FC Porto já 'Mora' no pódio e 'atormenta' vida de uma pantera aflita
As notas do Boavista-FC Porto, que praticamente carimbou o terceiro lugar para os dragões.

O FC Porto não vacilou na missão de ficar sozinho no terceiro lugar da I Liga, este domingo, ao derrotar o Boavista (1-2), no Estádio do Bessa, deixando os rivais da cidade Invicta com pressões distintas à entrada para a última jornada da I Liga.
Um golpe de magia de Rodrigo Mora (20') e um golo atribuído a Iván Marcano (25'), por vir de um remate de Nehuén Pérez, deixaram a equipa de Martín Anselmi a sorrir, até que um lance caricato permitiu aos axadrezados reentrar na partida, através do penálti convertido por Miguel Reisinho (33').
A segunda parte pouco teve para contar e, apesar da expulsão de Nehuén Pérez (82'), os dragões conseguiram carimbar a conquista dos três pontos, deixando as panteras no último lugar, à beira do abismo.
Com este resultado, o FC Porto passa a somar 68 pontos no terceiro lugar (praticamente garantido), com mais três do que o Sporting de Braga, que está obrigado a golear o Benfica por números impensáveis, além de esperar uma derrota dos dragões diante do Nacional - a diferença de golos é de... sete. Já o Boavista entra na derradeira ronda, com 24 pontos, a três do AVS e do Farense, 'espreitando' agora apenas a vaga de playoff.
Vamos então às notas da partida:
Figura
Não há como ser de outra forma. Rodrigo Mora voltou a dar 'show' com a camisola do FC Porto e tudo começou com o golo magistral que permitiu desbloquear o nulo. A pérola da formação azul e branca, que completou recentemente 18 anos, 'bailou' à entrada da grande área e colocou a bola onde quis, tendo ainda ameaçado marcar noutros lances de perigo.
Surpresa
Stephen Eustáquio voltou a jogar no miolo dos dragões, à semelhança do que tinha acontecido no último encontro, mas desta vez em dupla com Alan Varela. O médio canadiano acertou grande parte dos passes e sorriu em vários duelos, tendo-se revelado crucial para travar as investidas ofensivas do Boavista, sobretudo no segundo tempo.
Desilusão
Osman Kakay acabou o jogo expulso, mas não foi por aí que passou a ser considerado um dos destaques negativos do dérbi. O defesa-direito voltou a merecer a confiança de Stuart Baxter para ser titular, mas 'pecou' em alguns lances no seu corredor e esteve ainda longe de corresponder na missão ofensiva, sem registo de cruzamentos para a área de grande relevância.
Treinadores
Stuart Baxter trocou apenas Marco van Ginkel por Miguel Reisinho e até viu a sua equipa conseguir aguentar o nulo nos primeiros minutos, porém, quando apareceu o primeiro, veio o segundo logo a seguir. Apesar da resposta quase imediata (e das alterações no segundo tempo), o Boavista não se apresentou ao nível mais desejado para contrariar o rumo dos acontecimentos.
Martín Anselmi voltou a mexer no onze, com os regressos de Diogo Costa e Alan Varela, a 'sentar' Cláudio Ramos e Pepê, respetivamente, pelo que Fábio Vieira assumiu outras funções. Com Eustáquio a médio, o FC Porto superiorizou-se no primeiro tempo e festejou em dose dupla, seguindo-se substituições estratégicas na segunda metade, nomeadamente quando lançou Otávio para render o expulso Nehuén Pérez.
Árbitro
Cláudio Pereira protagonizou uma arbitragem segura e, embora o lance de grande penalidade a favor do Boavista seja algo caricato, não tremeu na hora de tomar decisões mais complexas. Para além disso, o árbitro da AF Porto acabou por não recorrer ao VAR no dérbi da cidade Invicta.
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