As diferenças entre a flacidez cutânea e flacidez muscular
A flacidez muscular, frequentemente associada ao sedentarismo e ao envelhecimento, caracteriza-se pela redução do tónus e da massa muscular, levando a músculos mais fracos e menos definidos.


Por Avenue Clinic
A flacidez é um fenómeno multifatorial que afeta tanto a musculatura esquelética como a pele, impactando a aparência e a funcionalidade do corpo. Podendo ser definida como a perda de tonicidade estrutural da pele ou dos músculos, resulta em ambos os casos num aspecto mais envelhecido e menos firme. Tendo mecanismos fisiológicos distintos, é importante compreender a diferenciação entre flacidez muscular e flacidez cutânea para o tratamento e escolha das estratégias terapêuticas mais adequadas.
A flacidez muscular, frequentemente associada ao sedentarismo e ao envelhecimento, caracteriza-se pela redução do tónus e da massa muscular, levando a músculos mais fracos e menos definidos. Esse processo ocorre devido à atrofia muscular, que consiste na diminuição das fibras musculares e pode ser causada pela má alimentação, envelhecimento e redução da síntese proteica, comprometendo a contração muscular.
Além disso, alterações neuromusculares podem diminuir a atividade e o recrutamento de fibras musculares. O sedentarismo, a falta de exercícios de resistência, a sarcopenia, dietas inadequadas e, em alguns casos, doenças neuromusculares, são as principais causas da flacidez muscular. Por outro lado, a flacidez cutânea está relacionada à perda de colagénio, elastina e ácido hialurónico, componentes essenciais para a firmeza e elasticidade da pele.
Este processo é causado por vários fatores, como:
·Diminuição da produção de colagénio e elastina, com a redução da atividade dos fibroblastos que ocorre naturalmente com o envelhecimento.
·Glicação do colagénio, um processo em que as moléculas de açúcar se ligam às fibras de colagénio, resultando no seu enrijecimento e degradação precoce.
·Atrofia da camada dérmica, que se torna mais fina, diminuindo a sustentação da pele.
Fatores como exposição solar excessiva, poluição, oscilações de peso e hábitos de vida pouco saudáveis, como o tabagismo, também contribuem para a flacidez cutânea, pois causam danos oxidativos, acelerando a degradação do colagénio e elastina. Embora a flacidez muscular e a flacidez cutânea sejam processos distintos, elas podem coexistir e agravar-se mutuamente. A correcta avaliação e entendimento das diferenças fisiológicas entre elas permite a escolha das estratégias mais eficazes para prevenção tratamento.