezero, em Marte. Desta forma, os cientistas poderiam estudar estes materiais com os equipamentos de última geração presentes nos laboratórios da Terra. 

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O problema é que a MSR vem sofrendo várias críticas relacionadas tanto ao alto custo quanto aos objetivos, que poderiam ser cumpridos através de missões tripuladas em Marte. A análise mais recente da proposta da missão sugeria que seus custos chegariam a US$ 11 bilhões, e que as amostras chegariam à Terra somente em 2040. 

Por isso, a NASA continua revendo o cronograma da missão — por enquanto, os oficiais vêm analisando duas arquiteturas. e uma delas promete trazer as amostras em algum momento a partir de 2035 por US$ 8 bilhões. “Nossa compreensão de Marte chegou a um ponto em que as perguntas que estamos fazendo podem ser melhor respondidas com amostras trazidas à Terra”, observou Bruce Jakosky, pesquisador da Universidade do Colorado. 

Leia também:

Vídeo: A Lua está enferrujando?

 

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