Flamengo avalia entraves do novo estádio e considera inviável o prazo até 2029

O presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista, o Bap, abordou o projeto do novo estádio em reunião no Conselho Deliberativo e apontou que a inauguração em 2029 é pouco provável, devido às complexidades do processo. A atual gestão revisa o projeto iniciado por Rodolfo Landim e detalha os desafios do empreendimento.

O Rubro-Negro adquiriu o terreno do Gasômetro por R$ 138,2 milhões em leilão realizado em 2024 e, após análise da perícia, depositou mais R$ 7,8 milhões em juízo e se comprometeu a pagar outros R$ 23 milhões de forma parcelada em cinco anos.

No momento, a diretoria conduz estudos de viabilidade financeira e técnica do projeto e está em contato com a prefeitura e empresas para definir o custo real da obra. Dois relatórios estão em fase final de elaboração e serão fundamentais para a tomada de decisão, com a nova gestão tratando da remoção da estrutura de gás do local com a Naturgy e das obras de infraestrutura.

A cúpula rubro-negra avalia que a administração anterior não aprofundou a análise do projeto e apresentou estimativas sem base técnica consistente, com Bap afirmando que o custo pode ultrapassar R$ 3 bilhões e refutando a previsão inicial de R$ 1,9 bilhão.

Neste momento, o clube carioca aguarda a conclusão dos estudos para definir os próximos passos. Pautas como o impacto viário e mobilidade urbana estão em jogo, assim como o remanejamento das instalações de gás, que ocupam cerca de 50% da área adquirida.

Durante as reuniões com Eduardo Paes, o prefeito reforçou que a prefeitura arcará com os custos para a remoção da estrutura de gás. Em paralelo, o Flamengo pediu à Advocacia-Geral da União um prazo adicional de 90 dias, em janeiro, para revisar toda a documentação da compra do terreno antes de formalizar a posse.

A diretoria avalia formas de viabilizar a construção sem comprometer os investimentos no futebol. A equipe descarta, por enquanto, recorrer a linhas de crédito convencionais devido aos altos juros e considera pouco provável adotar um modelo semelhante ao do Palmeiras com a WTorre, já segundo a visão dos rubro-negros, dificilmente um parceiro privado assumiria o financiamento em troca da gestão de eventos no estádio.

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