Governo adia festa de 25 de Abril nos jardins de São Bento para 1 de Maio

A decisão acontece devido ao luto nacional decretado pela morte do Papa Francisco. Os festejos da Revolução dos Cravos, agora, acontecem no Dia do Trabalhador.

Abr 24, 2025 - 16:51
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Governo adia festa de 25 de Abril nos jardins de São Bento para 1 de Maio
Governo adia festa de 25 de Abril nos jardins de São Bento para 1 de Maio

O Governo decidiu adiar para o 1.º de Maio a habitual abertura dos jardins da residência oficial do primeiro-ministro, iniciativa que já se tornou uma tradição do 25 de Abril. Esta celebração iria incluir um pequeno concerto de Tony Carreira. 

A decisão foi revelada à agência Lusa pelo ministro da Presidência, António Leitão Amaro, que justificou o adiamento das celebrações festivas com o dever de respeitar o período de consternação pela morte do Papa Francisco, decretado entre quinta-feira e sábado, e que suspende a participação do executivo em qualquer evento de natureza comemorativa. 

Apesar do adiamento da festa, os jardins de São Bento estarão abertos ao público no próprio dia 25 de Abril, entre as 10.00 e as 17.00, mas sem programa cultural nem a presença de Luís Montenegro, que viajará nesse dia para Roma para participar nas cerimónias fúnebres do Papa. A distribuição de cravos manter-se-á, mas o resto do programa será transferido para o Dia do Trabalhador. 

Assim, será no 1.º de Maio que se celebrará em conjunto a Revolução dos Cravos e o Dia do Trabalhador, com uma programação que inclui actuações dos Pauliteiros de Miranda, grupos de cante alentejano e uma actuação de Tony Carreira. Como é habitual, o primeiro-ministro irá marcar presença nos jardins. 

A opção de adiar os festejos para uma data posterior gerou críticas de vários sectores políticos, sobretudo dos partidos mais ligados à esquerda, argumentando que é uma decisão excessiva.  

No entanto, o Governo insiste que esta é uma forma de prestar uma “homenagem sincera e profunda” à figura do Papa Francisco, cuja morte motivou a declaração de três dias de luto nacional. A sessão solene da Assembleia da República, por sua vez, mantém-se inalterada, com presença confirmada do executivo.