2 CDBs e 1 LCA: Veja os títulos de renda fixa indicados para montar a carteira esta semana
Após as reuniões dos Bancos Centrais do Brasil e EUA para definição de taxas de juros, veja os reflexos na renda fixa. O post 2 CDBs e 1 LCA: Veja os títulos de renda fixa indicados para montar a carteira esta semana apareceu primeiro em Empiricus.

A semana passada foi marcada pelas decisões dos Bancos Centrais ao redor do Mundo. Na quarta-feira (7), o comitê de política monetária dos EUA decidiu manter as taxas de juros inalteradas entre 4,50% e 4,25%, em linha com o esperado.
No comunicado, o comitê ressaltou o aumento dos riscos de alta tanto para o desemprego quanto para a inflação, mantendo assim, a neutralidade da comunicação em relação aos próximos passos. Em outras palavras, o Fed não se comprometeu com nenhum cenário à frente e preservou a flexibilidade para a atuação da política monetária.
Powell reforça que Fed não irá agir diante de incertezas tarifárias
Na coletiva de imprensa realizada após a decisão, o presidente do Fed, Jerome Powell, repetiu dezenas de vezes a palavra “espera”, indicando que o nível restritivo das taxas americanas hoje é apropriado e, que, portanto, não deve agir proativamente frente a uma deterioração de expectativas.
Powell afastou qualquer sinal de alarme imediato em relação aos efeitos das tarifas impostas pelo governo Trump e destacou que as tarifas ainda não refletiram nos dados econômicos, embora tenham elevado os riscos de inflação e desemprego. “As pessoas estão preocupadas com a inflação gerada por um choque tarifário, mas o choque ainda não chegou”.
Nesta manhã, o CPI de abril veio abaixo das expectativas do mercado (0,2% versus 0,3% m/m). Entre os destaques, o núcleo de bens surpreendeu para baixo, com alta marginal de 0,06% no mês e deflação em veículos usados.
No outro extremo, o núcleo de serviços segue pressionado com alta de 0,3%. De maneira geral, o número não refletiu pressões das tarifas nos preços domésticos, contudo, já é esperado que os efeitos das políticas protecionistas apareçam gradativamente nos próximos meses.
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BC sinaliza possível fim do ciclo de alta de juros
No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) entregou uma alta de juros de 0,50 ponto percentual, elevando a taxa Selic para o patamar histórico de 14,75%, conforme amplamente esperado.
O comunicado que acompanhou a decisão trouxe um tom mais brando (dovish), com destaque para a inclusão de riscos de baixa para a inflação, e uma sinalização de postura ainda vigilante, o que sugere que o ciclo de alta pode ter chegado ao fim ou, ao menos, que uma nova alta adicional exigiria uma deterioração significativa do cenário para que acontecesse.
O BC retirou a avaliação de assimetria do balanço de riscos, outro ponto particularmente dovish. Além disso, o BC reconheceu o estágio avançado do ciclo de aperto monetário e ajustou a prescrição da política monetária, passando de “mais contracionista” para “significativamente contracionista por um período prolongado”, e preferiu não se comprometer com um guidance futuro.
A ata divulgada nesta manhã (13) não trouxe elementos que mudassem o entendimento do comunicado. O comitê reforçou o aumento dos riscos externos e destacou a necessidade de “cautela adicional na atuação da política monetária e flexibilidade para incorporar os dados que impactem a dinâmica de inflação.”
O Banco Central claramente demonstrou o desejo de encerrar o ciclo de alta da Selic. Contudo, uma alta adicional de 25 pontos-base adiaria a discussão de corte, o que seria positivo, dado o qualitativo ruim da inflação corrente e a desancoragem das expectativas futuras.
Olhando para o passado, após o fim do ciclo de alta, em geral, os juros permanecem inalterados por três reuniões e então se inicia a discussão de afrouxamento monetário.
Hoje o mercado atribui cerca de 50% de chance de uma alta na reunião de junho e aproximadamente a mesma chance de corte desta magnitude em dezembro.
Dada a reação positiva do mercado após o último Copom, vemos um risco maior de um início de corte de juros com um ritmo mais acelerado de 50 pontos-base já em dezembro.
Ainda no Brasil, o IPCA de abril divulgado na sexta-feira (9), veio levemente acima das expectativas (0,43% vs 0,42% m/m). Na comparação anual, o índice acelerou para 5,53%.
Entre os detalhes, o preço dos alimentos desacelerou com a queda da contribuição do arroz e do mamão. No grupo dos semiduráveis, houve aceleração importante de roupas, que teve a sua maior contribuição para o indicador desde dezembro, acima, inclusive, da sazonalidade do período.
O núcleo de serviços segue pressionado. A média móvel de três meses anualizada e dessazonalizada ainda aponta para uma inflação acima de 6% para serviços intensivos em mão de obra.
Ainda assim, o período de sazonalidade mais positiva para os preços domésticos nos próximos meses, somado a uma performance forte do real e dados mais leves de inflação nos EUA, devem preservar o espaço para o BC se manter parado.
Para as estratégias em renda fixa, o cenário fica mais favorável para ativos de maior risco como os prefixados e indexados à inflação de prazo mais longo.
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Cardápio da semana
Características do CDB IPCA+ do Paraná Banco | |
Classificação de risco da instituição | Fitch: AA- (bra) |
Público-alvo | Investidores em geral |
Onde encontrar | BTG Pactual |
Aplicação mínima | R$ 1 mil |
Aplicação máxima | – |
Liquidação | D+0 |
Vencimento (prazo) | 17/04/2030 (1800 dias corridos) |
Rentabilidade anual | IPCA+ 7,64% a.a. |
Tributação | 15,00% |
Pagamento de juros | No vencimento |
Resgate | No vencimento |
Garantias | Fundo Garantidor de Créditos (FGC) |
Horário limite de aplicação | 17h45 |
Características do CDB IPCA+ do Banco Daycoval | |
Classificação de risco da instituição | Fitch: AAA (bra) |
Público-alvo | Investidores em geral |
Onde encontrar | Banco Daycoval |
Aplicação mínima | R$ 1 mil |
Aplicação máxima | R$ 10 milhões |
Liquidação | D+0 |
Vencimento (prazo) | 17/05/2027 (734 dias corridos) |
Rentabilidade anual | IPCA+ 8,50% a.a. |
Tributação | 15,00% |
Pagamento de juros | No vencimento |
Resgate | No vencimento |
Garantias | Fundo Garantidor de Créditos (FGC) |
Horário limite de aplicação | 18h |
Características da LCA prefixada do Banco Inter | |
Classificação de risco da instituição | Fitch: AA+ (bra) |
Público-alvo | Investidores em geral |
Onde encontrar | Banco Inter |
Aplicação mínima | R$ 50,00 |
Aplicação máxima | – |
Liquidação | D+0 |
Vencimento (prazo) | 03/05/2027 (720 dias corridos) |
Rentabilidade anual | até 12,08% a.a. |
Tributação | Isenta |
Pagamento de juros | No vencimento |
Resgate | No vencimento |
Garantias | Fundo Garantidor de Créditos (FGC) |
Horário limite de aplicação | 21h55 |
As taxas e vencimentos do títulos indicados nas tabelas acima são referentes ao dia 13 de maio de 2025 e, portanto, são válidos apenas para o dia de hoje (5).
Vale destacar que a série Super Renda Fixa tem como foco principal recomendar títulos de crédito privado com uma relação de risco e retorno atrativa, atendendo à demanda de assinantes que buscam retornos acima dos títulos públicos.
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