Cannes 2025: Filmes que estão concorrendo a Palma de Ouro

  A Palma de Ouro foi criada oficialmente em 1955, uma honraria concedida ao melhor filme em competição no Festival de Cannes, evento realizado anualmente na Riviera Francesa desde 1946. Antes da adoção da Palma de Ouro como ícone, o festival já premiava seus vencedores com o “Grand Prix”, mas foi com o novo troféu […] O post Cannes 2025: Filmes que estão concorrendo a Palma de Ouro apareceu primeiro em Harper's Bazaar » Moda, beleza e estilo de vida em um só site.

Mai 17, 2025 - 19:00
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Cannes 2025: Filmes que estão concorrendo a Palma de Ouro

 

Vache Tovmasyan, Samantha Quan, Sean Baker, Mikey Madison, Alex Coco e Karren Karagulian posam com a Palma de Ouro pelo filme “Anora” durante o Festival de Cinema de Cannes, no Palais des Festivals, em 25 de maio de 2024 – Foto: Getty Images

A Palma de Ouro foi criada oficialmente em 1955, uma honraria concedida ao melhor filme em competição no Festival de Cannes, evento realizado anualmente na Riviera Francesa desde 1946. Antes da adoção da Palma de Ouro como ícone, o festival já premiava seus vencedores com o “Grand Prix”, mas foi com o novo troféu que Cannes solidificou sua identidade estética e simbólica.

O desenho da estatueta — uma palma de ouro apoiada sobre um pedestal de cristal — remete ao brasão da cidade de Cannes e à sua famosa Promenade de la Croisette, rodeada por palmeiras. Desde 1998, a produção do troféu está nas mãos da joalheria suíça Chopard, que confecciona cada peça artesanalmente em ouro ético e sustentável, o que acrescenta ainda mais valor simbólico à premiação.

Ao longo das décadas, a Palma de Ouro consagrou nomes fundamentais da história do cinema. Diretores como Martin Scorsese, Quentin Tarantino, Jane Campion, Hirokazu Kore-eda, Apichatpong Weerasethakul e Bong Joon-ho passaram por esse pódio, que continua a revelar novas vozes e a consagrar talentos visionários. Vencer em Cannes é, muitas vezes, o início de uma trajetória de reconhecimento global.

Poucos diretores, no entanto, conquistaram a Palma de Ouro mais de uma vez. Entre os raros privilegiados estão os irmãos belgas Jean-Pierre e Luc Dardenne (Rosetta, em 1999, e A Criança, em 2005), o austríaco Michael Haneke (A Fita Branca, em 2009, e Amor, em 2012), o sueco Ruben Östlund (The Square, em 2017, e Triângulo da Tristeza, em 2022), além de Francis Ford Coppola, Emir Kusturica e Bille August. Essas duplas conquistas são reflexo de trajetórias coerentes e inovadoras, que desafiam padrões estéticos e políticos ao longo dos anos.

A Palma de Ouro continua sendo uma bússola do cinema contemporâneo, apontando tendências, provocando debates e impulsionando obras que, de outra forma, poderiam passar despercebidas pelo grande público. E, a cada nova edição do festival, a expectativa se renova: que histórias serão contadas? Que olhares se destacarão? Quem entrará para a história?

A seguir, confira os filmes que estão concorrendo à Palma de Ouro no Festival de Cannes 2025.

After — Oliver Laxe — Espanha, França

Um drama contemplativo que segue um pai e seu filho em uma jornada espiritual pelo deserto africano, em busca de uma filha desaparecida.

Alpha — Julia Ducournau — França

Uma adolescente de 13 anos retorna da escola com uma tatuagem misteriosa, abalando a dinâmica familiar com sua mãe solteira. O filme explora temas de identidade e transformação.

Die, My Love — Lynne Ramsay — Estados Unidos

Laura, uma mulher vivendo em uma fazenda no interior de Montana, enfrenta uma crise de saúde mental quando seu casamento começa a desmoronar.

Dossier 137 (Caso 137) — Dominik Moll — França

Durante os protestos dos “coletes amarelos”, um jovem é ferido por uma bala de borracha. Stéphanie, investigadora da polícia, é encarregada de determinar a responsabilidade pelo incidente. 

Eagles of the Republic (Águias da República) — Tarik Saleh — Suécia, França, Dinamarca, Finlândia

George Fahmy, um renomado ator egípcio, é pressionado a estrelar um filme encomendado pelo governo. Ao aceitar, envolve-se em um caso com a esposa do general responsável pela produção.

Eddington — Ari Aster — Estados Unidos

Eddington, um ex-xerife atormentado por visões e memórias fragmentadas, vive em um vilarejo isolado do Velho Oeste. A chegada de estranhos desencadeia eventos misteriosos.

Fiori — Mario Martone — Itália, França

Duas mulheres se reencontram em um hospital prisional e confrontam um passado marcado por culpa e solidariedade.

In Simple Accident (Foi Apenas um Acidente) — Jafar Panahi — Irã, França, Luxemburgo

Reza se envolve em um atropelamento acidental que desencadeia uma perseguição moral e burocrática, refletindo sobre a repressão política.

Jeunes Mères (As Jovens Mães) — Jean-Pierre e Luc Dardenne — Bélgica, França

O filme acompanha mães adolescentes em um abrigo que formam laços de afeto e resistência enquanto enfrentam abandono e precariedade.

La Petite Dernière (A Caçula) — Hafsia Herzi — França, Alemanha

Inspirado na própria vida de Herzi, o filme acompanha Leïla, uma jovem árabe-francesa dividida entre o desejo de independência e as expectativas conservadoras de sua família.

Nouvelle Vague — Richard Linklater — França

Homenagem ao movimento francês dos anos 60, o filme apresenta uma história metalinguística sobre jovens cineastas e as rupturas culturais do passado.

O Agente Secreto — Kleber Mendonça Filho — Brasil, França, Alemanha, Países Baixos

Inspirado em Joseph Conrad, o filme é ambientado no Brasil dos anos 70. Marcelo, um professor, é recrutado para infiltrar-se em um grupo revolucionário, enfrentando dilemas éticos e pessoais devastadores.

O Esquema no Fenício — Wes Anderson — Estados Unidos

Uma comédia de espionagem com um elenco estelar, que promete ser um dos títulos mais visualmente chamativos do festival. 

Renoir — Chie Hayakawa — Japão, França, Singapura, Filipinas, Indonésia

Narrativa contemplativa sobre os últimos dias do pintor Pierre-Auguste Renoir, entre decadência física e fascínio artístico.

Romería — Carla Simón — Espanha, Alemanha

Marina, uma jovem órfã, viaja a Vigo para buscar informações sobre seu pai biológico, falecido devido à AIDS. Lá, encontra familiares relutantes em revisitar o passado devido a traumas associados ao uso de substâncias. 

Sentimental Value (Valor Sentimental) — Joachim Trier — Noruega, França, Alemanha, Dinamarca, Suécia, Reino Unido

Um drama emocional que explora as complexidades das relações familiares e os laços afetivos, com uma narrativa introspectiva.

Sirat — Óliver Laxe — Espanha, França

Após o desaparecimento de sua filha em uma festa rave, Luis viaja ao Marrocos com seu filho Esteban para procurá-la, enfrentando desafios e encontros inesperados no deserto.

The History of Sound — Oliver Hermanus — Reino Unido, Estados Unidos

Um romance queer ambientado durante a Primeira Guerra Mundial, explorando a conexão entre dois homens em meio ao caos do conflito.

The Mastermind — Kelly Reichardt — Estados Unidos

Ambientado durante a Guerra do Vietnã, o filme segue a história de um estrategista militar e os dilemas morais enfrentados durante o conflito.

The Sound of Falling (O Som da Queda) — Mascha Schilinski — Alemanha

Anna, uma mãe solteira, enfrenta o isolamento na periferia de Berlim, em um retrato lírico e sombrio da fragilidade emocional nos tempos modernos.

Two Prosecutors (Dois Promotores) — Sergei Loznitsa — Ucrânia

Ambientado durante o Grande Terror de Stalin em 1937, o filme acompanha dois promotores enfrentando dilemas éticos em meio a um regime opressor.

Woman and Child (Mulher e Criança) — Saeed Roustaee — Irã

Um drama que explora as complexidades das relações familiares em meio às pressões sociais e culturais do Irã contemporâneo.

 

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