Condenados ladrões que roubaram sanita de ouro que pesava 98 kg e estava avaliada em 5,7 milhões de euros

Um grupo criminoso foi condenado pelo roubo de uma sanita de ouro avaliada em 4,8 milhões de libras (cerca de 5,7 milhões de euros), parte de uma exposição artística no Blenheim Palace, em setembro de 2019. O assalto, ocorrido poucas horas após uma festa de lançamento, revelou falhas graves na segurança do icónico palácio britânico onde nasceu Winston Churchill.

Após um julgamento de três semanas no Tribunal da Coroa de Oxford, Michael Jones foi considerado culpado de planear o assalto, enquanto Fred Doe foi condenado por conspiração para vender o ouro roubado. Já Bora Guccuk foi absolvido da mesma acusação. O mentor do crime, James Sheen, foi identificado como o principal responsável pelo esquema, já com um longo historial de crimes.

O grupo invadiu o palácio recorrendo a carros roubados para arrombar os portões, partiu uma janela e arrancou a sanita das suas instalações, retirando-a em menos de três minutos. As câmaras de segurança conseguiram “apanhar” os ladrões a transportar um item grande em direção ao carro e a coloca-lo na bagageira do veículo e gravaram ainda alguém a carregar o que parecia ser um assento de vaso sanitário em direção aos veículos.

No entanto, apesar disso e da rápida resposta policial, os ladrões conseguiram fugir.

A sanita de ouro: uma obra de arte perdida

A peça, intitulada “America”, do artista Maurizio Cattelan, pesava 98 kg e estava avaliada em 4,8 milhões de libras, embora o valor do ouro bruto na época fosse de aproximadamente 2,8 milhões de libras. Após o roubo, a sanita foi desmontada e vendida, sem que qualquer parte do ouro fosse recuperada.

Durante o julgamento, foi revelado que Sheen tentou negociar a venda com Doe, que, por sua vez, contatou o joalheiro Bora Guccuk. No entanto, as negociações falharam e nenhuma venda foi concretizada. Guccuk foi absolvido por falta de provas de que sabia da origem ilícita do ouro.

Na sequência do assalto, a segurança do Blenheim Palace foi duramente criticada, uma vez que a sanita de ouro estava protegida apenas por uma porta de madeira fina e não havia vigilância noturna na exposição. Dominic Hare, CEO do palácio, reconheceu a falha.