PF diz já ter aviões prontos para buscar Tuta, chefe do PCC preso na Bolívia
Governo brasileiro aguarda decisão da Justiça boliviana para saber como será a entrega do criminoso. Traficante estava foragido e foi detido com documento falso. Polícia da Bolívia prende foragido apontado com um dos chefes do PCC A Polícia Federal (PF) afirmou neste sábado (17) que já tem aviões prontos para buscar o traficante Tuta, apontado como substituto de Marcola no comando da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Marcos Roberto de Almeida foi preso na sexta-feira (16), em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, e deve ser entregue às autoridades brasileiras. O procedimento ainda não foi definido pelo governo da Bolívia. "As nossas equipes já estão prontas para sair de Brasília assim que tiver a confirmação, se for o caso de expulsão, [para] fazer a transferência", afirmou Andrei Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal, durante entrevista coletiva. "Aguardaremos as autoridades bolivianas decidirem as possibilidades jurídicas a partir do seu regulamento. Aguardaremos a decisão do país, que é soberano", disse Rodrigues. Tuta estava foragido e usava documento falso. A polícia boliviana informou que ele se apresentou como Maycon Gonçalves da Silva e tentava renovar o documento de cidadão estrangeiro no país. Ele foi descoberto porque estava incluído na lista de procurados pela Interpol. Então, a polícia boliviana acionou a PF. Preso pela PF, Tuta é considerado o substituto de Marcola no comando do PCC Reprodução Próximos passos: como será a transferência de Tuta? Existem duas possibilidades para Tuta: ser expulso do país, por estar em situação irregular, ou ser extraditado a pedido do governo brasileiro. A expulsão é um processo mais rápido. Já a extradição pode levar mais tempo. "Está prevista uma audiência para amanhã com autoridades judiciárias da Bolívia, da mesma forma como acontecem as audiências de custódia aqui [no Brasil], e a nossa expectativa é que amanhã mesmo tenhamos um retorno desse processo: expulsão ou extradição", disse o diretor da PF. Rodrigues explicou que o local da entrega também será definido: se a polícia brasileira irá buscar Tuta no local em que foi preso ou na fronteira, ou se a Bolívia o enviará ao Brasil. Assim que retornar, o criminoso será levado para uma penitenciária federal de segurança máxima. Tuta tem duas prisões decretadas e já foi condenado Marcos Roberto de Almeida tem duas prisões decretadas em investigações do Ministério Público de SP. Ele foi um dos principais alvos da Operação Sharks, deflagrada em 2020. À época, o MP de São Paulo confirmou que Tuta assumiu o comando do PCC após a transferência de Marcola para um presídio federal, em fevereiro de 2019. O criminoso já foi condenado em primeira instância por organização criminosa, com pena de 12 anos e seis meses de prisão. Responde ainda a outro processo por organização criminosa e lavagem de dinheiro. "O Marcos Roberto, vulgo Tuta, já era da sintonia de 1, mas não era o número 1 do PCC. Com a remoção do Marcola, ele foi elencado, nominado pelo Marcola para ser o novo n° 1 do PCC, tanto dentro como fora dos presídios. É um velho conhecido nosso. Só que, em liberdade, ele atingiu o status, seria o novo Marcola na nossa concepção", explicou na ocasião o promotor Lincoln Gakiya, que investiga o PCC há décadas em São Paulo.


Governo brasileiro aguarda decisão da Justiça boliviana para saber como será a entrega do criminoso. Traficante estava foragido e foi detido com documento falso. Polícia da Bolívia prende foragido apontado com um dos chefes do PCC A Polícia Federal (PF) afirmou neste sábado (17) que já tem aviões prontos para buscar o traficante Tuta, apontado como substituto de Marcola no comando da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Marcos Roberto de Almeida foi preso na sexta-feira (16), em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, e deve ser entregue às autoridades brasileiras. O procedimento ainda não foi definido pelo governo da Bolívia. "As nossas equipes já estão prontas para sair de Brasília assim que tiver a confirmação, se for o caso de expulsão, [para] fazer a transferência", afirmou Andrei Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal, durante entrevista coletiva. "Aguardaremos as autoridades bolivianas decidirem as possibilidades jurídicas a partir do seu regulamento. Aguardaremos a decisão do país, que é soberano", disse Rodrigues. Tuta estava foragido e usava documento falso. A polícia boliviana informou que ele se apresentou como Maycon Gonçalves da Silva e tentava renovar o documento de cidadão estrangeiro no país. Ele foi descoberto porque estava incluído na lista de procurados pela Interpol. Então, a polícia boliviana acionou a PF. Preso pela PF, Tuta é considerado o substituto de Marcola no comando do PCC Reprodução Próximos passos: como será a transferência de Tuta? Existem duas possibilidades para Tuta: ser expulso do país, por estar em situação irregular, ou ser extraditado a pedido do governo brasileiro. A expulsão é um processo mais rápido. Já a extradição pode levar mais tempo. "Está prevista uma audiência para amanhã com autoridades judiciárias da Bolívia, da mesma forma como acontecem as audiências de custódia aqui [no Brasil], e a nossa expectativa é que amanhã mesmo tenhamos um retorno desse processo: expulsão ou extradição", disse o diretor da PF. Rodrigues explicou que o local da entrega também será definido: se a polícia brasileira irá buscar Tuta no local em que foi preso ou na fronteira, ou se a Bolívia o enviará ao Brasil. Assim que retornar, o criminoso será levado para uma penitenciária federal de segurança máxima. Tuta tem duas prisões decretadas e já foi condenado Marcos Roberto de Almeida tem duas prisões decretadas em investigações do Ministério Público de SP. Ele foi um dos principais alvos da Operação Sharks, deflagrada em 2020. À época, o MP de São Paulo confirmou que Tuta assumiu o comando do PCC após a transferência de Marcola para um presídio federal, em fevereiro de 2019. O criminoso já foi condenado em primeira instância por organização criminosa, com pena de 12 anos e seis meses de prisão. Responde ainda a outro processo por organização criminosa e lavagem de dinheiro. "O Marcos Roberto, vulgo Tuta, já era da sintonia de 1, mas não era o número 1 do PCC. Com a remoção do Marcola, ele foi elencado, nominado pelo Marcola para ser o novo n° 1 do PCC, tanto dentro como fora dos presídios. É um velho conhecido nosso. Só que, em liberdade, ele atingiu o status, seria o novo Marcola na nossa concepção", explicou na ocasião o promotor Lincoln Gakiya, que investiga o PCC há décadas em São Paulo.