Casal que queria dois filhos e adotou cinco irmãos descobriu ser autista após diagnóstico de uma das crianças: 'Percebemos características parecidas'
Jeniffer e Julio, do Paraná, procuraram especialista ao identificarem neles próprios ações similares às do filho - que havia acabado de ser diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Casal utiliza as redes sociais para conscientizar sobre autismo e adoção. Jeniffer e Julio adotaram cinco irmãos Reprodução/Redes Sociais O casal que entrou na fila da adoção em busca de dois filhos e acabou saindo com cinco irmãos descobriu ser autista após uma das crianças ser diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Moradores de Telêmaco Borba, nos Campos Gerais do Paraná, a pedagoga Jeniffer Aparecida Amaral Souza de Oliveira e o consultor financeiro Julio Cesar Soares de Oliveira contam que, ao identificarem neles próprios ações similares às do filho, ambos procuraram um especialista e, após análises, descobriram que também estão no TEA. ✅ Siga o canal do g1 PR no WhatsApp ✅ Siga o canal do g1 PR no Telegram "Um deles chegou pra gente tomando medicação, por alguns comportamentos que ele tinha, mas com a esperança de que isso poderia ser revertido com o suporte de uma família. Em três meses ele parou, mas nós e a equipe da escola percebemos alguns comportamentos que demandavam uma investigação médica – e eu reparava que muita coisa, muitos comportamentos dele eram muito parecidos com os meus", lembra Jeniffer. A mãe conta que, após descobrir o diagnóstico no filho, no marido e nela própria, passou a entender porque todos agem, reagem e aprendem de formas tão parecidas. "Se eu não tivesse meus filhos, provavelmente nunca descobriria o autismo. Foi observando as características de um deles, mesmo antes do diagnóstico, que eu comecei a perceber muitas semelhanças", destaca. O casal adotou as cinco crianças em 2023, após passar 17 anos tentando engravidar. Relembre detalhes mais abaixo. Atualmente Jeniffer tem 41 anos e Julio, 39. Os filhos têm idades entre 3 e 14 anos - e agora, a família investiga se outras crianças também estão no TEA, ou não. "Somos 7... três autistas com laudo e mais três filhos em investigação", diz o casal. Nas redes sociais, eles criaram perfis para compartilharem as próprias experiências com a adoção. Um dos perfis é voltado ao autismo, e aborda os desafios e conquistas diárias vividos em meio aos diagnósticos. "Através da chegada dos nossos filhos, descobrimos o autismo em nós. Foi libertador descobrir o autismo! E como foi confortante para o Juan poder se identificar conosco! Quando digo que essa descoberta nos fez bem, não quer dizer que o autismo é bom. Bom é poder ter um direcionamento correto e o suporte que precisamos. Bom é termos nos encontrado... conosco mesmo e com nossos filhos", destaca o casal. Navegue nesta reportagem:


Jeniffer e Julio, do Paraná, procuraram especialista ao identificarem neles próprios ações similares às do filho - que havia acabado de ser diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Casal utiliza as redes sociais para conscientizar sobre autismo e adoção. Jeniffer e Julio adotaram cinco irmãos Reprodução/Redes Sociais O casal que entrou na fila da adoção em busca de dois filhos e acabou saindo com cinco irmãos descobriu ser autista após uma das crianças ser diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Moradores de Telêmaco Borba, nos Campos Gerais do Paraná, a pedagoga Jeniffer Aparecida Amaral Souza de Oliveira e o consultor financeiro Julio Cesar Soares de Oliveira contam que, ao identificarem neles próprios ações similares às do filho, ambos procuraram um especialista e, após análises, descobriram que também estão no TEA. ✅ Siga o canal do g1 PR no WhatsApp ✅ Siga o canal do g1 PR no Telegram "Um deles chegou pra gente tomando medicação, por alguns comportamentos que ele tinha, mas com a esperança de que isso poderia ser revertido com o suporte de uma família. Em três meses ele parou, mas nós e a equipe da escola percebemos alguns comportamentos que demandavam uma investigação médica – e eu reparava que muita coisa, muitos comportamentos dele eram muito parecidos com os meus", lembra Jeniffer. A mãe conta que, após descobrir o diagnóstico no filho, no marido e nela própria, passou a entender porque todos agem, reagem e aprendem de formas tão parecidas. "Se eu não tivesse meus filhos, provavelmente nunca descobriria o autismo. Foi observando as características de um deles, mesmo antes do diagnóstico, que eu comecei a perceber muitas semelhanças", destaca. O casal adotou as cinco crianças em 2023, após passar 17 anos tentando engravidar. Relembre detalhes mais abaixo. Atualmente Jeniffer tem 41 anos e Julio, 39. Os filhos têm idades entre 3 e 14 anos - e agora, a família investiga se outras crianças também estão no TEA, ou não. "Somos 7... três autistas com laudo e mais três filhos em investigação", diz o casal. Nas redes sociais, eles criaram perfis para compartilharem as próprias experiências com a adoção. Um dos perfis é voltado ao autismo, e aborda os desafios e conquistas diárias vividos em meio aos diagnósticos. "Através da chegada dos nossos filhos, descobrimos o autismo em nós. Foi libertador descobrir o autismo! E como foi confortante para o Juan poder se identificar conosco! Quando digo que essa descoberta nos fez bem, não quer dizer que o autismo é bom. Bom é poder ter um direcionamento correto e o suporte que precisamos. Bom é termos nos encontrado... conosco mesmo e com nossos filhos", destaca o casal. Navegue nesta reportagem: