Lucro do BPI sobe 13% no primeiro trimestre, apesar da quebra em Portugal
O BPI registou lucros de 137 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, subindo 13% em relação ao mesmo período do ano passado. Isto acontece apesar da redução do resultado em Portugal devido à baixa das taxas de juro. Na atividade portuguesa, o banco liderado por João Pedro Oliveira e Costa lucrou 98 milhões […]


O BPI registou lucros de 137 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, subindo 13% em relação ao mesmo período do ano passado. Isto acontece apesar da redução do resultado em Portugal devido à baixa das taxas de juro.
Na atividade portuguesa, o banco liderado por João Pedro Oliveira e Costa lucrou 98 milhões de euros, menos 13% em termos homólogos, “refletindo o repricing do crédito com indexantes mais baixos”. Desde meados de 2023 que as Euribor, que são usadas no cálculo dos empréstimos da casa, estão em descido devido ao alívio da política monetária do Banco Central Europeu (BCE).
Os dividendos de 46 milhões de euros do banco em Angola compensaram a quebra do lucro em Portugal. No ano passado, estes dividendos foram registados apenas no segundo trimestre, pelo que o BPI obtém agora um impacto positivo logo no arranque do ano, explica a instituição financeira — importa lembra que está em curso da venda da participação no BFA. Em Moçambique, o BCI deu um contributo negativo de sete milhões de euros neste período.
Com a descida das taxas de juro, a margem financeira sofreu um decréscimo de 9% para 223 milhões de euros — ainda que o BPI tenha aumentado o volume de crédito, com a carteira a engordar 5% para 31,5 milhões de euros.
O produto bancário reduziu 8% para 292 milhões de euros, com as comissões a darem mais 2% para 75 milhões, o que acabou por atenuar ligeiramente a quebra da margem.
“Estamos preparados para o atual ciclo de descida das taxas de juro de mercado”, refere João Pedro Oliveira e Costa. “Embora esse movimento possa pressionar a margem financeira, acreditamos que terá um efeito positivo na capacidade financeira das famílias e empresas, contribuindo para a estabilidade económica”, explica.
Do lado dos custos, estes estabilizaram nos 126 milhões de euros, o que permitiu manter o rácio cost-to-income nos 37%.
Quanto aos recursos de clientes, aumentaram 7% para 41,1 mil milhões de euros, com os recursos fora de balanço (como fundos de investimento) a acelerarem 10% para 9,6 mil milhões. Os depósitos tiveram um crescimento de 6% para 31,5 mil milhões, correspondendo a uma quota de mercado de 10,6%.
(Notícia em atualização)