Cavaco Silva volta à campanha para defender Montenegro: Foi alvo de “campanha de suspeitas e insinuações”
O antigo Presidente de República Aníbal Cavaco Silva defendeu esta segunda-feira que o primeiro-ministro, Luís Montenegro, foi alvo de uma “campanha de suspeitas e insinuações” da oposição e de “alguma comunicação social”, centrada “em boa parte” na devassa da sua vida privada. Num artigo de opinião publicado no Observador, Cavaco Silva reiterou ainda a defesa […]


O antigo Presidente de República Aníbal Cavaco Silva defendeu esta segunda-feira que o primeiro-ministro, Luís Montenegro, foi alvo de uma “campanha de suspeitas e insinuações” da oposição e de “alguma comunicação social”, centrada “em boa parte” na devassa da sua vida privada.
Num artigo de opinião publicado no Observador, Cavaco Silva reiterou ainda a defesa da postura ética e moral do primeiro-ministro e presidente do PSD assim como da sua “superioridade” técnica e política relativamente aos outros líderes partidários.
“Concluí que o líder da AD, Luís Montenegro, em comparação com os outros líderes partidários, tem qualidades claramente superiores em matéria de competência técnica e política, de capacidade de liderança do Governo e de defesa dos interesses portugueses na União Europeia e não fica atrás de nenhum deles no que se refere à dimensão ética na vida política”, escreveu.
Cavaco Silva estabeleceu ainda um paralelismo com a moção de confiança chumbada pelo parlamento e a que ele próprio também apresentou, mas que foi aprovada em 1986.
“Da campanha de suspeições e insinuações movida por partidos da oposição e por alguma comunicação social contra a pessoa do primeiro-ministro – campanha mais confusa e desinformativa do que esclarecedora – e, em boa parte, centrada na devassa da sua vida privada, não inferi que Luís Montenegro tenha violado quaisquer princípios éticos ou cometido ilegalidades”, sustentou Cavaco Silva.
O antigo Presidente da República e antigo primeiro-ministro considerou que, na forma como Montenegro reagiu às questões suscitadas pela sua empresa familiar, atualmente detida pelos seus filhos, houve “inicialmente um erro de avaliação naquilo que, em tempos de fortíssima concorrência entre os meios de comunicação social, alguns destes exigem conhecer e divulgar sobre a vida pessoal dos agentes políticos”.
“Foi um erro que, depois, corrigiu de maneira superlativa, como prova da sua boa-fé”, escreveu o antigo líder social-democrata.
Cavaco Silva volta assim a entrar na campanha política para as legislativas deste ano, depois de na semana passada, em declarações à Renascença, ter manifestado apoio a Luís Montenegro. O antigo Presidente da República é uma referência política de peso para o primeiro-ministro.