Jogos Vorazes? Governo dos EUA avalia reality para dar cidadania a imigrantes

Reality show pode transformar cidadania em competição nos EUA

O Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos (DHS) confirmou que está analisando uma proposta de reality show em que imigrantes competiriam entre si pelo direito à cidadania americana. A informação foi divulgada inicialmente pelo Daily Mail e confirmada pelo Washington Post por meio de comunicado da porta-voz Tricia McLaughlin, que informou que o projeto está em avaliação preliminar e ainda não foi aprovado nem rejeitado pela pasta. Segundo McLaughlin, a secretária de Segurança Interna, Kristi L. Noem, não avaliou a proposta.

Como seria o formato do reality?

Intitulada “The American”, a série foi idealizada por Rob Worsoff, produtor canadense com passagens por “Duck Dynasty” e “Millionaire Matchmaker”. O formato prevê que doze imigrantes desembarquem na Ilha Ellis para iniciar uma jornada por várias cidades dos EUA, viajando em um trem chamado “The American”. Os desafios incluem tarefas associadas à história e cultura dos EUA, como garimpar ouro em San Francisco, disputar competições de corte de tronco em Wisconsin e montar um Ford Modelo T em Detroit.

Cada episódio teria provas denominadas “desafio de herança” e “desafio de eliminação”, além de “reunião comunitária” e “votação final”. No último episódio, o vencedor seria naturalizado cidadão americano nos degraus do Capitólio, em Washington, conforme o documento de apresentação.

O programa terá inspiração em obras distópicas?

O criador Rob Worsoff negou qualquer inspiração em “Jogos Vorazes”, franquia em que os participantes competem até a morte. “Não é como se, se você perder, será enviado de volta de barco para fora do país”, declarou ao Wall Street Journal. Ele também disse que não teve contato direto com a secretária do DHS, mas está em conversas preliminares com redes de televisão e recebeu retorno positivo da agência.

Entre os nomes cogitados para apresentar o programa estão Sofia Vergara, Ryan Reynolds e Mila Kunis, todos cidadãos naturalizados americanos. Nenhum dos três citados é apoiador de Donald Trump, muito menos de sua política radical contra imigrantes.