Prefeito quer internação compulsória a quem leva bebê reborn a hospital
João Rodrigues (PSD), de Chapecó, questiona se está “faltando Deus” e diz que cidade não terá leis envolvendo bonecos realistas

O prefeito de Chapecó (SC), João Rodrigues (PSD), disse na 6ª feira (16.mai.2025) que fará internação compulsória de pessoas que levarem bebês reborn para consultas em hospitais da cidade. O político questionou se está “faltando Deus” e “espiritualidade”.
“Se alguém inventar de entrar em uma unidade de saúde para pegar uma ficha para levar o bebê reborn para consultar, a ordem está dada, pode pegar o autor, o proprietário do bonequinho e vamos internar involuntariamente”, afirmou o prefeito em vídeo divulgado em suas redes sociais.
Assista (1min38s):
Donos de bebês reborn estão sendo alvo de críticas na internet. O tema ganhou relevância na internet depois de vídeos das “mães” dos brinquedos viralizarem nas redes sociais.
DEPUTADOS PROPÕEM RESTRIÇÕES
O tema tem chamado a atenção de congressistas. Na 5ª feira (15.mai), deputados apresentaram 3 projetos para criar restrições a bonecos hiper-realistas, incluindo os bebês reborn, e às “mães”. Entre as medidas, estão a proibição de atendimento em unidades de saúde públicas e privadas, o uso de assento preferencial e outros benefícios.
Eis o que propõe cada PL (projeto de lei) apresentado:
- PL 2.326 de 2025 – o autor do texto, deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP), pede que profissionais da saúde, vinculados ou não ao SUS (Sistema Único de Saúde), sejam impedidos de realizar qualquer tipo de simulação de atendimento clínico com esses objetos;
- PL 2.320 de 2025 – o deputado Zacharias Calil (União Brasil-GO) pede a aplicação de sanções administrativas àqueles que utilizarem bebê reborn ou artefatos similares com o intuito de obter benefícios destinados a crianças de colo;
- PL 2.323 de 2025 – a deputada Rosangela Moro (União Brasil-SP) sugere o acolhimento psicossocial para pessoas com vínculos afetivos com bonecos reborn.