Exportação, mão de obra, mercado interno: guerra fiscal entre EUA e China favorece indústria de calçados do Brasil?

Segmento projeta aumento de vendas para o exterior em 2025, mas teme elevação das importações e concorrência de asiáticos no mercado interno. Indústria de calçados de Franca começa ano com alta nas exportações A guerra comercial entre Estados Unidos e China, iniciada com a volta de Donald Trump à Casa Branca, criou perspectivas para as indústrias brasileiras que exportam calçados, mas também trouxe dúvidas e desafios para o setor (veja mais abaixo) . Em tradicionais polos produtores como Franca (SP), já chamada de capital do calçado masculino, a desvalorização da moeda brasileira e a ampliação de taxas para produtos asiáticos ajudaram a elevar em 14% as exportações do primeiro trimestre deste ano, com um faturamento local de US$ 64 milhões, e uma expectativa de ampliar a atuação no mercado norte-americano. Faça parte do canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp Em contrapartida, o aumento das importações sinaliza para o risco de a própria China ganhar mais espaço no mercado interno. "O que as estatísticas nos mostram e as vendas nos informam é que vamos ter um aumento com relação ao ano passado nas exportações. (...) A tendência agora é aumentar as exportações, ou seja, com essa situação do tarifaço, a tendência é que a China venha pra cá e vai abrir uma janela pra nós nos EUA e pode aumentar as exportações para aquele país", afirma José Carlos Brigagão do Couto, presidente do Sindicato da Indústria de Calçados de Franca (Sindifranca).

Mai 18, 2025 - 12:20
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Exportação, mão de obra, mercado interno: guerra fiscal entre EUA e China favorece indústria de calçados do Brasil?

Segmento projeta aumento de vendas para o exterior em 2025, mas teme elevação das importações e concorrência de asiáticos no mercado interno. Indústria de calçados de Franca começa ano com alta nas exportações A guerra comercial entre Estados Unidos e China, iniciada com a volta de Donald Trump à Casa Branca, criou perspectivas para as indústrias brasileiras que exportam calçados, mas também trouxe dúvidas e desafios para o setor (veja mais abaixo) . Em tradicionais polos produtores como Franca (SP), já chamada de capital do calçado masculino, a desvalorização da moeda brasileira e a ampliação de taxas para produtos asiáticos ajudaram a elevar em 14% as exportações do primeiro trimestre deste ano, com um faturamento local de US$ 64 milhões, e uma expectativa de ampliar a atuação no mercado norte-americano. Faça parte do canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp Em contrapartida, o aumento das importações sinaliza para o risco de a própria China ganhar mais espaço no mercado interno. "O que as estatísticas nos mostram e as vendas nos informam é que vamos ter um aumento com relação ao ano passado nas exportações. (...) A tendência agora é aumentar as exportações, ou seja, com essa situação do tarifaço, a tendência é que a China venha pra cá e vai abrir uma janela pra nós nos EUA e pode aumentar as exportações para aquele país", afirma José Carlos Brigagão do Couto, presidente do Sindicato da Indústria de Calçados de Franca (Sindifranca).