Desafio de otimizar custos sem frear a inovação
Startupi Desafio de otimizar custos sem frear a inovação *Por Caio Laurino Vivemos uma era em que tecnologia e negócios caminham lado a lado, mas nem sempre na mesma velocidade. A previsão de que os gastos globais com Tecnologia da Informação (TI) atinjam US$ 5,61 trilhões em 2025 — alta de 9,8% em relação ao ano anterior — revela o tamanho do apetite das [...] O post Desafio de otimizar custos sem frear a inovação aparece primeiro em Startupi e foi escrito por Convidado Especial

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Desafio de otimizar custos sem frear a inovação
*Por Caio Laurino
Vivemos uma era em que tecnologia e negócios caminham lado a lado, mas nem sempre na mesma velocidade. A previsão de que os gastos globais com Tecnologia da Informação (TI) atinjam US$ 5,61 trilhões em 2025 — alta de 9,8% em relação ao ano anterior — revela o tamanho do apetite das empresas por inovação. No Brasil, o crescimento estimado de 6,6% nos orçamentos de TI mostra que a onda também nos atinge em cheio. E não é por acaso: a Inteligência Artificial, especialmente a generativa, vem provocando uma corrida por investimentos e novos projetos.
No entanto, o crescimento de gastos não significa, necessariamente, mais liberdade para inovar. Uma parte relevante desse aumento será engolida por reajustes em contratos recorrentes, infraestrutura legada e custos operacionais. Isso coloca os líderes de TI diante de um dilema: como avançar tecnologicamente sem estourar os orçamentos? Ou, dito de outra forma, como garantir que cada real investido realmente gere valor?
A resposta está na otimização de custos — mas não aquela antiga, baseada apenas em cortes lineares ou congelamento de contratações. Falo de uma abordagem inteligente, estratégica e multifuncional. Em vez de simplesmente economizar, a ideia é criar mais eficiência e impacto usando menos recursos. E aqui surgem algumas reflexões importantes.
Migrar para a nuvem, automatizar processos, adotar ferramentas de análise e buscar parcerias são caminhos conhecidos, mas que exigem olhar crítico. Não basta aderir à nuvem porque “todo mundo está fazendo”, nem investir em IA porque está na moda. É preciso entender o impacto real no negócio, nos colaboradores e nos clientes. E, mais importante, trabalhar com dados e cenários para embasar decisões.
Outro ponto essencial é lembrar que a tecnologia não existe no vácuo. Ela deve servir a necessidades humanas — seja melhorando a experiência do colaborador, seja encantando o cliente. Isso exige um olhar sensível por parte dos CIOs, que precisam alinhar inovação e propósito, tecnologia e cultura.
O papel da liderança também é central na gestão de mudanças. Não adianta investir em soluções de ponta se não houver engajamento das equipes e alinhamento com o plano estratégico. Estimular a colaboração, fomentar a inovação aberta e encarar as restrições orçamentárias como oportunidades, não como barreiras, são atitudes que fazem a diferença.
Por fim, é urgente que as empresas desenvolvam métricas e processos de governança para acompanhar continuamente os avanços. Só assim será possível garantir que os investimentos em TI estejam sempre conectados ao que realmente importa: gerar valor sustentável, manter a competitividade e construir um futuro mais resiliente.
Portanto, otimizar custos em TI não é apenas um desafio técnico — é, acima de tudo, um exercício de liderança e visão estratégica. É hora de os CIOs assumirem seu papel como protagonistas da transformação digital, equilibrando ambição e responsabilidade de forma inteligente.
*Caio Laurino é CIO e co-fundador da Maitha.
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