Leila Pereira representará a CBF em congresso da FIFA na sede da Conmebol

Com a ausência de Ednaldo Rodrigues na próxima reunião da FIFA, marcada para acontecer nesta sexta-feira (16) na sede da Conmebol, no Paraguai, Leila Pereira foi nomeada pelo presidente da CBF como representante da entidade no encontro, conforme informou o Estadão.

Esta será a primeira vez que a presidente do Palmeiras assume esse papel em um evento oficial da federação internacional que reunirá todas as 211 associações filiadas à instituição para tratar de pautas relevantes ao futebol global. Entre os temas previstos para o congresso estão a análise das contas referentes a 2024, o planejamento financeiro dos próximos anos e debates sobre medidas de enfrentamento à discriminação, em especial ao racismo.

A escolha de Leila para representar a CBF acontece em meio a um contexto de tensão com a Conmebol, motivado pelo episódio de injúria racial sofrido por atletas do Palmeiras por torcedores do Cerro Porteño na Libertadores sub-20. A dirigente tem criticado a postura da entidade sul-americana, que segundo ela tem adotado punições brandas, e chegou a sugerir publicamente que clubes brasileiros considerem alternativas como uma possível migração para a Concacaf, motivando a Conmebol a criar um grupo para combater o racismo no futebol sul-americano.

A reunião acontece dias após o Conselho da FIFA aprovar novas diretrizes para lidar com episódios de preconceito no futebol, visto que o documento aprovado pelos dirigentes promove ajustes nos regulamentos da entidade, com o objetivo de intensificar a luta contra qualquer forma de intolerância dentro e fora de campo.

Essas mudanças obrigam as federações nacionais a preverem punições específicas em seus códigos disciplinares para casos como racismo, xenofobia, misoginia e outras práticas discriminatórias. Além disso, foi autorizado que a própria FIFA intervenha diretamente, caso considere que alguma associação tenha sido omissa ou negligente diante de episódios do tipo.

A federação internacional reforça ainda que, nos casos mais graves, sanções financeiras não serão suficientes. A entidade defende a aplicação de medidas esportivas, como a retirada de pontos e até a exclusão de equipes de competições, para garantir que a mensagem de intolerância zero seja levada a sério por todas as partes envolvidas.

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