Ibovespa na máxima histórica, tecnologia impulsiona bolsas internacionais e resultados do 1T25 com Eletrobras (ELET6), Cosan (CSAN3) e mais: veja destaques desta quarta-feira (14)
Copasa (CSMG3), Cosan (CSAN3), Eletrobras (ELET6) são destaques entre os balanços trimestrais do dia. O post Ibovespa na máxima histórica, tecnologia impulsiona bolsas internacionais e resultados do 1T25 com Eletrobras (ELET6), Cosan (CSAN3) e mais: veja destaques desta quarta-feira (14) apareceu primeiro em Empiricus.

Os ativos de risco têm atravessado dias auspiciosos — até mesmo no Brasil, sempre lembrado pelos solavancos, o Ibovespa atingiu ontem (13) uma nova máxima histórica. O gatilho? A divulgação do núcleo da inflação nos EUA, que veio abaixo do esperado e reforçou a leitura de que as pressões inflacionárias por lá continuam perdendo força. Em um mundo ainda digerindo o protecionismo barulhento de Washington, a sinalização de que o Fed poderá manter os juros onde estão — ou até cortá-los em algum momento mais à frente — tem funcionado como um bálsamo para os mercados globais.
É verdade que a guerra comercial segue pairando como uma nuvem, e que o Federal Reserve, pragmático como sempre, continua na sua posição preferida: de espera. Mas o alívio inflacionário, ainda que parcial, aumenta a probabilidade de um cenário de juros americanos mais benignos — e isso tem efeito direto sobre o apetite por risco, especialmente em mercados emergentes. O Brasil, nesse contexto, tem deixado de ser o patinho feio da história para se tornar um destaque curioso no radar de investidores.
Nesta quarta-feira, as bolsas asiáticas fecharam em alta, impulsionadas por ações de tecnologia e do setor financeiro, num ambiente que mistura certo otimismo após conversas produtivas na Suíça com a já habitual incerteza sobre se, e como, um acordo de fato será alcançado. No radar macro, os olhos se voltam hoje para o relatório mensal da Opep+ e para a bateria de dados de inflação na zona do euro.
A grande questão, especialmente para os investidores brasileiros, é: há fôlego para mais? A resposta, ao que tudo indica, é sim — com a ressalva de que haverá tropeços no caminho, como sempre houve (a volatilidade faz parte). Mas em termos relativos, o Brasil oferece hoje uma combinação rara de valuations atrativos, bom crescimento, moeda fortalecida e uma curva de juros que já precifica um cenário mais benigno.
Nesse ambiente, os nomes de menor capitalização de mercado — as small caps, muitas vezes negligenciadas — surgem como protagonistas em potencial. São empresas mais sensíveis ao ciclo doméstico, com maior beta e capacidade de reagir mais intensamente a movimentos de reprecificação. Em um cenário em que o investidor volta a olhar para dentro e a premiar histórias de crescimento, esse segmento pode ser o próximo a surpreender positivamente. A Temporada Microcap pode estar prestes a começar. E o momento de se posicionar pode ser agora!
· 00:57 — Recorde histórico: talvez o Brasil não seja só sorte, afinal
No Brasil, seguimos surfando a onda da rotação global de ativos. O movimento de realocação regional continua favorecendo os mercados emergentes — e, no caso brasileiro, esse fluxo encontra um terreno fertilizado por bons resultados corporativos. A atual temporada tem revelado, em boa parte, empresas robustas, com fundamentos saudáveis e margens preservadas, o que oferece sustentação adicional para a bolsa. Somam-se a isso dois fatores-chave: a percepção de que o ciclo de aperto monetário chegou ao fim e a expectativa de que, a partir de 2026, o pêndulo da política econômica possa se mover em direção a maior responsabilidade fiscal. Esse pano de fundo levou o Ibovespa a cravar ontem não apenas uma nova máxima de fechamento — alta de 1,76%, aos 138.963 pontos —, mas também o maior nível intraday da história, atingindo 139.419 pontos. O dólar, por sua vez, recuou para a faixa dos R$ 5,60, coroando um dia em que o mercado operou embalado por otimismo: a inflação abaixo do esperado nos EUA fortaleceu as apostas em cortes de juros.
Na agenda local, o mercado acompanha hoje mais divulgações corporativas, como a de Eletrobras (ELET6), além de dados de atividade, como o volume de serviços de março — número que, se vier fraco, tende a reforçar a leitura de que o ciclo de aperto monetário se encerrou e que a discussão sobre cortes na Selic pode ganhar força. O retrato, portanto, é construtivo. Mas a trajetória não será linear. A política fiscal segue como fonte de ruído persistente. O governo Lula vem insistindo em um modelo preocupante: o crescimento dos gastos obrigatórios — Previdência, saúde, educação — está acima do limite proposto pelo novo arcabouço, comprimindo o espaço para despesas discricionárias e investimentos em infraestrutura. Se mantido, esse caminho pode levar o Brasil a flertar com uma crise política semelhante àquela vivida em 2015, durante o governo Dilma, caso não haja mudança de curso nas eleições de 2026.
Pelo menos no curto prazo, temos sinais de alívio. O governo prometeu anunciar contingenciamentos na próxima semana e autoridades como o presidente da Câmara, Hugo Motta, vêm reiterando publicamente a necessidade de manter a disciplina fiscal — o que ajuda a manter alguma âncora. Assim, desde dezembro de 2024, as alocações em bolsa brasileira vêm subindo, mesmo com uma leve retração por parte dos fundos globais em março. Ainda assim, o nível atual segue muito abaixo da média histórica, o que abre espaço para um re-rating relevante — especialmente se o ambiente global continuar colaborando. Nesse contexto, ganham destaque os nomes de pequena capitalização de mercado, tradicionalmente mais sensíveis ao ciclo doméstico. A combinação de possível corte de juros com um cenário político mais racional à frente pode dar início a um novo rali. Após anos de esquecimento, as microcaps parecem, enfim, sair da hibernação. E, como de costume nesse segmento, quem espera demais corre o risco de ver o bloco passar sem subir no trio.
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· 01:45 — Sinais de alívio
Nos Estados Unidos, os mercados voltaram a respirar com alívio — e certa empolgação. Após uma semana marcada por bons sinais, os principais índices subiram embalados por um relatório de inflação mais benigno do que o esperado e pela recuperação das ações ligadas à inteligência artificial. O movimento foi suficiente para empurrar o S&P 500 de volta ao campo positivo no acumulado do ano, ainda que timidamente: +0,08% desde 31 de dezembro. Um feito simbólico, mas relevante, sobretudo após semanas em que o humor oscilava entre cautela e frustração.
Como de costume, os nomes de peso em tecnologia puxaram a fila: Nvidia, Super Micro Computer e Palantir lideraram os ganhos e impulsionaram particularmente a Nasdaq, que segue sendo a vitrine da nova economia. Mas, justiça seja feita, o rali não se resume à IA — o movimento de recuperação já estava em curso, alimentado por uma combinação de alívio macroeconômico e expectativas políticas.
É curioso como sete dias são suficientes para redesenhar o cenário. A mudança de tom na política comercial dos EUA, acompanhada por uma retórica mais pró-mercado da Casa Branca — com promessas de desregulamentação, cortes de impostos e estímulos fiscais — caiu como música para os ouvidos de Wall Street. De repente, o governo Trump parece ter lembrado que o mercado existe.
Enquanto isso, a inflação abaixo do esperado só reforça o otimismo. O dado de abril mostrou o menor ritmo de alta dos preços em quatro anos — um refresco bem-vindo para investidores e, quem sabe, para os dirigentes do Federal Reserve. É verdade que os impactos das tarifas de Trump ainda não apareceram nos números — esses devem surgir com mais clareza entre junho e julho —, mas o suficiente já foi posto na mesa para reacender as apostas em cortes de juros ainda neste ano.
Em resumo: ações em alta, inflação em queda e uma guinada política que agrada ao mercado. Por ora, o roteiro é favorável. Mas como sabemos, nos EUA, os capítulos mudam rápido — e os riscos, quando retornam, não costumam bater à porta.
· 02:39 — Horizonte relevante
A mais recente reviravolta nas tensões comerciais globais veio acompanhada de uma pausa estratégica: os Estados Unidos recuaram — ainda que parcialmente — da ameaça de tarifas de três dígitos sobre a China, e Pequim, num movimento espelhado, também suavizou o tom. Para completar o quadro, o governo americano divulgou uma nova leitura da inflação, novamente abaixo do esperado. O resultado foi imediato: Wall Street devolveu à gaveta as apostas mais otimistas de cortes de juros no curto prazo.
O movimento de reversão pôde ser observado com clareza no mercado de opções de juros, que reagiu pontualmente logo após o anúncio da trégua temporária entre Washington e Pequim. A chamada “incerteza tóxica” — gerada por meses de ameaças tarifárias erráticas por parte do presidente Donald Trump — vinha contaminando expectativas e mexendo com a confiança de consumidores e investidores. E embora o risco tenha diminuído, ele ainda paira no ar, como uma nuvem incômoda, pronta para voltar a crescer a qualquer sinal de nova provocação.
Paralelamente, os números da inflação nos Estados Unidos surpreenderam positivamente pelo terceiro mês consecutivo. O problema é que esses dados ainda não refletem os impactos das tarifas já em vigor — efeitos que devem começar a aparecer, com mais clareza, a partir do segundo semestre. Em outras palavras, o alívio inflacionário atual pode ser apenas uma calmaria temporária.
Além disso, relatos de tensões comerciais entre o Reino Unido e a China, mediadas pela relação de ambos com os Estados Unidos, merecem atenção. A condução unilateral da política comercial por parte de Washington tem sido uma marca registrada desta nova fase do protecionismo americano. E se outros países decidirem entrar no jogo — ou pior, reagir na mesma moeda — o risco não será apenas bilateral: será global. O mercado, por ora, tenta equilibrar otimismo com cautela. Mas é bom lembrar: em um cenário de política externa imprevisível, o risco raramente avisa antes de voltar.
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· 03:23 — Muito além do comércio internacional
Durante a visita do presidente Donald Trump à Arábia Saudita — a primeira parada de sua turnê de quatro dias pelo Oriente Médio —, Riad anunciou a promessa de investir nada menos que US$ 1 trilhão nos EUA. O pacote, segundo a Casa Branca, inclui um acordo de defesa de US$ 142 bilhões, além da encomenda de 30 aeronaves Boeing de corredor único pelo fundo soberano saudita. Os dois países também avançaram em parcerias nos setores de energia e mineração, sinalizando que a relação histórica entre Washington e o reino ultraconservador está longe de esfriar — pelo contrário, parece caminhar para um novo grau de intimidade estratégica, ainda que à sombra de antigas tensões envolvendo direitos humanos e o eterno impasse árabe-israelense.
Enquanto isso, do outro lado do mundo, o Brasil também celebra novos acordos — embora com um parceiro que pode incomodar os americanos. O presidente Lula esteve em visita oficial à China, onde assinou uma série de parcerias com Xi Jinping, apostando abertamente que Pequim é um interlocutor mais disposto do que Washington. A estratégia é clara: atrair investimentos para transformar a economia brasileira, ainda fortemente dependente da exportação de commodities, em um elo mais sofisticado da cadeia de valor global. E a China, por ora, parece corresponder.
No agronegócio, os acordos renderam frutos. Segundo o Ministério da Agricultura, os cinco novos mercados abertos para produtos brasileiros têm potencial de gerar até US$ 20 bilhões em receitas. Paralelamente, as montadoras chinesas BYD e Great Wall Motor já estão revigorando a indústria automotiva nacional, e Lula busca ampliar esse movimento — com ênfase especial em infraestrutura, como ferrovias que encurtem a distância dos portos brasileiros até a Ásia. Um projeto ambicioso, mas com lógica econômica clara: se a China compra, por que não facilitar a entrega?
· 04:18 — Pressionando o Google
A Perplexity AI, startup que ganhou notoriedade ao unir inteligência artificial com ferramentas de busca, está prestes a levantar mais US$ 500 milhões em uma nova rodada de financiamento. A captação não apenas eleva sua avaliação para ao menos US$ 14 bilhões — frente aos US$ 9 bilhões da rodada anterior, realizada em dezembro — como também amplia a percepção de que o reinado do Google nas buscas pode, enfim, estar sob ameaça concreta. Liderada pela gestora de venture capital Accel, a nova rodada alimenta ambições maiores da Perplexity, que agora planeja lançar seu próprio navegador, batizado de Comet — numa tentativa clara de entrar no território até então dominado por Chrome (Google) e Safari (Apple). Em um setor acostumado a poucos gigantes e muita inércia, trata-se de uma movimentação ousada, que pode acelerar uma reconfiguração da forma como consumimos informação online.
Para quem acompanha a evolução da IA generativa, a Perplexity não é uma desconhecida. Foi a primeira a integrar um índice ativo da web com modelos de linguagem capazes de resumir, cruzar e explicar conteúdo em tempo real, com base em múltiplas fontes. Não à toa, nomes como OpenAI e Anthropic seguiram o mesmo caminho, buscando transformar seus modelos em buscadores inteligentes — ainda que com valuations bem maiores: US$ 300 bilhões e US$ 62 bilhões, respectivamente.
Enquanto isso, o Google, joia da coroa da Alphabet (GOGL34), tenta conter a erosão de seu domínio histórico, enfrentando um processo antitruste do governo dos EUA justamente por práticas anticoncorrenciais em sua principal linha de receita: as buscas. Embora o próprio Google admita que a chegada da IA mudou a dinâmica competitiva do setor, o incômodo é evidente. Afinal, não se trata apenas de concorrência. Trata-se de um tipo de concorrência ao qual o Google talvez não esteja mais acostumado: ágil, capitalizada e com liberdade para arriscar onde ele hoje hesita. A Perplexity, ao que tudo indica, não quer apenas participar da conversa. Quer mudar a pergunta. E, neste jogo, quem dita o que e como se busca, dita também quem lucra com a resposta
· 05:02 — Mais um trimestre forte
A Direcional (DIRR3) divulgou seus números do primeiro trimestre de 2025 com uma mensagem direta e, para o mercado, difícil de ignorar: eficiência operacional e rentabilidade seguem como suas principais credenciais — e, até aqui, o relógio segue perfeitamente ajustado. A dúvida que fica é inevitável: após uma valorização superior a 70% desde que indicamos o papel no fim de 2023, ainda há espaço para mais?
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