O colonialismo não morreu, apenas se renovou
Conheça o plano secreto que pretende expulsar até um milhão de palestinos de Gaza para uma Líbia destruída pela guerra e pela intervenção imperialista O governo de Donald Trump, em conluio com o Estado sionista de Israel, está tramando um dos projetos mais cruéis da geopolítica contemporânea: a expulsão forçada de até um milhão de […] O post O colonialismo não morreu, apenas se renovou apareceu primeiro em O Cafezinho.

Conheça o plano secreto que pretende expulsar até um milhão de palestinos de Gaza para uma Líbia destruída pela guerra e pela intervenção imperialista
O governo de Donald Trump, em conluio com o Estado sionista de Israel, está tramando um dos projetos mais cruéis da geopolítica contemporânea: a expulsão forçada de até um milhão de palestinos de Gaza para a Líbia, um país destruído pela própria intervenção imperialista da OTAN em 2011. A proposta, revelada pela NBC News, escancara a continuidade da política colonialista dos EUA no Oriente Médio, agora disfarçada de “solução humanitária”.
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A ideia de “realocar permanentemente” palestinos para a Líbia não é apenas absurda – é criminosa. A Líbia, outrora uma nação estável e próspera sob Muammar Gaddafi, foi reduzida a um Estado falido após a guerra liderada pelos EUA e pela OTAN.
Hoje, o país é um inferno de milícias, tráfico humano e campos de detenção onde migrantes africanos são escravizados. Enviar palestinos para esse cenário não é uma “solução”, mas sim uma sentença de morte disfarçada.
E o que os EUA oferecem em troca? A liberação de bilhões de dólares congelados desde a invasão de 2011 – ou seja, o mesmo dinheiro que ajudou a destruir o país agora seria usado para transformá-lo em um campo de refugiados em larga escala.
A ironia é grotesca: Washington cria o caos e depois lucra com ele, enquanto palestinos são tratados como peças em um jogo geopolítico.
Um Estado de apartheid com apoio imperialista
Não é surpresa que Israel tenha sido mantido a par dessas discussões. O regime sionista, que já expulsou milhões de palestinos desde a Nakba em 1948, vê essa “realocação” como mais uma etapa de sua limpeza étnica.
A Operação “Carruagens de Gideão”, anunciada pelo exército israelense, não é nada mais que a continuação do genocídio em Gaza, agora com a bênção explícita dos EUA.
Enquanto isso, a administração Trump tenta vender a ideia com “incentivos financeiros”, como se moradia gratuita em um país em colapso pudesse compensar o direito de um povo à sua terra. Essa é a mesma lógica perversa que justificou a colonização das Américas e da Palestina: oferecer migalhas em troca do roubo de territórios.
Os mesmos EUA que condenam o tráfico humano na Líbia agora consideram enviar palestinos para lá. O mesmo governo que se diz defensor dos “direitos humanos” apoia um regime que bombardeia hospitais e mata crianças em Gaza.
A verdade é que, para Washington, palestinos não são seres humanos – são obstáculos ao projeto sionista e ao controle imperialista do Oriente Médio.
A comunidade internacional precisa reagir. Se esse plano avançar, estaremos diante de um crime contra a humanidade tão grave quanto as deportações em massa do século XX.
A resistência palestina não será quebrada, e a solidariedade global deve se intensificar contra essa nova fase de colonialismo.
Não é realocação. É limpeza étnica. E o mundo não pode ficar em silêncio.
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