Ogier aproveita azar de Tanak e aponta ao sétimo triunfo no Rali de Portugal
Já é infortúnio a mais! Mais um problema para um Hyundai, desta vez com o Hyundai i20 N Rally1 de Ott Tänak, que liderava, a terminar com o que estava a ser uma excelente luta neste competitivo Rali de Portugal. O piloto estónio não merecia este revés, e a prova não merecia ter perdido a […] The post Ogier aproveita azar de Tanak e aponta ao sétimo triunfo no Rali de Portugal first appeared on AutoSport.

Já é infortúnio a mais! Mais um problema para um Hyundai, desta vez com o Hyundai i20 N Rally1 de Ott Tänak, que liderava, a terminar com o que estava a ser uma excelente luta neste competitivo Rali de Portugal. O piloto estónio não merecia este revés, e a prova não merecia ter perdido a competitividade que demonstrava na disputa pelo triunfo. Mas os ralis são mesmo assim!
FOTO @World
Agora, Sébastien Ogier enfrenta o derradeiro dia de prova com uma vantagem de 27,6 segundos sobre o seu colega de equipa, Kalle Rovanperä, com Tänak 8,5 segundos mais atrás. Contudo, a esperança da vitória desvaneceu-se para o estónio, embora leve de Portugal algo positivo para o futuro: a competitividade do carro em terra. Por outro lado, mantém, ele e toda a equipa, o azar das falhas mecânicas. Desta feita, uma falha na direção assistida.
Tänak liderou a prova desde sexta-feira de manhã e recuperou de um início difícil nesta penúltima especial para vencer três troços consecutivos e reconstruir uma vantagem de dois dígitos. À entrada para a penúltima especial, Amarante 2, o piloto da Hyundai parecia estar firmemente no controlo, mas tudo se desmoronou no troço.
Um problema de direção assistida surgiu a meio da prova de 22,10 km, obrigando Tänak a lutar com o seu i20 N Rally1 até ao final. O piloto perdeu mais de 45 segundos e perdeu a liderança que tinha lutado tanto para construir, caindo para terceiro na geral.
Ogier, que tinha passado a maior parte do dia a seguir Tänak, viu-se de repente na frente. O octacampeão do mundo lidera agora o rali com 27,6 segundos de vantagem para o final das seis especiais de domingo e está à beira de alargar o seu próprio recorde de seis triunfos: “Não é a forma como se quer ganhar qualquer combate”, disse Ogier. “Estávamos ambos a esforçar-nos muito – é esse o jogo. Tentámos manter a pressão, mesmo que ele fosse um pouco mais rápido. No final da especial anterior, cheguei a dizer ao meu engenheiro: ‘Sinceramente, tudo pode acontecer – é duro nos troços. Ele está a esforçar-se muito, temos de manter a pressão’. Não estou contente”, continuou. “Não quero festejar desta forma.”
“Só espero que ele ainda consiga recuperar o máximo de pontos possível – ainda não acabou. Amanhã é um longo dia”, disse Tänak: “Faz parte do jogo, acho eu. É uma pena, mas demos tudo da nossa parte.”
Kalle Rovanperä subiu para segundo, com 8,5 segundos de vantagem sobre Tänak. O piloto da Toyota tinha começado o dia em quarto, mas ultrapassou Takamoto Katsuta durante a manhã e foi-se afastando gradualmente à medida que o dia avançava.
O ritmo de Katsuta diminuiu durante a tarde e o japonês ficou atrás de Thierry Neuville, da Hyundai, que subiu para quarto na penúltima especial. O belga segue agora Rovanperä por 17,0 segundos, com Katsuta a mais 2,2 segundos de distância, em quinto.
O líder do campeonato, Elfyn Evans, teve mais um dia difícil e ocupa o sétimo lugar da geral, atrás de Sami Pajari. Depois de ter perdido tempo na abertura de estrada de sexta-feira, Evans voltou a ter dificuldades em encontrar um bom ritmo, apesar de uma melhor posição de partida no sábado, e agora está atrás de Pajari por 17,5 segundos.
Josh McErlean subiu para oitavo, ultrapassando o colega da M-Sport Ford, Grégoire Munster, na etapa de abertura.
O irlandês terminou o dia com 28,5 segundos de vantagem no duelo entre equipas.
O mundo dos ralis está na sua história cheio de golpes de teatro, provavelmente o maior, o que sucedeu a Carlos Sainz em 1998 a 300 metros de se tornar Campeão do Mundo. Agora, com apenas 72,1 quilómetros cronometrados por disputar, só também um imprevisto poderá impedir Sébastien Ogier de alcançar a sua sétima vitória em Portugal, mantendo a invencibilidade da Toyota na presente época do Campeonato do Mundo de Ralis (WRC).
Oliver Solberg mantém a liderança no WRC2
No décimo lugar da geral, Oliver Solberg passou grande parte do dia a gerir pneus, poupando os de composto macio para atacar no domingo e utilizando compostos duros no seu Toyota GR Yaris. A estratégia resultou e o sueco terminou o dia com 50,1 segundos de vantagem sobre Gus Greensmith (Škoda Fabia RS) e 55,6 segundos sobre Yohan Rossel (Citroën C3 Rally2). “Houve troços com muitas pedras e trilhos. Tentei conduzir de forma limpa”, explicou Solberg.
Nikolay Gryazin (Škoda Fabia RS Rally2) foi forçado a abandonar após sair de estrada em Cabeceiras de Basto 2, quando era quarto classificado. O lugar foi ocupado por Roope Korhonen (Toyota GR Yaris Rally2), que chegou a vencer um troço durante o dia.
No final da etapa, Armindo Araújo (Škoda Fabia RS Rally2) era o melhor português em prova: “Temos a nossa posição consolidada e queremos mantê-la até ao fim. Não podemos correr riscos desnecessários. O carro tem estado muito bem, sem qualquer problema”, afirmou. Diogo Salvi (Ford Puma Rally1) segue como o segundo melhor português, seguido por Pedro Meireles e Diogo Marujo, ambos em Škoda Fabia RS Rally2.
O dia de amanhã
A terceira e última etapa disputa-se este domingo e inclui seis classificativas, num total de 72,1 km cronometrados. O percurso integra duas passagens por Paredes, Felgueiras e Fafe — esta última será a Power Stage da prova. Os troços são rápidos e com bom piso, e o ponto alto será, como habitualmente, o salto da Pedra Sentada, em Fafe, onde os carros voam dezenas de metros e que já se tornou imagem de marca do Vodafone Rally de Portugal.
Classificação no final da 2.ª etapa
1º Sébastien Ogier/Vincent Landais (Toyota GR Yaris Rally1), com 3h:01.04,7
2º Kalle Rovanperä/Jonne Halttunen (Toyota GR Yaris Rally1), a 27,6s
3º Ott Tänak/Martin Järveoja (Hyundai I20N Rally1), a 36,1s
4º Thierry Neuville/Martijn Wydaeghe (Hyundai I20N Rally1), a 44,6s
5º Takamoto Katsuta/Aaron Johnston (Toyota GR Yaris Rally1), a 46,8s
6º Sami Pajari/Marko Salminen (Toyota GR Yaris Rally1), a 1m.58,4
7º Elfyn Evans/Scott Martin (Toyota GR Yaris Rally1), 2m.15,9
8º Joshua McErlean/Eoin Treacy (Ford Puma Rally1), a 4m.13,2
9º Grégoire Munster/Louis Louka (Ford Puma Rally1), a 4m.41,7
10º Oliver Solberg/Elliott Edmondson (Toyota GR Yaris Rally2), a 7m.07.5 (1º Rally2)
26º Armindo Araújo/Luís Ramalho (Skoda Fabia RS Rally2), a 17m20,07s (1º português)
Programa
Domingo, 18 de maio
SS19 – Paredes 1 (16,09 km) – 06h43
SS20 – Felgueiras 1 (8,81 km) – 07h48
SS21 – Fafe 1 (11,18 km) – 08h35
SS22 – Paredes 2 (16,09 km) – 09h58
SS23 – Felgueiras 2 (8,81 km) – 11h03
SS24 – Fafe 2 – Power Stage (11,18 km) – 13h15