Resumão do Dólar: O que abalou o câmbio nesta semana e o que podemos esperar para a próxima?

Analistas comentam quais fatores mais podem impactar o dólar na próxima semana e o que moveu o câmbio esta semana. Fique por dentro. O post Resumão do Dólar: O que abalou o câmbio nesta semana e o que podemos esperar para a próxima? apareceu primeiro em Empiricus.

Mar 23, 2025 - 13:06
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Resumão do Dólar: O que abalou o câmbio nesta semana e o que podemos esperar para a próxima?

O dólar permanece acumulando quedas ao longo de 2025, empurrado por dados econômicos americanos e o aquecimento de conflitos comerciais e geopolíticos. Em março, não está sendo diferente: a moeda registrou queda de 4,07% frente ao real até o fechamento de mercado do dia 20.

Entre os eventos da semana que abalaram a cotação do dólar nesta semana, destacam-se:

  • O Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa Selic em um ponto percentual, ao patamar de 14,25% ao ano, a quinta alta consecutiva dos juros brasileiros. O movimento, entretanto, já era amplamente esperado, não tendo muito impacto no preço do dólar;
  • O Federal Reserve decidiu manter as taxas de juros dos EUA em 4,25% e 4,50% ao ano, com um discurso incerto sobre a possibilidade de futuros cortes devido a instabilidades econômicas locais;
  • A aplicação de Donald Trump de tarifas comerciais para o Canadá, México e União Europeia é visto por analistas como um sinal de alerta, que pode aumentar a inflação nos EUA – através da elevação dos custos de produção e o repasse ao consumidor final – além de gerar um temor maior de uma recessão ou desaceleração intensa da economia norte-americana. 

O que podemos esperar do dólar na próxima semana?

De acordo com a analista de fundos de investimentos da Empiricus Research, Lais Costa, a próxima semana terá um fator técnico relevante devido ao final do trimestre, que pode derrubar ainda as cotações do dólar

“O fluxo cambial estrangeiro tende a ficar contaminado por grandes remessas de empresas no fechamento de resultado do período, o que pode camuflar os efeitos macroeconômicos sobre a moeda”, comenta Costa. 

No Brasil, o resultado do IPCA-15, indicador considerado uma prévia da inflação oficial mensal, está com um viés de alta para os preços de alimentos, segundo a analista. “Esse tema tem incomodado o governo e pode gerar mais ruído.” 

Na agenda internacional, o índice de preços (PCE) dos EUA também será um dos destaques.

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