Rally1 em fim de linha: FIA redesenha estrutura do WRC 2027

Segundo o Dirtfish, a FIA pretende redesenhar toda a ‘pirâmide’ dos ralis a tempo das novas regulamentações técnicas do Mundial de Ralis em 2027. Como se sabe, atualmente, existem cinco classes principais de carros de rali homologados pela FIA, desde os Rally1 de topo até aos Rally5 de tração dianteira, mas com o ‘desaparecimento’ dos […] The post Rally1 em fim de linha: FIA redesenha estrutura do WRC 2027 first appeared on AutoSport.

Mai 7, 2025 - 17:08
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Rally1 em fim de linha: FIA redesenha estrutura do WRC 2027

Segundo o Dirtfish, a FIA pretende redesenhar toda a ‘pirâmide’ dos ralis a tempo das novas regulamentações técnicas do Mundial de Ralis em 2027. Como se sabe, atualmente, existem cinco classes principais de carros de rali homologados pela FIA, desde os Rally1 de topo até aos Rally5 de tração dianteira, mas com o ‘desaparecimento’ dos Rally1, deixa de fazer sentido essa nomenclatura, pelo que tudo deverá mudar novamente.

Voltando aos anos 1970 com os Grupos 1 a 4, o WRC nasceu em 1973, com carros homologados nos Grupos 1 a 4, dando primazia aos Grupo 4 (carros de produção modificados para competição). O regulamento visava uniformizar a competição e aumentar a profissionalização, mas ainda havia grande diversidade técnica e de preparação. Os anos 1980 foram os da Era dos Grupo B, a sua que, e a emancipação do Grupo A…

Em 1982, surgiram os famosos Grupos B, com regulamentos muito permissivos: carros extremamente potentes, leves e com tecnologias avançadas, mas com pouca preocupação com a segurança.

O Grupo B foi extinto em 1986 após acidentes fatais, e o Grupo A (carros mais próximos dos de série, com muito maiores restrições) assumiu o protagonismo em 1987, embora o Grupo já existisse…

Estes foram evoluindo e desenvolvendo-se e nos anos 1990 os Grupo A atingiram o seu pináculo, e em 1997 deram lugar aos World Rally Car. Os Grupo A dominaram até 1996, em 1997, foi criada a categoria World Rally Car (WRC), permitindo maior liberdade técnica (como tração integral e turbo mesmo em modelos que não tinham essas versões de fábrica), facilitando a entrada de mais marcas e promovendo o espetáculo.

Depois veio o século XXI, e dos anos 2000 até hoje houve muito maior padronização. Os regulamentos passaram a limitar custos, aerodinâmica e potência, procurando-se um equilíbrio entre performance e segurança.

Em 2011, os WRC passaram a ter motor turbo de 1,6 litros, em 2014 as classes foram renomeadas, trocando o ‘A0’ para RC1 e assim por diante, o que ainda vigora até hoje, mas os carros mudaram significativamente.

Existiram alterações à homologação de 2014 de modo a prolongar a vida dos World Rally Cars.

Estes viveram até 2016, onde nasceu uma nova era, os WRC’17, que durou até 2021, provavelmente os carros mais tecnológicos e complexos da história do Mundial de Ralis.

Em 2022 chegaram os híbridos, que foram um fracasso, não pelos carros, mas pelo sistema híbrido, positivamente arcaico, que só existiu para que se pudesse ‘comunicar verde’.

Devido aos custos, os híbridos já desapareceram, este ano os Rally1 não têm esse sistema, isto numa altura em que a FIA, o Promotor e as equipas discutem o futuro, que para já não parece promissor.

O mais provável de acontecer será a criação, por parte da FIA, de uma solução que pode passar por ‘promover’ os Rally2 atuais, ou os Rally1 com mecânica Rally2, ou seja, chassis tubular, com toda a mecânica e aerodinâmica Rally2 – talvez com uns pozinhos a mais – que poderá permitir ao WRC ter mais tipos de carroçarias.

Os novos carros de 2027, provisoriamente designados como ‘WRC27’, poderão mais semelhantes aos atuais Rally2 em termos de custo e desempenho. A FIA ainda não decidiu a estrutura exata da nova ‘pirâmide’ de ralis a partir de 2027, mas assegura que haverá mudanças. Portanto, com o fim dos Rally1 toda a pirâmide será reconstruída.

Como, é o que se discute agora…The post Rally1 em fim de linha: FIA redesenha estrutura do WRC 2027 first appeared on AutoSport.