China testa uso de “frotas fantasmas” para desviar mísseis com guerra eletrônica e IA
Pesquisadores chineses estão desenvolvendo uma tecnologia de interferência baseada em guerra eletrônica para criar alvos falsos no mar e desviar mísseis de seus objetivos reais. Segundo reportagem do South China Morning Post, o projeto envolve a criação de “frotas fantasmas” que confundem radares ao simular a presença de múltiplos navios de guerra, mesmo quando apenas […] O post China testa uso de “frotas fantasmas” para desviar mísseis com guerra eletrônica e IA apareceu primeiro em O Cafezinho.

Pesquisadores chineses estão desenvolvendo uma tecnologia de interferência baseada em guerra eletrônica para criar alvos falsos no mar e desviar mísseis de seus objetivos reais.
Segundo reportagem do South China Morning Post, o projeto envolve a criação de “frotas fantasmas” que confundem radares ao simular a presença de múltiplos navios de guerra, mesmo quando apenas uma embarcação está presente.
O estudo, conduzido por uma empresa de defesa da China e divulgado por cientistas vinculados ao setor militar, indica que dispositivos de guerra eletrônica interligados podem emitir sinais que criam alvos artificiais no radar, fazendo com que mísseis antinavio sejam direcionados a alvos inexistentes.
A estratégia teria como objetivo garantir superioridade na guerra eletrônica, especialmente se integrada com tecnologias como inteligência artificial.
Durante uma simulação de combate naval apresentada pelos pesquisadores, um míssil antinavio teria identificado uma frota de oito navios de guerra do Exército de Libertação Popular (ELP) no radar.
No entanto, conforme descrito no estudo, essa frota era ilusória: apenas um navio estava fisicamente presente, cercado por quatro emissores de interferência responsáveis por simular os demais alvos.
A pesquisa detalha que os dispositivos utilizados são emissores de 1-bit conectados em rede, capazes de criar assinaturas falsas nos sistemas de detecção inimigos.
Quando posicionados em torno da embarcação real, esses equipamentos formam um padrão de emissão que, à distância, pode se assemelhar a uma formação naval completa. A ilusão resultante pode ser suficiente para enganar radares de longo alcance, redirecionando mísseis para os alvos fictícios.
O sistema ainda estaria em fase de desenvolvimento e testes teóricos, mas os autores do estudo afirmam que a integração com algoritmos de IA pode permitir ajustes dinâmicos dos sinais de interferência com base nas características dos sensores adversários.
A adaptação automatizada permitiria que o esquema de camuflagem eletrônica respondesse em tempo real às variações de detecção, aumentando as chances de sucesso da manobra.
De acordo com o estudo, a aplicação prática dessa tecnologia se daria no campo da guerra naval moderna, onde mísseis guiados por radar desempenham papel central nas estratégias ofensivas e defensivas.
Ao substituir o uso de contramedidas físicas por interferência eletromagnética precisa, a proposta chinesa busca reduzir o risco para as embarcações e aumentar a taxa de sobrevivência em confrontos armados.
O relatório técnico que descreve a simulação e os resultados não especifica a localização dos testes nem se há planos para implementação em unidades da marinha chinesa. Também não há informações sobre a escala de produção ou prazos para adoção operacional.
A estratégia de enganar mísseis com alvos fictícios já é conhecida em ambientes terrestres e aéreos, por meio do uso de iscas térmicas, refletores e interferência de sinais. No entanto, a aplicação em ambiente marítimo com uso coordenado de múltiplos emissores conectados em rede representa uma evolução na complexidade e na precisão do método, conforme sugerido pelos cientistas envolvidos no projeto.
A publicação do South China Morning Post afirma ainda que esse tipo de tecnologia, se validado, pode impactar os sistemas de defesa e ataque naval, exigindo novas respostas por parte de outras forças armadas.
O aumento da sofisticação na guerra eletrônica também pode alterar a dinâmica de detecção e resposta em tempo de guerra, com foco em ações preventivas baseadas em inteligência artificial.
Até o momento, autoridades chinesas não emitiram declarações públicas sobre o avanço do projeto, e os detalhes permanecem restritos a análises acadêmicas e técnicas do setor de defesa. Também não há confirmação independente sobre a viabilidade prática do sistema fora do ambiente simulado.
O estudo integra uma série de iniciativas do setor militar chinês voltadas ao uso de inteligência artificial em cenários de conflito. Essas iniciativas incluem desde navegação autônoma até coordenação de drones e veículos não tripulados em campo de batalha.
A guerra eletrônica, nesse contexto, se torna uma das frentes de investimento prioritárias, com ênfase em tecnologias que possam reduzir a exposição direta de unidades militares ao fogo inimigo.
Especialistas internacionais acompanham os avanços com atenção, especialmente diante da crescente militarização tecnológica da região do Indo-Pacífico. O desenvolvimento de técnicas para interferência eletrônica ofensiva e defensiva pode influenciar tanto as capacidades operacionais quanto a estabilidade estratégica entre potências militares.
O relatório técnico citado pela reportagem do South China Morning Post ainda não foi divulgado publicamente em sua íntegra, e não há estimativas oficiais sobre o custo do sistema ou sua escalabilidade para uso em diferentes tipos de embarcação.
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