Cuidados com a alimentação podem melhorar quadro de hipertensão; veja 6 dicas
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O Ministério da Saúde aponta que aproximadamente 388 pessoas morrem por dia no Brasil devido a complicações relacionadas à hipertensão, conhecida popularmente como pressão alta. A pasta ainda informa que cerca de 10 milhões de brasileiros convivem com a doença sem diagnóstico ou acompanhamento médico adequado.
Muitas vezes, a condição é assintomática, o que dificulta o diagnóstico precoce. Além disso, fatores como sedentarismo, dieta rica em sódio, estresse e consumo excessivo de álcool contribuem para o quadro.
Segundo Rebeca Schvartzburd, Gerente de Operações Clínicas da Sami Saúde, com um acompanhamento próximo e contínuo, é possível monitorar sintomas, orientar mudanças de hábitos e garantir um controle mais efetivo da pressão arterial.
“A Atenção Primária à Saúde (APS) é fundamental para o tratamento correto e na hora certa de enfermidades como a hipertensão, pois construímos o cuidado preventivo com a coordenação do médico da família, que acompanha tanto o histórico da saúde quanto a rotina do paciente”, explicou.
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Sem os cuidados certos, a doença crônica pode aumentar os risco para doenças cardiovasculares, acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência renal. Porém, o quadro pode melhorar com a adoção de hábitos saudáveis, principalmente quando se trata de dieta.
O nutrólogo Nataniel Viuniski, membro do Conselho para Assuntos de Nutrição da Herbalife, aponta 6 dicas indispensáveis para ajudar a combater a condição neste Dia Mundial da Hipertensão, comemorado neste sábado (17).
1. Reduza o consumo de sal
Segundo o nutrólogo, a ingestão elevada de sal está diretamente relacionada ao aumento da pressão arterial, pois favorece a retenção de líquidos, aumentando o volume sanguíneo e exigindo mais esforço do coração para bombear o sangue.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o consumo de no máximo 5 gramas de sal por dia (o equivalente a 2 gramas de sódio), mas a média brasileira ainda ultrapassa o dobro desse valor.
A recomendação é evitar alimentos embutidos, enlatados e temperos prontos, por exemplo, que possuem alto teor de sódio. “Também cuide para não exagerar na quantidade de sal na hora de preparar a comida. Neste caso, capriche nos temperos frescos ou desidratados para dar sabor”, disse o nutrólogo.
2. Aumente o consumo de potássio
Enquanto o sódio contribui para o aumento da pressão, o potássio ajuda a relaxar as paredes dos vasos sanguíneos e promove o equilíbrio de fluidos no organismo, facilitando a eliminação do excesso de sódio pela urina.
Um estudo publicado no American Journal of Physiology publicado em março deste ano sugere que o aumento da ingestão de potássio pode ser ainda mais eficaz na redução da pressão arterial do que apenas a diminuição do consumo de sódio.
Alimentos como banana, abacate, espinafre, feijão e batata-doce são ricos em potássio. “Dê preferência a preparações refogadas, grelhadas ou assadas, evitando frituras e excesso de gordura, que contribuem para o ganho de peso, um dos fatores de risco para a hipertensão”, recomenda Viuniski.
3. Adote a dieta DASH
Outra estratégia mais estudada e recomendada para quem tem hipertensão é a dieta DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension ou, em português, “Abordagens Dietéticas para Reduzir a Hipertensão”).
A dieta DASH, de acordo com dados de um estudo clínico publicado no New England Journal of Medicine, reduz a pressão arterial em aproximadamente duas semanas, mesmo sem redução de peso.
A conclusão da análise é que a dieta DASH, que inclui o consumo de frutas, verduras, grãos integrais, laticínios com baixo teor de gordura, oleaginosas e leguminosas, além de seu aporte de minerais como cálcio, magnésio e potássio, colabora na hora de restringir a ingestão de gorduras saturadas/trans e na limitação de açúcares simples.
4. Inclua gorduras boas e fontes de ômega-3
Substituir gorduras saturadas por gorduras insaturadas, especialmente aquelas ricas em ômega-3, pode trazer benefícios importantes para a saúde cardiovascular. De acordo com a EFSA (European Food Safety Authority), a ingestão adequada de ácidos graxos ômega-3 ajuda a manter os níveis normais de triglicerídeos e a reduzir a pressão arterial.
Comer peixes como sardinha, atum e salmão, que são ricos em ômega-3 de uma a duas vezes na semana é o ideal. “Sementes de chia, linhaça e nozes também são boas opções para quem quer diversificar as fontes dessa gordura. O nutrólogo ou nutricionista ainda pode indicar o consumo diário de suplemento de ômega-3”, comenta o nutrólogo.
5. Mantenha uma boa hidratação
Beber quantidades adequadas de água tem impacto direto na regulação da pressão arterial, já que a desidratação pode levar à redução do volume de sangue circulante e ao aumento da viscosidade, forçando o coração a trabalhar mais.
Recomenda-se ingerir entre 2 e 2,5 litros de água por dia, em média, com variações conforme a temperatura ambiente, a prática de exercícios físicos e as necessidades individuais. Sucos e água de coco também entram na conta, desde que não se utilize açúcar.
6. Consuma cafeína com moderação
Embora os efeitos variem entre as pessoas, a cafeína pode provocar aumentos temporários na pressão arterial por curtos períodos, sobretudo em indivíduos que não têm o hábito de consumi-la regularmente ou em quem já têm hipertensão, segundo a revisão de estudos publicada no American Journal of Hypertension.
Uma alternativa é consumir chás com cafeína e bebidas energéticas com moderação, longe do horário de dormir ou em momentos de estresse.
A prática de atividade física regular, evitar o consumo excessivo de álcool, o tabagismo e o estresse também são fundamentais para não piorar o quadro da hipertensão.
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