Novo ataque do Iêmen a Israel paralisa voos

A maioria das companhias aéreas internacionais suspendeu seus voos para Israel depois que Sanaa impôs um bloqueio aéreo devido à campanha de limpeza étnica em Gaza

As Forças Armadas do Iêmen (YAF) lançaram um novo ataque com mísseis balísticos contra Israel em 9 de maio, disparando alarmes em grandes áreas do país e interrompendo as operações no Aeroporto Internacional Ben Gurion.

O porta-voz da YAF, Brigadeiro-General Yahaa Saree, confirmou o ataque nas redes sociais, afirmando que foi realizado “em apoio ao povo palestino oprimido e seus mujahideen, e em rejeição ao crime de genocídio perpetrado pelo inimigo sionista contra nosso povo na Faixa de Gaza, e dentro da implementação da zona de exclusão aérea imposta à entidade criminosa inimiga israelense”.

Saree também revelou que a YAF lançou uma operação militar separada “visando um alvo inimigo israelense vital” em Tel Aviv usando um drone Yaffa.

De acordo com a mídia israelense, o míssil foi abatido pelo sistema de defesa aérea de longo alcance Arrow depois que o sistema THAAD dos EUA falhou pela segunda vez nesta semana em interceptar um projétil iemenita.

“No domingo, um interceptador THAAD errou um míssil Houthi disparado contra Israel, enquanto um interceptador Arrow apresentou defeito, permitindo que o projétil atingisse o Aeroporto Ben Gurion”, relata o Times of Israel.

As operações militares em andamento de Sanaa em apoio aos palestinos em Gaza, juntamente com a imposição de um bloqueio aéreo até que Israel cesse sua campanha de limpeza étnica, fizeram com que mais de uma dúzia de companhias aéreas internacionais suspendessem seus voos de e para Tel Aviv.

Na sexta-feira, o Grupo Lufthansa da Alemanha estendeu a suspensão de voos para Israel até 18 de maio. A American Airlines, a Delta e a United também cancelaram seus voos para Israel por tempo indeterminado.

Outras grandes companhias aéreas que mantêm a suspensão incluem Aegean Airlines, airBaltic, Air Europa, Air France, KLM, British Airways, Iberia Express, ITA Airways, LOT Polish Airlines, Ryanair, Wizz Air e Transavia.

“A operação que teve como alvo o Aeroporto [Ben Gurion] expôs a vulnerabilidade do inimigo israelense aos mísseis iemenitas e revelou a falha dos sistemas de defesa israelense e norte-americano… De 15 de março a 7 de maio, nossas operações de apoio totalizaram mais de 131, realizadas com 253 mísseis balísticos, de cruzeiro, hipersônicos e drones”, disse o líder do Ansarallah, Abdul Malik al-Houthi, durante um discurso na quinta-feira.

Ele também observou que o ataque de domingo ao principal campo de aviação de Israel ocorreu apesar das “quatro camadas de proteção” de Tel Aviv, incluindo o sistema de defesa antimísseis THAAD dos EUA, recentemente implantado.

No início desta semana, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou o fim da guerra ilegal contra o Iêmen após Omã mediar com sucesso um acordo de cessar-fogo entre Washington e Sanaa. Autoridades americanas confirmaram posteriormente que Israel não está incluído na trégua.

“Israel se defenderá sozinho”, disse o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu na quarta-feira, enquanto continuam a surgir relatos indicando que seu relacionamento com Trump se deteriorou rapidamente.

Publicado originalmente pelo The Cradle em 09/05/2025

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