EUA lançam ataques mortais no norte de Sanaa

O líder do movimento Ansarallah disse recentemente que o bombardeio contínuo de Washington não impedirá o Iêmen de atacar Israel

A Força Aérea dos EUA lançou uma nova onda de ataques mortais no Iêmen em 30 de março, visando o nordeste de Sanaa, a capital do país.

Os ataques tiveram como alvo a área de Sarf, no distrito de Bani Hushaysh, e o distrito de Bani Harith.

“De acordo com informações preliminares, um civil foi morto e outros quatro ficaram feridos como resultado da agressão dos EUA no domingo, 30 de março de 2025, contra uma vila em frente à área de Jadr, no distrito de Bani Al-Harith, ao norte de Sanaa”, disse um porta-voz do Ministério da Saúde do Iêmen, Anis al-Asbahi.

Os novos ataques ocorreram horas depois que as Forças Armadas do Iêmen (YAF) anunciaram uma operação contra navios de guerra dos EUA no Mar Vermelho.

A YAF disse que pela “terceira semana consecutiva”, suas forças “entraram em choque com navios de guerra inimigos, liderados pelo porta-aviões americano Truman, no Mar Vermelho, três vezes nas últimas 24 horas”.

“A operação de confronto e engajamento foi realizada pela força de mísseis, pela força aérea não tripulada e pelas forças navais, usando vários mísseis de cruzeiro e drones”, acrescentou.

No domingo, a YAF anunciou mais um ataque de míssil balístico no Aeroporto Ben Gurion de Tel Aviv. O exército israelense disse que interceptou o míssil iemenita.

O governo do presidente dos EUA, Donald Trump, tem lançado ataques noturnos contra o Iêmen em resposta aos ataques com mísseis pró-Palestina contra Israel e suas operações contra os navios de guerra de Washington no Mar Vermelho.

Pelo menos 17 ataques aéreos dos EUA atingiram a capital iemenita no final de 27 de março. Um dia depois, mais de 70 ataques aéreos dos EUA tiveram como alvo várias províncias do país.

O líder do Ansarallah, Abdul Malik al-Houthi, declarou na sexta-feira que a atual agressão dos EUA contra o Iêmen não conseguirá forçar a YAF a interromper suas operações em apoio à Palestina.

“A escalada dos EUA visa isolar o povo palestino, pressionar aqueles que apoiam sua causa, incluindo Irã, Iraque, Líbano e até mesmo a África do Sul, e silenciar vozes humanitárias nos EUA e na Europa sob o pretexto de antissemitismo”, disse Houthi durante um discurso televisionado em comemoração ao Dia Internacional de Quds.

“Os EUA estão falhando e não afetarão nossas operações militares no mar ou ataques com mísseis à entidade sionista”, acrescentou.

Publicado originalmente pelo The Cradle em 31/03/2025

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