Entenda esquema que girou R$ 6 bilhões do tráfico no RJ e em SP; elo entre facções foi preso em operação

Segundo a polícia, Comando Vermelho e Primeiro Comando da Capital realizaram uma aliança estratégica e logística. Preso durante a operação de quinta-feira em São Paulo, Tiago Ferreira dos Santos, era um dos responsáveis pelo esquema de lavagem de dinheiro envolvendo as duas facções. Entenda como funcionava o esquema de lavagem de dinheiro que envolvia facções do Rio e São Paulo O esquema de lavagem de dinheiro que uniu Comando Vermelho e PCC em uma "aliança estratégica e logística", segundo investigações da Polícia Civil, incluía várias empresas de fachada em dois estados, um banco digital e a atuação de um homem que foi preso em São Paulo na operação. O relatório de investigação da polícia do Rio diz que o modo de operação do grupo "envolveria um esquema complexo e bem estruturado, com características de sofisticação e planejamento, visando ocultar a origem ilícita de grandes quantias de capital", diz um trecho. "A investigação, embasada em Relatórios de Inteligência Financeira (RIFs), aponta para a utilização da técnica de "movimentação" para distanciar o dinheiro de sua origem, por meio de repetidas transações, até alcançar seu destino", aponta o documento, obtido pela TV Globo. Para a polícia, o esquema de lavagem de dinheiro , que chegou a movimentar R$ 6 bilhões em um ano, funcionava da seguinte forma: Dinheiro da venda de drogas era depositado em espécie em agências da Zona Sul e da Barra da Tijuca. Uma mulher foi presa em uma agência no Catete, na Zona Sul, carregando uma mochila com R$ 150 mil quando ia depositar o dinheiro para um endereço em São Paulo. Depósitos de valores entre R$ 150 mil e R$ 750 mil eram feitos com notas de R$ 5, R$ 10 e R$ 20. Vários dos envelopes estavam mofados e com cheiro de drogas, segundo a polícia. O destino dos recursos era uma perfumaria em São Paulo, que movimentou R$ 155 milhões em um ano. A "empresa", que ficava em uma casa, era usada como fachada para lavar dinheiro. A sócia da Ônix Perfumes, segundo as investigações, recebe auxílio emergencial. Elisângela Gomes Franca é apontada como uma "laranja" do esquema criminoso. A investigação identificou várias pessoas sem passagens pela polícia que faziam os depósitos para empresas suspeitas. Elas foram chamadas de "mulas financeiras" pela polícia. O dinheiro era pulverizado para diversas empresas, como floriculturas, empresas de transporte e uma plataforma contábil que chegou a fazer transações de R$ 100 milhões em três meses. Os recursos iam para uma intermediadora de pagamento, um banco digital, que tinha como sócio oculto o cunhado de um dos chefes do PCC. O banco já foi alvo da polícia de São Paulo. Os recursos bilionários do banco digital iam para instituições financeiras em áreas de fronteira com países que costumam exportar drogas para o Brasil, como Bolívia e Paraguai. Parte do dinheiro retornava como lucro para o Comando Vermelho em empresas fantasmas no Rio de Janeiro, com sócios ligados ao tráfico de drogas. Outra parte do dinheiro era usada para comprar drogas e armas para fortalecer a expansão da facção. Responsável por atuar como elo entre PCC e CV foi preso em Franca, em São Paulo. O esquema usava uma rede empresas de diferentes setores e locais, e fracionava os depósitos pra dificultar o rastreamento do dinheiro. O banco digital 4TBANK, segundo a polícia, movimentou R$ 1,4 bilhões entre janeiro e maio de 2024. Preso atuava em RJ e SP Tiago, segundo a Polícia Civil, era o elo do esquema entre o PCC e o CV Reprodução Preso durante a operação de quinta-feira em São Paulo, Tiago Ferreira dos Santos, era um dos responsáveis pelo esquema de lavagem de dinheiro envolvendo as duas facções. Ele tinha mandado de prisão emitido pela Justiça Federal. "Ele é um operador financeiro que tinha mandado por organização criminosa, lavagem de dinheiro, operar banco irregularmente associado ao PCC. Ele é um dos elos financeiros entre o PCC e o Comando (Vermelho)", afirmou o delegado Jefferson Ferreira, titular da Delegacia de Roubos e Furtos. (DRF). O delegado afirmou que o esquema já funcionava há anos em São Paulo, operado pelo PCC, e agora o Comando Vermelho foi incorporado nos negócios ilegais. "Esse mesmo nacional remete recursos recebidos desse banco digital para empresas de fachada aqui no estado do Rio de Janeiro", explicou o delegado. Ao todo, 20 empresas são investigadas no inquérito. Segundo a polícia fluminense, esta é a maior operação já realizada contra lavagem de dinheiro do Comando Vermelho no Rio. Os mandados foram cumpridos em: RJ: nas zonas Oeste, Norte e Sul da capital, além de municípios do interior do estado. Entre os endereços estão os complexos da Maré e do Fallet-Fogueteiro. SP: na capital, Região Metropolitana e nos municípios de Franca, Praia Grande e Santos. Entenda esquema que girou R$ 6 bilhões do tráfico no RJ e em SP; elo entre facções foi preso em operação Editoria de Arte/g1 A Operação Contenção é uma ofensiva permanente para impedir o avanço territorial do Comando Ver

Abr 11, 2025 - 07:33
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Entenda esquema que girou R$ 6 bilhões do tráfico no RJ e em SP; elo entre facções foi preso em operação

Segundo a polícia, Comando Vermelho e Primeiro Comando da Capital realizaram uma aliança estratégica e logística. Preso durante a operação de quinta-feira em São Paulo, Tiago Ferreira dos Santos, era um dos responsáveis pelo esquema de lavagem de dinheiro envolvendo as duas facções. Entenda como funcionava o esquema de lavagem de dinheiro que envolvia facções do Rio e São Paulo O esquema de lavagem de dinheiro que uniu Comando Vermelho e PCC em uma "aliança estratégica e logística", segundo investigações da Polícia Civil, incluía várias empresas de fachada em dois estados, um banco digital e a atuação de um homem que foi preso em São Paulo na operação. O relatório de investigação da polícia do Rio diz que o modo de operação do grupo "envolveria um esquema complexo e bem estruturado, com características de sofisticação e planejamento, visando ocultar a origem ilícita de grandes quantias de capital", diz um trecho. "A investigação, embasada em Relatórios de Inteligência Financeira (RIFs), aponta para a utilização da técnica de "movimentação" para distanciar o dinheiro de sua origem, por meio de repetidas transações, até alcançar seu destino", aponta o documento, obtido pela TV Globo. Para a polícia, o esquema de lavagem de dinheiro , que chegou a movimentar R$ 6 bilhões em um ano, funcionava da seguinte forma: Dinheiro da venda de drogas era depositado em espécie em agências da Zona Sul e da Barra da Tijuca. Uma mulher foi presa em uma agência no Catete, na Zona Sul, carregando uma mochila com R$ 150 mil quando ia depositar o dinheiro para um endereço em São Paulo. Depósitos de valores entre R$ 150 mil e R$ 750 mil eram feitos com notas de R$ 5, R$ 10 e R$ 20. Vários dos envelopes estavam mofados e com cheiro de drogas, segundo a polícia. O destino dos recursos era uma perfumaria em São Paulo, que movimentou R$ 155 milhões em um ano. A "empresa", que ficava em uma casa, era usada como fachada para lavar dinheiro. A sócia da Ônix Perfumes, segundo as investigações, recebe auxílio emergencial. Elisângela Gomes Franca é apontada como uma "laranja" do esquema criminoso. A investigação identificou várias pessoas sem passagens pela polícia que faziam os depósitos para empresas suspeitas. Elas foram chamadas de "mulas financeiras" pela polícia. O dinheiro era pulverizado para diversas empresas, como floriculturas, empresas de transporte e uma plataforma contábil que chegou a fazer transações de R$ 100 milhões em três meses. Os recursos iam para uma intermediadora de pagamento, um banco digital, que tinha como sócio oculto o cunhado de um dos chefes do PCC. O banco já foi alvo da polícia de São Paulo. Os recursos bilionários do banco digital iam para instituições financeiras em áreas de fronteira com países que costumam exportar drogas para o Brasil, como Bolívia e Paraguai. Parte do dinheiro retornava como lucro para o Comando Vermelho em empresas fantasmas no Rio de Janeiro, com sócios ligados ao tráfico de drogas. Outra parte do dinheiro era usada para comprar drogas e armas para fortalecer a expansão da facção. Responsável por atuar como elo entre PCC e CV foi preso em Franca, em São Paulo. O esquema usava uma rede empresas de diferentes setores e locais, e fracionava os depósitos pra dificultar o rastreamento do dinheiro. O banco digital 4TBANK, segundo a polícia, movimentou R$ 1,4 bilhões entre janeiro e maio de 2024. Preso atuava em RJ e SP Tiago, segundo a Polícia Civil, era o elo do esquema entre o PCC e o CV Reprodução Preso durante a operação de quinta-feira em São Paulo, Tiago Ferreira dos Santos, era um dos responsáveis pelo esquema de lavagem de dinheiro envolvendo as duas facções. Ele tinha mandado de prisão emitido pela Justiça Federal. "Ele é um operador financeiro que tinha mandado por organização criminosa, lavagem de dinheiro, operar banco irregularmente associado ao PCC. Ele é um dos elos financeiros entre o PCC e o Comando (Vermelho)", afirmou o delegado Jefferson Ferreira, titular da Delegacia de Roubos e Furtos. (DRF). O delegado afirmou que o esquema já funcionava há anos em São Paulo, operado pelo PCC, e agora o Comando Vermelho foi incorporado nos negócios ilegais. "Esse mesmo nacional remete recursos recebidos desse banco digital para empresas de fachada aqui no estado do Rio de Janeiro", explicou o delegado. Ao todo, 20 empresas são investigadas no inquérito. Segundo a polícia fluminense, esta é a maior operação já realizada contra lavagem de dinheiro do Comando Vermelho no Rio. Os mandados foram cumpridos em: RJ: nas zonas Oeste, Norte e Sul da capital, além de municípios do interior do estado. Entre os endereços estão os complexos da Maré e do Fallet-Fogueteiro. SP: na capital, Região Metropolitana e nos municípios de Franca, Praia Grande e Santos. Entenda esquema que girou R$ 6 bilhões do tráfico no RJ e em SP; elo entre facções foi preso em operação Editoria de Arte/g1 A Operação Contenção é uma ofensiva permanente para impedir o avanço territorial do Comando Vermelho na Zona Oeste do Rio. O principal objetivo é desarticular a estrutura financeira, logística e operacional da organização criminosa, além de prender traficantes que atuam na região. A ação desta quinta foi realizada pela Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), com apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE), do Departamento-Geral de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (DGCOR-LD) e da Polícia Civil de São Paulo. Polícia Civil cumpre mandados na Operação Contenção Reprodução/TV Globo Polícia de SP cumpre mandado na Operação Contenção Reprodução/TV Globo