7 motivos para celebrar o Dia do Automóvel

No dia 13 de maio, celebramos o Dia do Automóvel em território nacional. O Brasil, um país tão apaixonado por carros e automobilismo, sem dúvidas merece um dia para tal comemoração, apesar de não ser considerado feriado — o que não seria nada mal.  Conheça a curiosa e bizarra história do criador do icônico DeLorean Qual foi o 1º carro do mundo? Mas você sabe quando foi instituído o Dia do Automóvel? A história se inicia na década de 1930, quando o presidente ainda era Getúlio Vargas. O chefe de estado foi quem decretou a data comemorativa, em homenagem à inauguração da primeira rodovia entre a Capital da República, que ainda era o Rio de Janeiro, e a cidade de Petrópolis, em 1934.  No decreto, Getúlio afirmou que “a data de 13 de maio fica considerada como ‘dia do automóvel e da estrada de rodagem’, em comemoração à abertura da Primeira rodovia entre a Capital da República e a cidade de Petrópolis, construída por iniciativa do Automóvel Club do Brasil, sob o patrocínio dos poderes públicos”. -Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.- Mas, claro, esse não é o único motivo para comemorar a data. Por isso, nós do CT Auto separamos 7 curiosidades sobre a “vida” ds automóvel no Brasil. 7. Primeiro carro em solo brasileiro Mesmo ainda sem contar com uma fábrica de carros em solo nacional, o Brasil teve seu primeiro veículo desembarcando por aqui em 1891 a pedido de um grande nome da história deste país: Alberto Santos Dumont, o pai da aviação. O modelo? Um Peugeot Type 3 Vis-à-Vis, que teve apenas 64 unidades produzidas entre 1891 e 1894.  O brasileiro não utilizou o veículo apenas para uso, mas também para seus estudos. Isso ajudou em sua manutenção, bem como na criação de suas invenções.  Peugeot Type 3 Vis-à-Vis era basicamente uma carroagem motorizada (Imagem: Reprodução/Wikipédia) 6. Primeiro acidente Outro ilustre nome brasileiro foi personagem na história dos automóveis em solo nacional. Olavo Bilac, famoso poeta e autor do Hino à Bandeira. O homem foi um dos pioneiros dos automóveis no Brasil, quando sofreu o primeiro acidente registrado em território brasileiro.  O caso foi registrado em 1897, na cidade do Rio de Janeiro. Olavo estava dirigindo seu carro quando perdeu o controle e bateu contra uma árvore. Felizmente, o poeta saiu ileso do acidente.  5. Chegada de fábrica ao Brasil Já no início do século XX, a primeira fábrica de automóveis foi inaugurada no Brasil. A estadunidense Ford foi a responsável por isso, no dia 1º de maio de 1919.  A planta ficava localizada na Rua Florêncio de Abreu, no centro de São Paulo. O modelo colocado em linha de produção foi o Ford T, também era conhecido como Ford “Bigode”. Apesar disso, os veículos eram apenas montados em solo brasileiro, no processo industrial chamado CKD, com todas as peças importadas. Imagem da fábrica da Ford no bairro do Bom Retiro nos anos 1920 (Imagem: São Paulo Angita/Reprodução) 4. Produção 100% nacional   Foi apenas mais de 30 anos depois da chegada da Ford no Brasil que tivemos a verdadeira produção de um carro nacional. O feito ocorreu em 5 de setembro de 1956, com o lançamento do pequeno e adorado Romi-Isetta.  O modelo era fabricado pelas indústrias Romi, e tinha como principal ser um carro compacto e urbano, mas com design inspirado em conceitos de aviação. O pequeno modelo é um marco para a indústria automotiva nacional. Pequeno carro é adorado até os dias atuais (Imagem: Divulgação/Fundação Romi) 3. Salão do Automóvel de São Paulo de 1960 A primeira edição do Salão do Automóvel de São Paulo foi um enorme marco na história e muito importante para a consolidação da indústria automotiva brasileiro. Foi no dia 25 de novembro de 1960 que foi inaugurado o Salão, que aconteceu no Pavilhão de Exposições do Parque do Ibirapuera, em São Paulo. Cerca de 11 fabricantes fizeram parte do evento, com a exposição de modelos como Aero Willys, o modelo 61 do Renault Dauphine e o DKW. Exposição Willys-Overland durante o Salão do Automóvel de São Paulo de 1960 (Imagem:Reprodução/Internet) 2. Sonho de um carro brasileiro O dia 1º de setembro de 1969 ficou marcado na história do Brasil com o lançamento da Gurgel Motores, uma fabricante de automóveis 100% brasileira. De autoria do mecânico e eletricista João Augusto Conrado do Amaral Gurgel, a empresa se destacou pela produção de jipes e outros produtos inovadores.  Infelizmente, o sonho de ter uma fabricante nacional de veículos não durou muito tempo. Na década de 1990, a empresa veio à falência devido à alta concorrência e à falta de investimentos governamentais.  João Amaral Gurgel foi muito importante para a indústria automotiva nacional (Imagem: Reprodução/Internet) 1. Carro elétrico nacional João Gurgel não só foi pioneiro na indústria automotiva nacional, como também no desenvolvimento de carros elétricos. Foi ele quem criou e produziu o primeiro a

Mai 13, 2025 - 15:36
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7 motivos para celebrar o Dia do Automóvel

No dia 13 de maio, celebramos o Dia do Automóvel em território nacional. O Brasil, um país tão apaixonado por carros e automobilismo, sem dúvidas merece um dia para tal comemoração, apesar de não ser considerado feriado — o que não seria nada mal. 

Mas você sabe quando foi instituído o Dia do Automóvel? A história se inicia na década de 1930, quando o presidente ainda era Getúlio Vargas. O chefe de estado foi quem decretou a data comemorativa, em homenagem à inauguração da primeira rodovia entre a Capital da República, que ainda era o Rio de Janeiro, e a cidade de Petrópolis, em 1934. 

No decreto, Getúlio afirmou que “a data de 13 de maio fica considerada como ‘dia do automóvel e da estrada de rodagem’, em comemoração à abertura da Primeira rodovia entre a Capital da República e a cidade de Petrópolis, construída por iniciativa do Automóvel Club do Brasil, sob o patrocínio dos poderes públicos”.

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Mas, claro, esse não é o único motivo para comemorar a data. Por isso, nós do CT Auto separamos 7 curiosidades sobre a “vida” ds automóvel no Brasil.

7. Primeiro carro em solo brasileiro

Mesmo ainda sem contar com uma fábrica de carros em solo nacional, o Brasil teve seu primeiro veículo desembarcando por aqui em 1891 a pedido de um grande nome da história deste país: Alberto Santos Dumont, o pai da aviação. O modelo? Um Peugeot Type 3 Vis-à-Vis, que teve apenas 64 unidades produzidas entre 1891 e 1894. 

O brasileiro não utilizou o veículo apenas para uso, mas também para seus estudos. Isso ajudou em sua manutenção, bem como na criação de suas invenções. 

Peugeot Type 3 visto de frente
Peugeot Type 3 Vis-à-Vis era basicamente uma carroagem motorizada (Imagem: Reprodução/Wikipédia)

6. Primeiro acidente

Outro ilustre nome brasileiro foi personagem na história dos automóveis em solo nacional. Olavo Bilac, famoso poeta e autor do Hino à Bandeira. O homem foi um dos pioneiros dos automóveis no Brasil, quando sofreu o primeiro acidente registrado em território brasileiro

O caso foi registrado em 1897, na cidade do Rio de Janeiro. Olavo estava dirigindo seu carro quando perdeu o controle e bateu contra uma árvore. Felizmente, o poeta saiu ileso do acidente. 

5. Chegada de fábrica ao Brasil

Já no início do século XX, a primeira fábrica de automóveis foi inaugurada no Brasil. A estadunidense Ford foi a responsável por isso, no dia 1º de maio de 1919. 

A planta ficava localizada na Rua Florêncio de Abreu, no centro de São Paulo. O modelo colocado em linha de produção foi o Ford T, também era conhecido como Ford “Bigode”.

Apesar disso, os veículos eram apenas montados em solo brasileiro, no processo industrial chamado CKD, com todas as peças importadas.

Fábrica da Ford localizada no Centro de São Paulo
Imagem da fábrica da Ford no bairro do Bom Retiro nos anos 1920 (Imagem: São Paulo Angita/Reprodução)

4. Produção 100% nacional  

Foi apenas mais de 30 anos depois da chegada da Ford no Brasil que tivemos a verdadeira produção de um carro nacional. O feito ocorreu em 5 de setembro de 1956, com o lançamento do pequeno e adorado Romi-Isetta. 

O modelo era fabricado pelas indústrias Romi, e tinha como principal ser um carro compacto e urbano, mas com design inspirado em conceitos de aviação. O pequeno modelo é um marco para a indústria automotiva nacional.

Romi-Isetta visto de frente
Pequeno carro é adorado até os dias atuais (Imagem: Divulgação/Fundação Romi)

3. Salão do Automóvel de São Paulo de 1960

A primeira edição do Salão do Automóvel de São Paulo foi um enorme marco na história e muito importante para a consolidação da indústria automotiva brasileiro.

Foi no dia 25 de novembro de 1960 que foi inaugurado o Salão, que aconteceu no Pavilhão de Exposições do Parque do Ibirapuera, em São Paulo. Cerca de 11 fabricantes fizeram parte do evento, com a exposição de modelos como Aero Willys, o modelo 61 do Renault Dauphine e o DKW.

Exposição Willys Salão do Automóvel de 1960
Exposição Willys-Overland durante o Salão do Automóvel de São Paulo de 1960 (Imagem:Reprodução/Internet)

2. Sonho de um carro brasileiro

O dia 1º de setembro de 1969 ficou marcado na história do Brasil com o lançamento da Gurgel Motores, uma fabricante de automóveis 100% brasileira. De autoria do mecânico e eletricista João Augusto Conrado do Amaral Gurgel, a empresa se destacou pela produção de jipes e outros produtos inovadores. 

Infelizmente, o sonho de ter uma fabricante nacional de veículos não durou muito tempo. Na década de 1990, a empresa veio à falência devido à alta concorrência e à falta de investimentos governamentais. 

João Gurgel posando em frente ao carro
João Amaral Gurgel foi muito importante para a indústria automotiva nacional (Imagem: Reprodução/Internet)

1. Carro elétrico nacional

João Gurgel não só foi pioneiro na indústria automotiva nacional, como também no desenvolvimento de carros elétricos. Foi ele quem criou e produziu o primeiro automóvel elétrico em série na América do Sul. 

Gurgel Itaipu E400 visto de lado
Na época, o primeiro elétrico nacional impressionou o presidente João Figueiredo (Imagem: Reprodução/Internet)

Chamado de Itaipu E400, o modelo foi apresentado na década de 1980 pelo brasileiro, e contava com design futurista (para a época), além de uma autonomia de 80 km. Seu nome faz referência à sua capacidade de carga, que era de 400 kg. 

Foram 76 unidades fabricadas durante o período, com clientes importantes como o Banco Itaú, Companhia de Cigarros Souza Cruz e até mesmo para as empresas estatais brasileiras de energia elétrica e telefonia. 

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