Diário de viagem: Capítulo 2
O programa de viagem tinha como destino a visita à cidade mediterrânea de Alexandria no dia seguinte. Madrugámos com grande expectativa e encetámos alegremente os cerca de 220km que separam esta cidade da capital. Nada nos faria pensar que Alexandria seria também uma ruína, mas efectivamente assim é. Andrajosa, suja e superpovoada, a cidade mais cosmopolita de todas as cidades egípcias é um caco e um perfeito caos. Salvou-se a visita a Kom el Shoqafa, um complexo funerário subterrâneo greco-romano-egípcio, a biblioteca que é uma pérola rara no meio de tantos escombros de construções habitadas e do lixo que é uma constante por todo o lado, a Fortaleza de Quaitbay, o Pilar de Pompeu, o demasiado ventoso Parque Montazah e a Corniche que se estende por quilómetros e que apesar do vento e do frio (11⁰C) consegue ser bonita. Quando Alexandre fundou a cidade e lhe deu o seu nome não lhe passou pela cabeça que se tornaria num Nó Górdio, sem lâmina que o consiga desatar. O passeio em si foi conseguido e o truque é não ser optimista. Se nunca se esperar demasiado, nunca ficaremos desapontados. Voltámos à estrada, para mais 220 quilómetros rumo à cor, à música e aos inebriantes aromas do iftar que conferem ao pardacento Cairo a alegria que debaixo do sol é difícil de encontrar.

O programa de viagem tinha como destino a visita à cidade mediterrânea de Alexandria no dia seguinte. Madrugámos com grande expectativa e encetámos alegremente os cerca de 220km que separam esta cidade da capital.
Nada nos faria pensar que Alexandria seria também uma ruína, mas efectivamente assim é. Andrajosa, suja e superpovoada, a cidade mais cosmopolita de todas as cidades egípcias é um caco e um perfeito caos.
Salvou-se a visita a Kom el Shoqafa, um complexo funerário subterrâneo greco-romano-egípcio, a biblioteca que é uma pérola rara no meio de tantos escombros de construções habitadas e do lixo que é uma constante por todo o lado, a Fortaleza de Quaitbay, o Pilar de Pompeu, o demasiado ventoso Parque Montazah e a Corniche que se estende por quilómetros e que apesar do vento e do frio (11⁰C) consegue ser bonita.
Quando Alexandre fundou a cidade e lhe deu o seu nome não lhe passou pela cabeça que se tornaria num Nó Górdio, sem lâmina que o consiga desatar.
O passeio em si foi conseguido e o truque é não ser optimista. Se nunca se esperar demasiado, nunca ficaremos desapontados.
Voltámos à estrada, para mais 220 quilómetros rumo à cor, à música e aos inebriantes aromas do iftar que conferem ao pardacento Cairo a alegria que debaixo do sol é difícil de encontrar.