Bolívia decide neste domingo se expulsa ou extradita líder do PCC preso, diz PF

Em coletiva de imprensa, o diretor-geral da PF, Andrei Passos, afirmou que as autoridades bolivianas decidirão se Tuta será expulso ou extraditado para o Brasil. Ele é apontado como número 1 do PCC

Mai 18, 2025 - 03:34
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Bolívia decide neste domingo se expulsa ou extradita líder do PCC preso, diz PF

O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Passos, informou que as autoridades bolivianas irão realizar amanhã (18/5) uma audiência para decidir se Marcos Roberto de Almeida, conhecido como ‘Tuta’ e apontado pelas autoridades brasileiras de ser o número 1 do Primeiro Comando da Capital (PCC), será expulso ou extraditado para o Brasil.

Ele foi detido na sexta-feira (16/5) em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, após apresentar documentos falsos enquanto tentava renovar seu documento de identidade estrangeito (CEI). Ele apresentou-se como Maycon Gonçalves da Silva.

Em caso de expulsão, o processo pode ser concluído em alguns dias. Já em caso de extradição, o trâmite é um pouco mais demorado, mas ainda sem prazo definido. Passos informou que a equipe da PF está de prontidão no Brasil ou para receber o brasileiro ou para ir buscá-lo em Santa Cruz de la Sierra.

Ontem à noite, Passos ligou para o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, para informar sobre a operação. Na ocasião, o ministro foi informado sobre o que havia acontecido e quais seriam os próximos passos. Logo após a conversa com o diretor-geral da PF, Lewandowski telefonou para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e para o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, que imediatamente acionou a Embaixada do Brasil na Bolívia.

Uma audiência está prevista para acontecer amanhã (17/5) no país vizinho e a expectativa é que após a reunião das autoridades bolivianas já se saiba qual será o procedimento aplicado neste caso. O diretor-geral da PF reforçou que o Brasil respeita o procedimento legal do país e acredita que uma solução será encontrada em breve.

Tuta é acusado de ser um dos principais articuladores de um esquema internacional de lavagem de dinheiro. Ele foi condenado pela justiça brasileira por associação criminosa, tráfico de drogas e lavagem de capitais, com pena superior a 12 anos de reclusão.