Eduardo Saverin projeta o futuro das startups no BTG Tech Day em Nova York
Startupi Eduardo Saverin projeta o futuro das startups no BTG Tech Day em Nova York O BTG Tech Day, realizado nesta terça-feira (13) em Nova York, reuniu alguns dos principais nomes do ecossistema global de tecnologia e venture capital. Entre eles, o brasileiro Eduardo Saverin, cofundador do Facebook e da gestora B Capital, dividiu o palco com o sócio Raj Ganguly e o banqueiro André Esteves para discutir o futuro [...] O post Eduardo Saverin projeta o futuro das startups no BTG Tech Day em Nova York aparece primeiro em Startupi e foi escrito por Marystela Barbosa

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Eduardo Saverin projeta o futuro das startups no BTG Tech Day em Nova York
O BTG Tech Day, realizado nesta terça-feira (13) em Nova York, reuniu alguns dos principais nomes do ecossistema global de tecnologia e venture capital. Entre eles, o brasileiro Eduardo Saverin, cofundador do Facebook e da gestora B Capital, dividiu o palco com o sócio Raj Ganguly e o banqueiro André Esteves para discutir o futuro das startups em tempos de crise e revolução da inteligência artificial (IA).
Segundo Saverin, os momentos de instabilidade — como os que vivemos hoje — são oportunidades únicas para construir empresas duradouras. “As grandes companhias que transformaram o mundo surgiram nos ciclos mais desafiadores”, afirmou. “É nessas fases que os empreendedores precisam dobrar o foco, cortar excessos e direcionar energia para o essencial.”
A B Capital, fundada por Eduardo Saverin e Ganguly em 2015, administra mais de US$ 8,5 bilhões e investe em quase 200 empresas de base tecnológica. Embora a gestora tenha nascido com uma visão global, 75% de seu portfólio está atualmente concentrado nos Estados Unidos. Para Saverin, esse número revela mais do que uma preferência estratégica — aponta para a liderança do ecossistema americano em atrair fundadores prontos para jogar em escala global.
Eduardo Saverin fala sobre tendências
“A pergunta que fazemos é: por que fundadores de outros países ainda têm dificuldade em pensar globalmente desde o início? O Facebook virou global quase por acidente, mas isso não pode ser a regra. A visão local limita o potencial de empresas que poderiam estar em outra liga”, provocou.
A inteligência artificial foi o eixo central da conversa, que reforçou o papel da tecnologia como catalisadora de produtividade, inovação e valor econômico. Saverin destacou que já vivemos uma fase de aplicações concretas — e não mais promessas. “A tecnologia está madura o suficiente para transformar marketing, compras, pesquisa e até descobertas de medicamentos. Mas só vai sobreviver quem souber aplicar com propósito e eficiência.”
Essa eficiência, aliás, passa por um desafio crescente: o consumo energético da IA. Saverin alertou para o risco de uma escalada insustentável nos próximos anos. “Se não pensarmos em soluções energéticas escaláveis, como solar ou nuclear, vamos construir castelos de areia. O futuro da IA depende de eficiência energética tanto quanto de capacidade computacional.”
Outro tema relevante foi o surgimento das chamadas “camadas de IA” — aplicações que incorporam inteligência em processos tradicionais, multiplicando o retorno por dólar investido. “Startups que dominarem esse conceito vão se destacar. É aí que está o próximo salto de valor”, disse Saverin.
Mas nem tudo são flores. O investidor demonstrou cautela em relação à euforia de mercado com valuations de startups de IA, comparando com os primeiros anos do Facebook. “Em 2004, a empresa valia US$ 7 milhões. Hoje, tem muita empresa vendendo fumaça. Precisamos separar a espuma da substância.”
O debate também abordou questões éticas, especialmente o impacto social e humano da IA. Saverin defendeu um uso responsável da tecnologia, especialmente em áreas como robótica e saúde. “Estamos entrando em um território onde a tecnologia pode imitar emoções humanas. Isso exige maturidade ética e regulamentação. A IA deve complementar, não substituir, o que nos torna humanos.”
Ao final, a mensagem foi clara: o jogo já começou, e o futuro será vencido por quem combinar visão global, responsabilidade social, sustentabilidade e inovação prática. “As tecnologias mudam, mas os princípios certos permanecem. Os empreendedores que entenderem isso vão liderar a próxima geração de empresas que realmente importam”, concluiu Saverin.
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