Diário de viagem: Capítulo 6
Diz-se que embarcar num cruzeiro é para apreciar a viagem e descansar. Não sei quem inventou tal coisa, mas provavelmente fui eu, mal habituada ao descanso e ao sono tranquilo da noite anterior. Tínhamos aportado em Edfu e havia visitas para fazer durante a manhã, antes de voltarmos à navegação para Kom Ombo. O Templo de Edfu, dedicado ao deus Hórus, é conhecido por sua arquitectura bem preservada e por ser um dos maiores templos do Egipto. O templo é famoso pelas suas inscrições que descrevem a mitologia de Hórus e sua luta contra Seth, o deus do caos. Essas histórias eram centrais para a religião egípcia e eram celebradas em rituais realizados no templo. Depois de Edfu regressámos ao barco e continuámos em navegação até Kom Ombo, para visitar o famoso templo. O Templo de Kom Ombo é único, na margen do rio Nilo, construído durante o período ptolomaico. Dedicado a dois deuses: Sobek, o deus crocodilo, associado à fertilidade e à criação, e a Hórus, o deus falcão, que simboliza a realeza e a protecção. Uma das características mais notáveis deste templo é a sua simetria. Divide-se em duas partes, cada uma dedicada a um dos deuses, com santuários, colunas e salas. Possui relevos e inscrições que retratam várias cenas, incluindo os rituais religiosos, a medicina e a agricultura, além de representações de crocodilos, que eram sagrados para Sobek. Um dos relevos mais notáveis representa instrumentos médicos. Isto sugere que o templo também tinha a função importante de ser local de tratamentos e outras práticas medicinais. À saída, podemos visitar o Museu do Crocodilo, que apresenta diversos exemplares mumificados, encontrados em túmulos de nobres e sacerdotes. Regressámos ao barco e preparámo-nos para apreciar a passagem pela eclusa de Esna, mas o sono acabou por vencer. Acordámos mais tarde com uma série de fortes estrondos metálicos, que passado o susto inicial, verificámos serem “toques” de quando o barco encostava ao passar pelos portões, para bem se posicionar dentro da eclusa. Aí, já nada havia para ver. Voltámos ao quarto para despertar de novo bem cedinho, mas já em Aswan.

Diz-se que embarcar num cruzeiro é para apreciar a viagem e descansar. Não sei quem inventou tal coisa, mas provavelmente fui eu, mal habituada ao descanso e ao sono tranquilo da noite anterior. Tínhamos aportado em Edfu e havia visitas para fazer durante a manhã, antes de voltarmos à navegação para Kom Ombo.
O Templo de Edfu, dedicado ao deus Hórus, é conhecido por sua arquitectura bem preservada e por ser um dos maiores templos do Egipto.
O templo é famoso pelas suas inscrições que descrevem a mitologia de Hórus e sua luta contra Seth, o deus do caos. Essas histórias eram centrais para a religião egípcia e eram celebradas em rituais realizados no templo.
Depois de Edfu regressámos ao barco e continuámos em navegação até Kom Ombo, para visitar o famoso templo.
O Templo de Kom Ombo é único, na margen do rio Nilo, construído durante o período ptolomaico. Dedicado a dois deuses: Sobek, o deus crocodilo, associado à fertilidade e à criação, e a Hórus, o deus falcão, que simboliza a realeza e a protecção. Uma das características mais notáveis deste templo é a sua simetria. Divide-se em duas partes, cada uma dedicada a um dos deuses, com santuários, colunas e salas. Possui relevos e inscrições que retratam várias cenas, incluindo os rituais religiosos, a medicina e a agricultura, além de representações de crocodilos, que eram sagrados para Sobek.
Um dos relevos mais notáveis representa instrumentos médicos. Isto sugere que o templo também tinha a função importante de ser local de tratamentos e outras práticas medicinais.
À saída, podemos visitar o Museu do Crocodilo, que apresenta diversos exemplares mumificados, encontrados em túmulos de nobres e sacerdotes.
Regressámos ao barco e preparámo-nos para apreciar a passagem pela eclusa de Esna, mas o sono acabou por vencer. Acordámos mais tarde com uma série de fortes estrondos metálicos, que passado o susto inicial, verificámos serem “toques” de quando o barco encostava ao passar pelos portões, para bem se posicionar dentro da eclusa. Aí, já nada havia para ver. Voltámos ao quarto para despertar de novo bem cedinho, mas já em Aswan.