'O plenário é quem cassa o mandato dela, não o STF', diz líder do PL na Câmara após condenação de Zambelli
A deputada Carla Zambelli (PL-SP) e o hacker Walter Delgatti foram condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pela invasão aos sistemas do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). STF condena Carla Zambelli e Walter Delgatti por invasão aos sistemas do CNJ O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante, afirma que o partido vai "trabalhar ao máximo" para que a deputada Carla Zambelli (PL-SP) não tenha o mandato cassado, após ser condenada no Supremo Tribunal Federal (STF) pela invasão aos sistemas do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). A deputada e o hacker Walter Delgatti foram condenados pelos crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica. "O plenário é quem cassa o mandato dela, não o STF. Vamos trabalhar ao máximo para que ela não seja cassada. É pura perseguição à mulher mais votada na última eleição. Vou ajudá-la com certeza", disse ao blog nesta quinta-feira (15). Receba os posts do blog da Andréia Sadi no Whatsapp Zambelli e Delgatti foram condenados pela Primeira Turma do STF nesta quarta-feira (14): Carla Zambelli: 10 anos de prisão, em regime inicialmente fechado, perda do mandato parlamentar (a ser declarada pela Câmara dos Deputados após o trânsito em julgado) e inelegibilidade. Walter Delgatti: 8 anos e 3 meses de prisão, em regime inicialmente fechado. Ele já cumpre prisão preventiva. Indenização: a deputada e o hacker também terão que pagar uma indenização de R$ 2 milhões por danos morais e coletivos. A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusou ambos de coordenarem ataques aos sistemas do CNJ com o objetivo de desacreditar a Justiça e incitar atos antidemocráticos. De acordo com a denúncia, Zambelli orientou Delgatti a invadir o sistema para inserir documentos falsos, incluindo um mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes. Segundo a PGR, a intenção era "colocar em dúvida a legitimidade da Justiça" e fomentar manifestações contra as instituições republicanas. Se a condenação de Zambelli for confirmada após recursos, a Câmara dos Deputados deverá declarar a perda de seu mandato. A decisão também torna a deputada inelegível, conforme as normas da Lei da Ficha Limpa. Motivação da pena Para justificar a pena contra Zambelli, Moraes destacou que a deputada atuou como "instigadora" e "mandante" dos crimes cometidos por Delgatti. O ministro classificou as ações como uma "afronta direta à dignidade da Justiça", que compromete "gravemente" a confiança da sociedade no sistema judiciário. A PGR também enfatizou que os atos de Zambelli e Delgatti ultrapassaram o âmbito pessoal e atentaram contra a segurança e a integridade do Poder Judiciário.


A deputada Carla Zambelli (PL-SP) e o hacker Walter Delgatti foram condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pela invasão aos sistemas do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). STF condena Carla Zambelli e Walter Delgatti por invasão aos sistemas do CNJ O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante, afirma que o partido vai "trabalhar ao máximo" para que a deputada Carla Zambelli (PL-SP) não tenha o mandato cassado, após ser condenada no Supremo Tribunal Federal (STF) pela invasão aos sistemas do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). A deputada e o hacker Walter Delgatti foram condenados pelos crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica. "O plenário é quem cassa o mandato dela, não o STF. Vamos trabalhar ao máximo para que ela não seja cassada. É pura perseguição à mulher mais votada na última eleição. Vou ajudá-la com certeza", disse ao blog nesta quinta-feira (15). Receba os posts do blog da Andréia Sadi no Whatsapp Zambelli e Delgatti foram condenados pela Primeira Turma do STF nesta quarta-feira (14): Carla Zambelli: 10 anos de prisão, em regime inicialmente fechado, perda do mandato parlamentar (a ser declarada pela Câmara dos Deputados após o trânsito em julgado) e inelegibilidade. Walter Delgatti: 8 anos e 3 meses de prisão, em regime inicialmente fechado. Ele já cumpre prisão preventiva. Indenização: a deputada e o hacker também terão que pagar uma indenização de R$ 2 milhões por danos morais e coletivos. A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusou ambos de coordenarem ataques aos sistemas do CNJ com o objetivo de desacreditar a Justiça e incitar atos antidemocráticos. De acordo com a denúncia, Zambelli orientou Delgatti a invadir o sistema para inserir documentos falsos, incluindo um mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes. Segundo a PGR, a intenção era "colocar em dúvida a legitimidade da Justiça" e fomentar manifestações contra as instituições republicanas. Se a condenação de Zambelli for confirmada após recursos, a Câmara dos Deputados deverá declarar a perda de seu mandato. A decisão também torna a deputada inelegível, conforme as normas da Lei da Ficha Limpa. Motivação da pena Para justificar a pena contra Zambelli, Moraes destacou que a deputada atuou como "instigadora" e "mandante" dos crimes cometidos por Delgatti. O ministro classificou as ações como uma "afronta direta à dignidade da Justiça", que compromete "gravemente" a confiança da sociedade no sistema judiciário. A PGR também enfatizou que os atos de Zambelli e Delgatti ultrapassaram o âmbito pessoal e atentaram contra a segurança e a integridade do Poder Judiciário.