Impressões: Hordes of Hunger já entrega ação satisfatória em uma experiência que ainda tem margem para melhorias

Desenvolvido pela Hyperstrange, Hordes of Hunger está disponível a partir de hoje em acesso antecipado para PC via Steam. A convite da Kwalee, responsável pela distribuição do game, jogamos antecipadamente a versão que chega hoje ao Steam e contamos para você o que achamos dessa experiência e os motivos para já ficar de olho neste projeto.A fome encarnadaEm Hordes of Hunger, assumimos o papel de Mirah, uma guerreira determinada a defender sua terra natal da crescente invasão de criaturas demoníacas. Com o apoio de seu pai, um ancião incapaz de lutar, mas detentor de vasto conhecimento sobre o mundo e sobre magia, Mirah deve se tornar uma força implacável contra os demônios. Neste arena-slasher com elementos de sobrevivência, enfrentando hordas intermináveis de inimigos para concluir missões, aprimorar atributos e vencer as forças do mal.Assim como em outros jogos do gênero “survivorlike”, a dinâmica principal aqui já é bem familiar: derrotar inimigos, ganhar experiência para subir de nível, escolher entre melhorias ativas e passivas aleatórias e sobreviver até o confronto final com o chefe da fase.O diferencial está na apresentação em terceira pessoa com gráficos 3D e foco em ação. Mirah pode empunhar diversas armas — espadas, manoplas, martelos de guerra e lanças —, cada uma com estilos únicos de combate. Espadas oferecem equilíbrio, lanças permitem ataques rápidos à distância, manoplas são eficazes em combates próximos e martelos, embora lentos, causam grande dano.Além dos ataques normais, Mirah pode usar ataques especiais, mais fortes ou com efeitos de área, ideais para controlar grandes grupos de inimigos. Esses ataques dependem de uma barra de ação que se enche à medida que inimigos são derrotados.Há ainda um terceiro tipo de ação, escolhido antes de cada incursão, que independe da arma equipada. Essa habilidade poderosa pode ser uma investida, uma explosão de área ou até mesmo um feitiço divino que elimina inimigos ao redor. Por ser tão impactante, só pode ser usada quando a barra correspondente estiver totalmente carregada, o que pode levar de alguns minutos a mais, dependendo da habilidade escolhida. Seu uso estratégico é crucial em momentos de maior pressão.Cada arena apresenta objetivos variados, como sobreviver por um tempo determinado, derrotar uma quantidade específica de inimigos, escoltar um NPC, recuperar itens ou eliminar alvos prioritários. A cada duas missões cumpridas, o pai de Mirah lança um feitiço que paralisa todos os inimigos, permitindo à heroína coletar itens e tomar uma decisão: continuar ou recuar para a base. Ao concluir seis missões, podemos enfrentar o chefe da área.Essa decisão estratégica de recuar ou não é fundamental. Ao recuar, o jogador preserva os recursos obtidos — moedas, penas douradas para melhorias permanentes e peças de armas para forjar novos equipamentos. Porém, se optar por seguir e for derrotado, perderá quase todo o progresso.Na base, Mirah pode conversar com seu pai para aplicar melhorias permanentes em atributos como dano, defesa, velocidade de movimento e ganho de experiência. É nesse espaço também que ela combina peças coletadas para fabricar novas armas e, após resgatar o NPC responsável, pode adquirir melhorias para itens de cura utilizados em futuras incursões.O que é bom ainda pode melhorar muito maisDe modo geral, Hordes of Hunger já oferece conteúdo que entretém de forma satisfatória neste momento inicial de lançamento, ainda em acesso antecipado. São sete áreas, quatro tipos de armas, mais de vinte missões distintas para cumprir durante as incursões e um nível de desafio crescente que incentiva o jogador a seguir tentando sobreviver cada vez mais. No entanto, há espaço para melhorias, tanto na parte técnica quanto na jogabilidade e na qualidade de vida do jogo.A variedade de armas é limitada, com apenas quatro opções disponíveis. Acredito que a Hyperstrange já esteja trabalhando na adição de novos tipos, como arcos, bestas, machados, etc., que podem enriquecer a dinâmica do combate com efeitos como sangramento, envenenamento, acertos críticos e até ataques com elementos mágicos.Até o momento, Mirah é a única personagem jogável. A inclusão de novos personagens, cada um com características únicas e estilos próprios de combate, seria uma adição bem-vinda. Esses personagens também poderiam contar com arsenais distintos, ampliando ainda mais a diversidade do gameplay.Visualmente, o jogo apresenta uma direção de arte marcante, com uma ambientação medieval convincente. Porém, falta variedade nos inimigos: muitos têm visuais muito parecidos, especialmente os de níveis mais baixos, e compartilham as mesmas ilustrações no bestiário, mesmo sendo de tipos diferentes.A implementação de controles ainda precisa de melhorias. Embora o suporte a controle já esteja disponível, a navegação pelos menus usando esse recurso é pouco eficiente, exigindo o uso do mouse para acessar opções ou selecionar melhorias ao subir de nível.A mecânica de criação de armas também é ba

Mai 6, 2025 - 15:37
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Impressões: Hordes of Hunger já entrega ação satisfatória em uma experiência que ainda tem margem para melhorias
Desenvolvido pela Hyperstrange, Hordes of Hunger está disponível a partir de hoje em acesso antecipado para PC via Steam. A convite da Kwalee, responsável pela distribuição do game, jogamos antecipadamente a versão que chega hoje ao Steam e contamos para você o que achamos dessa experiência e os motivos para já ficar de olho neste projeto.

A fome encarnada

Em Hordes of Hunger, assumimos o papel de Mirah, uma guerreira determinada a defender sua terra natal da crescente invasão de criaturas demoníacas. Com o apoio de seu pai, um ancião incapaz de lutar, mas detentor de vasto conhecimento sobre o mundo e sobre magia, Mirah deve se tornar uma força implacável contra os demônios. Neste arena-slasher com elementos de sobrevivência, enfrentando hordas intermináveis de inimigos para concluir missões, aprimorar atributos e vencer as forças do mal.

Assim como em outros jogos do gênero “survivorlike”, a dinâmica principal aqui já é bem familiar: derrotar inimigos, ganhar experiência para subir de nível, escolher entre melhorias ativas e passivas aleatórias e sobreviver até o confronto final com o chefe da fase.

O diferencial está na apresentação em terceira pessoa com gráficos 3D e foco em ação. Mirah pode empunhar diversas armas — espadas, manoplas, martelos de guerra e lanças —, cada uma com estilos únicos de combate. Espadas oferecem equilíbrio, lanças permitem ataques rápidos à distância, manoplas são eficazes em combates próximos e martelos, embora lentos, causam grande dano.

Além dos ataques normais, Mirah pode usar ataques especiais, mais fortes ou com efeitos de área, ideais para controlar grandes grupos de inimigos. Esses ataques dependem de uma barra de ação que se enche à medida que inimigos são derrotados.

Há ainda um terceiro tipo de ação, escolhido antes de cada incursão, que independe da arma equipada. Essa habilidade poderosa pode ser uma investida, uma explosão de área ou até mesmo um feitiço divino que elimina inimigos ao redor. Por ser tão impactante, só pode ser usada quando a barra correspondente estiver totalmente carregada, o que pode levar de alguns minutos a mais, dependendo da habilidade escolhida. Seu uso estratégico é crucial em momentos de maior pressão.

Cada arena apresenta objetivos variados, como sobreviver por um tempo determinado, derrotar uma quantidade específica de inimigos, escoltar um NPC, recuperar itens ou eliminar alvos prioritários. A cada duas missões cumpridas, o pai de Mirah lança um feitiço que paralisa todos os inimigos, permitindo à heroína coletar itens e tomar uma decisão: continuar ou recuar para a base. Ao concluir seis missões, podemos enfrentar o chefe da área.

Essa decisão estratégica de recuar ou não é fundamental. Ao recuar, o jogador preserva os recursos obtidos — moedas, penas douradas para melhorias permanentes e peças de armas para forjar novos equipamentos. Porém, se optar por seguir e for derrotado, perderá quase todo o progresso.

Na base, Mirah pode conversar com seu pai para aplicar melhorias permanentes em atributos como dano, defesa, velocidade de movimento e ganho de experiência. É nesse espaço também que ela combina peças coletadas para fabricar novas armas e, após resgatar o NPC responsável, pode adquirir melhorias para itens de cura utilizados em futuras incursões.

O que é bom ainda pode melhorar muito mais

De modo geral, Hordes of Hunger já oferece conteúdo que entretém de forma satisfatória neste momento inicial de lançamento, ainda em acesso antecipado. São sete áreas, quatro tipos de armas, mais de vinte missões distintas para cumprir durante as incursões e um nível de desafio crescente que incentiva o jogador a seguir tentando sobreviver cada vez mais. No entanto, há espaço para melhorias, tanto na parte técnica quanto na jogabilidade e na qualidade de vida do jogo.

A variedade de armas é limitada, com apenas quatro opções disponíveis. Acredito que a Hyperstrange já esteja trabalhando na adição de novos tipos, como arcos, bestas, machados, etc., que podem enriquecer a dinâmica do combate com efeitos como sangramento, envenenamento, acertos críticos e até ataques com elementos mágicos.

Até o momento, Mirah é a única personagem jogável. A inclusão de novos personagens, cada um com características únicas e estilos próprios de combate, seria uma adição bem-vinda. Esses personagens também poderiam contar com arsenais distintos, ampliando ainda mais a diversidade do gameplay.

Visualmente, o jogo apresenta uma direção de arte marcante, com uma ambientação medieval convincente. Porém, falta variedade nos inimigos: muitos têm visuais muito parecidos, especialmente os de níveis mais baixos, e compartilham as mesmas ilustrações no bestiário, mesmo sendo de tipos diferentes.

A implementação de controles ainda precisa de melhorias. Embora o suporte a controle já esteja disponível, a navegação pelos menus usando esse recurso é pouco eficiente, exigindo o uso do mouse para acessar opções ou selecionar melhorias ao subir de nível.

A mecânica de criação de armas também é bastante simples. Atualmente, o sistema se baseia apenas na combinação de peças para gerar novas armas, sem considerar atributos como dano elemental ou taxa de crítico. O resultado é definido principalmente pela raridade dos itens utilizados, o que limita a profundidade e a personalização do processo.

A câmera ainda precisa de ajustes, mas os próprios desenvolvedores já se comprometeram a melhorar esse aspecto a partir do lançamento do acesso antecipado, que ocorre hoje.

Apesar dessas limitações, as primeiras impressões são positivas. Hordes of Hunger mostra potencial para se consolidar como mais um bom representante do gênero roguelike de sobrevivência, atraindo a atenção dos fãs desse estilo em constante crescimento.

Abriu meu apetite para mais

Hordes of Hunger estreia com uma base sólida e promissora, mesmo em sua fase de acesso antecipado. Embora ainda careça de ajustes técnicos e aprofundamento em algumas mecânicas, o jogo já entrega uma experiência viciante, com ideias bem executadas e uma ambientação envolvente.

Com atualizações consistentes e certeiras baseadas no feedback da comunidade, há chances de o título se firmar como um destaque entre os roguelikes de ação e sobrevivência. Para quem gosta do gênero, vale a pena acompanhar sua evolução — e, para os mais curiosos, já há conteúdo o bastante para justificar as primeiras horas de ação neste mundo com fome de ação.

Hordes of Hunger está disponível em acesso antecipado para PC via Steam.
Revisão: Ives Boitano