Jéssica Costa e a tapeçaria como arte viva

A tapeçaria entrou na vida de Jéssica Costa antes mesmo da febre da pandemia, quando ela ainda trabalhava manualmente, com agulha. De lá para cá, a artista-artesã refinou a técnica, adotou a pistola de tufagem e viu seu trabalho ganhar forma e força. Com ateliê na Vila Madalena, em São Paulo, ela se prepara para […] O post Jéssica Costa e a tapeçaria como arte viva apareceu primeiro em Harper's Bazaar » Moda, beleza e estilo de vida em um só site.

Abr 24, 2025 - 16:55
 0
Jéssica Costa e a tapeçaria como arte viva

Jéssica Costa – Foto: Marcio Farias

A tapeçaria entrou na vida de Jéssica Costa antes mesmo da febre da pandemia, quando ela ainda trabalhava manualmente, com agulha. De lá para cá, a artista-artesã refinou a técnica, adotou a pistola de tufagem e viu seu trabalho ganhar forma e força. Com ateliê na Vila Madalena, em São Paulo, ela se prepara para apresentar uma nova escultura na SP–Arte e celebrar sua indicação ao Loewe Foundation Craft Prize, que a colocou entre os 30 finalistas do mundo — e como a única da América Latina na lista. O resultado será divulgado em maio.

HARPER’S BAZAAR  – Como foi sua transição da moda para as artes visuais?

JÉSSICA COSTA: Sempre estive próxima do têxtil e do manual na moda — trabalhei em uma fábrica de fios. Ao longo do tempo, o interesse pelas técnicas artesanais me levou a migrar para as artes visuais, onde a tapeçaria se tornou meu meio de expressão.

HB: Há uma retomada desse tipo de arte, não?

JC: Sim. Tivemos um auge nos anos 1960 e 1970, depois houve um apagamento. Hoje, há um movimento de resgate, e artistas estão retomando técnicas têxteis como meio de expressão.

HB: Você planeja antes de executar?

JC: Faço esboços à mão e depois passo para o computador, onde espelho o desenho para trabalhar do avesso. Estudo as cores, tentando alcançar um efeito pictórico com a lã, como se fosse tinta.

”Estudo as cores, tentando alcançar um efeito pictórico com a lã, como se fosse tinta”, diz Jéssica Costa – Foto: Divulgação

HB: O que representa para você ser finalista do Loewe Foundation Craft Prize?

JC: É extremamente simbólico. Tenho formação em moda e agora estou sendo reconhecida no campo das artes por um prêmio que valoriza o trabalho manual — exatamente o que sempre defendi. Ser a única representante da América Latina torna tudo ainda mais especial.

HB: Quais são seus próximos planos?

JC: Estou focada na SP–Arte, onde apresento Inchaço — uma obra que acaba sendo quase “engolida” pela escultura, como um comentário sobre os cânones da arte. Também me preparo para a exposição da Loewe, em Madri. E ainda quero participar de uma residência artística, para me aprofundar na escultura e expandir a série Sobejo.

O post Jéssica Costa e a tapeçaria como arte viva apareceu primeiro em Harper's Bazaar » Moda, beleza e estilo de vida em um só site.