2 CDBs e 1 LCA: Veja os títulos de renda fixa indicados para montar a carteira esta semana

Após as reuniões dos Bancos Centrais do Brasil e EUA para definição de taxas de juros, veja os reflexos na renda fixa. O post 2 CDBs e 1 LCA: Veja os títulos de renda fixa indicados para montar a carteira esta semana apareceu primeiro em Empiricus.

Mai 14, 2025 - 00:36
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2 CDBs e 1 LCA: Veja os títulos de renda fixa indicados para montar a carteira esta semana

A semana passada foi marcada pelas decisões dos Bancos Centrais ao redor do Mundo. Na quarta-feira (7), o comitê de política monetária dos EUA decidiu manter as taxas de juros inalteradas entre 4,50% e 4,25%, em linha com o esperado.

No comunicado, o comitê ressaltou o aumento dos riscos de alta tanto para o desemprego quanto para a inflação, mantendo assim, a neutralidade da comunicação em relação aos próximos passos. Em outras palavras, o Fed não se comprometeu com nenhum cenário à frente e preservou a flexibilidade para a atuação da política monetária.

Powell reforça que Fed não irá agir diante de incertezas tarifárias

Na coletiva de imprensa realizada após a decisão, o presidente do Fed, Jerome Powell, repetiu dezenas de vezes a palavra “espera”, indicando que o nível restritivo das taxas americanas hoje é apropriado e, que, portanto, não deve agir proativamente frente a uma deterioração de expectativas.

Powell afastou qualquer sinal de alarme imediato em relação aos efeitos das tarifas impostas pelo governo Trump e destacou que as tarifas ainda não refletiram nos dados econômicos, embora tenham elevado os riscos de inflação e desemprego. “As pessoas estão preocupadas com a inflação gerada por um choque tarifário, mas o choque ainda não chegou”.

Nesta manhã, o CPI de abril veio abaixo das expectativas do mercado (0,2% versus 0,3% m/m). Entre os destaques, o núcleo de bens surpreendeu para baixo, com alta marginal de 0,06% no mês e deflação em veículos usados. 

No outro extremo, o núcleo de serviços segue pressionado com alta de 0,3%. De maneira geral, o número não refletiu pressões das tarifas nos preços domésticos, contudo, já é esperado que os efeitos das políticas protecionistas apareçam gradativamente nos próximos meses.

BC sinaliza possível fim do ciclo de alta de juros

No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) entregou uma alta de juros de 0,50 ponto percentual, elevando a taxa Selic para o patamar histórico de 14,75%, conforme amplamente esperado.

O comunicado que acompanhou a decisão trouxe um tom mais brando (dovish), com destaque para a inclusão de riscos de baixa para a inflação, e uma sinalização de postura ainda vigilante, o que sugere que o ciclo de alta pode ter chegado ao fim ou, ao menos, que uma nova alta adicional exigiria uma deterioração significativa do cenário para que acontecesse.

O BC retirou a avaliação de assimetria do balanço de riscos, outro ponto particularmente dovish.  Além disso, o BC reconheceu o estágio avançado do ciclo de aperto monetário e ajustou a prescrição da política monetária, passando de “mais contracionista” para “significativamente contracionista por um período prolongado”, e preferiu não se comprometer com um guidance futuro.

A ata divulgada nesta manhã (13) não trouxe elementos que mudassem o entendimento do comunicado. O comitê reforçou o aumento dos riscos externos e destacou a necessidade de “cautela adicional na atuação da política monetária e flexibilidade para incorporar os dados que impactem a dinâmica de inflação.”

O Banco Central claramente demonstrou o desejo de encerrar o ciclo de alta da Selic. Contudo, uma alta adicional de 25 pontos-base adiaria a discussão de corte, o que seria positivo, dado o qualitativo ruim da inflação corrente e a desancoragem das expectativas futuras.

Olhando para o passado, após o fim do ciclo de alta, em geral, os juros permanecem inalterados por três reuniões e então se inicia a discussão de afrouxamento monetário.

Hoje o mercado atribui cerca de 50% de chance de uma alta na reunião de junho e aproximadamente a mesma chance de corte desta magnitude em dezembro.

Dada a reação positiva do mercado após o último Copom, vemos um risco maior de um início de corte de juros com um ritmo mais acelerado de 50 pontos-base já em dezembro.

Ainda no Brasil, o IPCA de abril divulgado na sexta-feira (9), veio levemente acima das expectativas (0,43% vs 0,42% m/m). Na comparação anual, o índice acelerou para 5,53%. 

Entre os detalhes, o preço dos alimentos desacelerou com a queda da contribuição do arroz e do mamão. No grupo dos semiduráveis, houve aceleração importante de roupas, que teve a sua maior contribuição para o indicador desde dezembro, acima, inclusive, da sazonalidade do período.

O núcleo de serviços segue pressionado. A média móvel de três meses anualizada e dessazonalizada ainda aponta para uma inflação acima de 6% para serviços intensivos em mão de obra.

Ainda assim, o período de sazonalidade mais positiva para os preços domésticos nos próximos meses, somado a uma performance forte do real e dados mais leves de inflação nos EUA, devem preservar o espaço para o BC se manter parado. 

Para as estratégias em renda fixa, o cenário fica mais favorável para ativos de maior risco como os prefixados e indexados à inflação de prazo mais longo.

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Cardápio da semana

Características do CDB IPCA+ do Paraná Banco
Classificação de risco da instituiçãoFitch: AA- (bra)
Público-alvoInvestidores em geral
Onde encontrarBTG Pactual 
Aplicação mínimaR$ 1 mil
Aplicação máxima
LiquidaçãoD+0
Vencimento (prazo)17/04/2030 (1800 dias corridos)
Rentabilidade anualIPCA+ 7,64% a.a.
Tributação15,00%
Pagamento de jurosNo vencimento
ResgateNo vencimento
GarantiasFundo Garantidor de Créditos (FGC)
Horário limite de aplicação17h45
Características do CDB  IPCA+ do Banco Daycoval
Classificação de risco da instituiçãoFitch: AAA (bra)
Público-alvoInvestidores em geral
Onde encontrarBanco Daycoval
Aplicação mínimaR$ 1 mil
Aplicação máximaR$ 10 milhões
LiquidaçãoD+0
Vencimento (prazo)17/05/2027 (734 dias corridos)
Rentabilidade anualIPCA+ 8,50% a.a.
Tributação15,00%
Pagamento de jurosNo vencimento
ResgateNo vencimento
GarantiasFundo Garantidor de Créditos (FGC)
Horário limite de aplicação18h
Características da LCA prefixada do Banco Inter
Classificação de risco da instituiçãoFitch: AA+ (bra)
Público-alvoInvestidores em geral
Onde encontrarBanco Inter
Aplicação mínimaR$ 50,00
Aplicação máxima
LiquidaçãoD+0
Vencimento (prazo)03/05/2027 (720 dias corridos)
Rentabilidade anualaté 12,08% a.a.
TributaçãoIsenta
Pagamento de jurosNo vencimento
ResgateNo vencimento
GarantiasFundo Garantidor de Créditos (FGC)
Horário limite de aplicação21h55
A LCA do Banco Inter oferece rentabilidade de 12% a.a. para investimentos de até R$250 mil e chega a 12,08% a.a. para valores acima de R$1 milhão. Além disso, a taxa líquida da LCA é equivalente a uma taxa bruta de um CDB de até 14,64% a.a..

As taxas e vencimentos do títulos indicados nas tabelas acima são referentes ao dia 13 de maio de 2025 e, portanto, são válidos apenas para o dia de hoje (5).

Vale destacar que a série Super Renda Fixa tem como foco principal recomendar títulos de crédito privado com uma relação de risco e retorno atrativa, atendendo à demanda de assinantes que buscam retornos acima dos títulos públicos. 

Para a sua reserva de emergência, aquele dinheiro que você pode precisar no curtíssimo prazo, recomendamos apenas o Tesouro Selic, disponível na plataforma do Tesouro Direto, ou fundos DI taxa zero.

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