Maioria exige mudança na condução do governo até 2026, diz Quaest

Levantamento divulgado nesta quarta-feira, 2, pelo instituto Genial/Quaest mostra que 81% dos brasileiros esperam que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) adote uma nova postura de governo até o final do mandato, em 2026.

Apenas 15% defendem a manutenção da administração nos moldes atuais. Outros 4% não souberam ou não quiseram responder.

A pesquisa foi realizada entre os dias 27 e 31 de março de 2025 e ouviu 2.004 pessoas com 16 anos ou mais, em todas as regiões do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.

O resultado aponta uma demanda majoritária por mudanças no governo federal. A insatisfação é reforçada pelos dados sobre aprovação e desaprovação da atual gestão.

Segundo o instituto, a desaprovação do governo Lula subiu para 56%, contra 49% registrados em janeiro. Já a aprovação caiu de 47% para 41% no mesmo intervalo. Outros 3% não souberam ou preferiram não opinar.

O levantamento também abordou a percepção da população sobre os rumos do país. Para 56% dos entrevistados, o Brasil está seguindo na “direção errada”. Em contrapartida, 36% afirmaram que o país está no rumo certo. O grupo dos que não souberam responder ou não opinaram representa 8% do total.

A avaliação sobre o atual mandato de Lula em comparação com gestões anteriores também foi medida pela pesquisa. Para 53% dos entrevistados, o terceiro mandato é “pior” do que os dois primeiros. Outros 20% consideram que o atual governo é “melhor”, enquanto 23% afirmaram que está “igual”. Quatro por cento não responderam.

Em relação ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), 43% dos entrevistados consideram a atual gestão “pior”. Outros 39% disseram que o governo Lula é “melhor”, e 15% avaliam que está “igual”. Três por cento não souberam ou não quiseram responder.

A pesquisa também registrou a avaliação da população sobre a situação econômica do país. Para 56% dos brasileiros, a economia piorou nos últimos 12 meses. Apenas 16% disseram que houve melhora, enquanto 26% consideram que a situação permanece a mesma. Os que não opinaram somam 2%.

Os dados indicam que a percepção econômica negativa está alinhada ao aumento da desaprovação do governo e à expectativa de mudanças na condução da administração federal. A avaliação do governo e a percepção dos rumos do país estão diretamente relacionadas, segundo análises anteriores do próprio instituto.

A Genial/Quaest tem realizado acompanhamentos regulares sobre a avaliação da gestão federal, as expectativas da população em relação ao futuro do país e os efeitos de políticas públicas no cotidiano dos brasileiros.

A série histórica mostra variações importantes nos índices de aprovação, percepção econômica e avaliação comparativa entre gestões.

O levantamento atual, com base em 2.004 entrevistas presenciais, reflete um recorte da opinião pública no final do primeiro trimestre de 2025, em um contexto marcado por inflação persistente, variações nos preços de alimentos e combustíveis, e pressões sobre o mercado de trabalho.

Esses fatores, segundo especialistas, influenciam diretamente a avaliação da população sobre o governo e suas perspectivas para os próximos anos.

O instituto não divulgou recortes detalhados por região, faixa etária ou perfil socioeconômico, mas informou que a amostra foi estratificada para garantir representatividade nacional.

O próximo levantamento da série Genial/Quaest está previsto para o início do segundo semestre, quando serão observadas possíveis variações nos indicadores de aprovação e nas expectativas da população em relação ao governo federal.

Acesse a pesquisa completa clicando aqui.

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