Ministério Público atuará nos estádios do Rio contra racismo em jogos da Libertadores e Sul-Americana
A ação faz parte da campanha “Estamos Vigilantes”, que conta com a participação de atletas, jornalistas, torcedores, profissionais de segurança e membros do Judiciário O post Ministério Público atuará nos estádios do Rio contra racismo em jogos da Libertadores e Sul-Americana apareceu primeiro em MKT Esportivo.

Com foco na prevenção e repressão ao racismo e à xenofobia, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) inicia nesta quarta-feira (14) uma operação nos jogos da Copa Libertadores e da Copa Sul-Americana disputados na cidade, com promotores do Grupo de Atuação Especializada do Desporto e Defesa do Torcedor (GAEDEST) presentes em todas as partidas acompanhando a conduta das torcidas e atuando de forma direta em possíveis casos de discriminação.
A ação faz parte da campanha “Estamos Vigilantes”, que conta com a participação de atletas de clubes cariocas, jornalistas, torcedores, profissionais de segurança e membros do Judiciário.
“Todos os torcedores que comparecerem às arenas esportivas do Rio de Janeiro terão o Ministério Público ao seu lado, com o objetivo de punir eventuais autores desses atos criminosos e garantir justiça e proteção aos direitos de todos os cidadãos”, afirmou o procurador-geral de Justiça, Antonio José Campos Moreira, idealizador do GAEDEST.
A mobilização acontece em um momento em que o futebol internacional também adota medidas mais severas, visto que durante o 74º Congresso da Fifa, realizado no último dia 9, foi aprovada por unanimidade uma atualização no Código Disciplinar da entidade. A nova versão amplia o rigor nas punições para episódios de racismo e outras formas de preconceito, prevendo inclusive a aplicação de multas e perdas automáticas dos duelos.
Casos recentes reforçam a urgência de ações mais contundentes. Em março, durante um confronto da Libertadores Sub-20, no Paraguai, Luighi, jogador do time sub-20 do Palmeiras, foi alvo de gestos e sons racistas vindos da torcida do Cerro Porteño-PAR.
No Rio, cidade que concentra as ações do GAEDEST neste momento, um episódio semelhante foi registrado em novembro de 2024 durante uma partida entre Botafogo e Palmeiras, válida pela Libertadores, onde dois torcedores foram filmados fazendo gestos discriminatórios direcionados. A Conmebol aplicou uma multa de US$ 60 mil ao clube carioca, evidenciando que a responsabilização pode atingir diretamente as instituições.
A atuação do MPRJ prevê a presença de promotores nos estádios e o uso das câmeras internas de vigilância para identificação de condutas discriminatórias. Caso ocorra algum episódio, a abordagem será imediata e a pessoa identificada será conduzida por agentes de segurança ao Juizado do Torcedor, onde, havendo confirmação do flagrante, poderá ter a prisão decretada e o processo criminal iniciado.
Além disso, o órgão incentiva que os próprios torcedores contribuam com a fiscalização. Quem presenciar qualquer tipo de discriminação nas arquibancadas deve comunicar imediatamente à equipe de segurança, a um policial militar ou ao promotor presente no estádio, fortalecendo a ideia de uma rede de resposta rápida e efetiva, tornando os estádios ambientes mais seguros e respeitosos.
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