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Estado de alerta: os homens héteros estão feios
“Os homens têm envelhecido mal — e sem a menor intenção de melhorar”, Martchela revela opiniões polêmicas sobre o autocuidado masculino
Polêmica. Mais uma vez, o Ministério do Namoro dá 5 estrelas para Luana Piovani. Recentemente, em entrevista para a atriz Maria Ribeiro, ela solta a seguinte frase: “Os homens héteros estão feios. Estão feios. Os homens da minha idade todos embarangaram”. Eu, como Ministra do Namoro, não poderia concordar mais.
Aliás, cogito aqui publicamente convidar Luana para um cargo no alto escalão do gabinete. De imediato, ela chegaria com uma pasta debaixo do braço e pautas que prontamente iríamos assinar.
Não é de hoje que o Ministério vem observando que, enquanto as mulheres com 30 anos ou mais estão vivendo sua era de ouro, os homens estão… Assim, indo direto ao ponto: feios e descuidados. Estamos aqui, vejam bem, falando de aparência mesmo. De futilidade assumida, com gosto e sem culpa.
Aquela beleza pela beleza, skincare bem feita, dentes escovados, shampoo e condicionador que não seja “dois em um” do Cristiano Ronaldo. Estamos falando do básico. Da Trindade Sagrada do autocuidado: banho, sabonete e desodorante. Não estamos exigindo um George Clooney saindo do mar em câmera lenta, não.
Mas, observando como os homens têm envelhecido mal — e, pior, sem a menor intenção de melhorar — a gente precisa levantar esse debate urgentemente.
Não se trata apenas de vaidade, mas de dignidade visual, de respeito ao coletivo. Os homens não estão apenas sem creme no rosto, estão sem consulta médica há seis anos. Estão com uma tosse de cachorro velho desde o outono de 2018, e ainda acham isso charmoso.
Enquanto isso, nós — esposas, namoradas, ex-noivas, peguetes, ex-peguetes — estamos ali, dando pitaco, indicando dermatologista, comprando protetor solar, explicando que sabonete hidratante é item básico, não skincare.
A verdade é uma só: estamos exaustas. Cansadas de nos preocupar com eles, enquanto mal conseguimos dar conta do nosso. Só queremos postar uma foto de biquíni bonita no Instagram, entenderam? Afinal, um pouco de futilidade é o mínimo para sobreviver neste mundo caótico.
Queremos colírio para os olhos; ir à praia e ver um homem bonito passando; mostrar uma foto para a amiga e ouvir: “Uau!”, e não aquele consolo disfarçado de elogio: “Amiga, ele é mais bonito ao vivo. Eu juro”.
“Não queremos mais defender blusa de futebol com short tactel e sapatênis. Não dá mais
Não, a gente quer orgulho, bater no peito e dizer: “É este homem aqui que dorme na minha casa 6×1”. E, se por acaso levarmos um pé na bunda — porque acontece — que seja de um homem bonito. Nossa terapeuta quer ouvir boas e novas histórias, mas sobre um cara gato.
Não dá mais. Queremos um homem que saiba, pelo menos, o que é uma paleta nude. Que não use perfume do carro no próprio corpo; que lave o rosto com algo que não seja o mesmo sabonete usado no saco; que saiba passar uma camisa, vestir uma calça jeans e, por que não, experimentar uma alfaiataria uma vez por semana.
Não é pedir muito, é o mínimo. Aquele combo essencial: perfumado, bem banhado, escovado, com a roupa passada e uma barba que não arranque a primeira camada da nossa pele no beijo. Não precisa ser bonito, não somos cruéis, mas se for feio, que invista em estilo. Porque a barba é a maquiagem do homem, sim, mas se tiver resto de miojo preso nela, não dá.
Queremos o básico e queremos amor, mas que venha com um hidratante junto. O que estamos dizendo aqui, com toda a delicadeza institucional que este Ministério permite, é: se cuidem. Pois uma geração inteira de mulheres está cansada de ser bonita ao lado do maridão feioso. Queremos ver homens bonitos e ter orgulho do nosso namorado.
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