iPhones têm queda de até 31% no preço em plataformas da China diante da concorrência com marcas locais
Modelos de iPhone registraram reduções de até um terço no valor de venda em plataformas chinesas de comércio eletrônico, como JD.com e Tmall, em meio à intensificação da concorrência entre a Apple e fabricantes locais como Huawei Technologies e Xiaomi. Os descontos, que chegam a 2.500 yuans (aproximadamente US$ 346), ocorrem mesmo sem um anúncio […] O post iPhones têm queda de até 31% no preço em plataformas da China diante da concorrência com marcas locais apareceu primeiro em O Cafezinho.

Modelos de iPhone registraram reduções de até um terço no valor de venda em plataformas chinesas de comércio eletrônico, como JD.com e Tmall, em meio à intensificação da concorrência entre a Apple e fabricantes locais como Huawei Technologies e Xiaomi.
Os descontos, que chegam a 2.500 yuans (aproximadamente US$ 346), ocorrem mesmo sem um anúncio oficial da Apple sobre corte de preços.
Além da iniciativa privada, os consumidores em quase 30 cidades e províncias chinesas — incluindo Pequim e Xangai — têm acesso a um subsídio governamental de até 500 yuans na compra de smartphones com preço inferior a 6.000 yuans. A medida tem como objetivo incentivar o consumo interno e impulsionar o desempenho da economia nacional.
O incentivo financeiro beneficia principalmente fabricantes locais cujos modelos se enquadram nas condições estabelecidas, como Xiaomi e Huawei, marcas de médio a alto padrão.
Até recentemente, a maioria dos iPhones comercializados no país não estava dentro dos critérios de elegibilidade para o subsídio. No entanto, com os recentes descontos aplicados por varejistas, ao menos um modelo da Apple passou a se enquadrar.
O iPhone 16 Pro com 128 GB de armazenamento, por exemplo, teve uma redução de 2.000 yuans, sendo ofertado por 5.999 yuans nas plataformas JD.com e Tmall, do Alibaba Group Holding.
Com isso, o modelo tornou-se elegível para o subsídio governamental. A diferença em relação ao preço oficial da Apple na China continental representa um desconto de 31%.
Outro modelo, o iPhone 16 Pro Max com 256 GB, que era vendido por 9.999 yuans, passou a ser encontrado por 8.599 yuans na JD.com, com redução proporcionalmente inferior, mas ainda significativa.
Embora os preços no site oficial da Apple na China não tenham sofrido alteração, veículos locais como o ITHome informaram que a empresa norte-americana autorizou descontos de até US$ 176 por unidade para distribuidores. A Apple não respondeu aos pedidos de comentário feitos pela imprensa na terça-feira.
Os novos valores praticados na China continental passaram, em alguns casos, a ser inferiores aos praticados em Hong Kong, região que historicamente atrai consumidores em busca de eletrônicos a preços mais baixos.
Em Hong Kong, o iPhone 16 Pro tem preço inicial de HK$ 8.599 (aproximadamente US$ 1.104), valor que segue abaixo do preço de tabela internacional, mas que já não representa vantagem frente às promoções oferecidas por plataformas chinesas.
Mesmo antes das reduções mais recentes, modelos como o iPhone 16, o iPhone 16 Plus e o iPhone 16e já eram vendidos por valores menores na China continental em comparação a Hong Kong. A diferença de preços sugere uma estratégia dos varejistas chineses para ajustar a competitividade dos produtos da Apple diante do avanço de concorrentes locais.
Segundo a consultoria IDC, as remessas de smartphones da Apple na China recuaram 9% no primeiro trimestre de 2025, totalizando 9,8 milhões de unidades. A Apple foi a única entre as cinco principais marcas de smartphones no país a apresentar retração no período.
No segmento de tablets, a Apple também perdeu participação. Dados da IDC mostram que a presença da empresa no mercado chinês caiu dois pontos percentuais no primeiro trimestre, atingindo 22,5%.
A Huawei manteve a liderança, com 34,5%, ainda que também tenha registrado queda de 1,8 ponto percentual. A Xiaomi, por sua vez, elevou sua participação em quatro pontos percentuais, alcançando 16,8%.
O recuo nas vendas da Apple ocorre em um contexto de recuperação econômica moderada na China e de aumento da competitividade entre fabricantes de dispositivos móveis.
O subsídio estatal de até 500 yuans integra um pacote de medidas para estimular o consumo e movimentar o setor varejista, que inclui, além da indústria de eletrônicos, segmentos como eletrodomésticos, veículos e produtos de consumo durável.
Ainda não há confirmação oficial de que os descontos promovidos pelos distribuidores chineses tenham origem direta em uma estratégia coordenada com a Apple. Contudo, os repasses autorizados por meio dos canais de revenda apontam para uma movimentação voltada à recuperação da participação de mercado.
As reduções de preços também podem influenciar a percepção de valor dos produtos Apple entre os consumidores chineses, especialmente em um cenário de opções nacionais mais acessíveis. O posicionamento da Apple no mercado local poderá ser reavaliado à medida que os novos valores impactarem o desempenho das vendas ao longo dos próximos meses.
Com informações da SCMP
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