Adaptando o Silent Critique para journey maps
Como tornar a colaboração mais acessível, mesmo em jornadas longas e complexas.Imagem de um Silent Critique Journey MapVocê já ouviu falar em silent critique?Se não ouviu, eu explico: Em vez de uma reunião cheia de opiniões em voz alta, cada pessoa analisa a entrega de forma individual e silenciosa.Tudo acontece direto no material — como Figma ou Miro — com comentários deixados em post-its ou marcadores. Sem conversa, sem interrupções, sem influência de quem fala mais alto. É um tempo curto, mas com espaço seguro pra todo mundo contribuir.Agora… e quando a entrega não é uma tela, mas um journey map? E o público não é formado só por designers?Foi esse o nosso desafio.O desafioMariana, minha parceira no projeto, e eu estávamos mapeando toda a jornada de uma pessoa que conhece a empresa, se cadastra no programa de fidelidade e vai subindo de nível. Era uma jornada longa, cheia de interações online e offline, e com diferentes personas envolvidas.Essa foi uma entrega rápida feita em cerca de 2 meses enquanto também tocávamos outras frentes de trabalho em paralelo. Não tínhamos acesso direto aos usuários finais, mas conseguimos conversar com quem estava em contato constante com eles.Precisávamos da visão de várias áreas: atendimento, produto, marketing, TI… Só que ninguém tinha tempo sobrando.Reuniões longas estavam fora de cogitação. E mostrar a jornada inteira de uma vez? Impossível.Foi aí que decidimos quebrar a jornada em partes e validar aos poucos, em sessões rápidas e pontuais.Progresso de um usuário dentro do programa de fidelidade.A inspiraçãoA Andy, minha antiga mentora, criou um modelo ótimo de silent critique para projetos de design. Era organizado, eficiente e bem objetivo. Usamos como ponto de partida.Mas quando tentamos aplicar para um journey map… Não funcionou.O material era mais denso, cheio de termos específicos, e quem ia participar nem sempre sabia o que era uma journey map.A gente precisava validar:Várias personasDiferentes regrasUm caminho cheio de etapas.Cada persona vivia uma jornada distinta dentro do programa de fidelidade — seja por localização, tempo de vínculo com a empresa, participação em iniciativas presenciais, ou até mesmo pelos gastos em áreas como o cassino. Era muita variável pra explicar de uma vez só.Journey Map de 5 personas diferentesEtapa com interações offiline, à esquerda e online, à direitaA adaptaçãoA gente precisava de algo:RápidoSimplesVisualAcessível para qualquer áreaCriamos então um novo modelo sem jargões. Com explicações visuais e exemplos do dia a dia.E se a pessoa nunca tivesse ouvido falar em Journey Map?Sem problema.Print do Miro da Silent Critique Journey MapPra isso, usamos um exemplo“Imagine que você está indo ao zoológico. Um journey map mostraria tudo o que acontece desde sair de casa até ver os animais.”Mostramos o que é uma ação, uma emoção, um ponto de dor, uma oportunidade. Tudo com simplicidade.Explicação do que é uma Journey MapComo funciona a sessãoEnviamos o link do Miro com antecedência, caso alguém quisesse se familiarizar com o conteúdo. Mas se não desse tempo, tudo bem — eu sempre fazia uma introdução rápida no início da reunião pra contextualizar.

Como tornar a colaboração mais acessível, mesmo em jornadas longas e complexas.

Você já ouviu falar em silent critique?
Se não ouviu, eu explico: Em vez de uma reunião cheia de opiniões em voz alta, cada pessoa analisa a entrega de forma individual e silenciosa.
Tudo acontece direto no material — como Figma ou Miro — com comentários deixados em post-its ou marcadores. Sem conversa, sem interrupções, sem influência de quem fala mais alto. É um tempo curto, mas com espaço seguro pra todo mundo contribuir.
Agora… e quando a entrega não é uma tela, mas um journey map? E o público não é formado só por designers?
Foi esse o nosso desafio.
O desafio
Mariana, minha parceira no projeto, e eu estávamos mapeando toda a jornada de uma pessoa que conhece a empresa, se cadastra no programa de fidelidade e vai subindo de nível. Era uma jornada longa, cheia de interações online e offline, e com diferentes personas envolvidas.
Essa foi uma entrega rápida feita em cerca de 2 meses enquanto também tocávamos outras frentes de trabalho em paralelo. Não tínhamos acesso direto aos usuários finais, mas conseguimos conversar com quem estava em contato constante com eles.
Precisávamos da visão de várias áreas: atendimento, produto, marketing, TI… Só que ninguém tinha tempo sobrando.
Reuniões longas estavam fora de cogitação. E mostrar a jornada inteira de uma vez? Impossível.
Foi aí que decidimos quebrar a jornada em partes e validar aos poucos, em sessões rápidas e pontuais.
A inspiração
A Andy, minha antiga mentora, criou um modelo ótimo de silent critique para projetos de design. Era organizado, eficiente e bem objetivo. Usamos como ponto de partida.
Mas quando tentamos aplicar para um journey map… Não funcionou.
O material era mais denso, cheio de termos específicos, e quem ia participar nem sempre sabia o que era uma journey map.
A gente precisava validar:
- Várias personas
- Diferentes regras
- Um caminho cheio de etapas.
Cada persona vivia uma jornada distinta dentro do programa de fidelidade — seja por localização, tempo de vínculo com a empresa, participação em iniciativas presenciais, ou até mesmo pelos gastos em áreas como o cassino. Era muita variável pra explicar de uma vez só.
A adaptação
A gente precisava de algo:
- Rápido
- Simples
- Visual
- Acessível para qualquer área
Criamos então um novo modelo sem jargões. Com explicações visuais e exemplos do dia a dia.
E se a pessoa nunca tivesse ouvido falar em Journey Map?
Sem problema.
Pra isso, usamos um exemplo
“Imagine que você está indo ao zoológico. Um journey map mostraria tudo o que acontece desde sair de casa até ver os animais.”
Mostramos o que é uma ação, uma emoção, um ponto de dor, uma oportunidade. Tudo com simplicidade.
Como funciona a sessão
Enviamos o link do Miro com antecedência, caso alguém quisesse se familiarizar com o conteúdo. Mas se não desse tempo, tudo bem — eu sempre fazia uma introdução rápida no início da reunião pra contextualizar.