Ibovespa e Dólar Avançam, Repercutindo Acordo entre EUA-China
Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo. Mercado recebeu a notícia com alívio e voltou a investir em países de moeda forte, como os Estados Unidos O post Ibovespa e Dólar Avançam, Repercutindo Acordo entre EUA-China apareceu primeiro em Forbes Brasil.

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
O mercado começou esta semana com mais entusiasmo, após acordo tarifário entre China e Estados Unidos afastar a possibilidade de recessão na economia americana. No final de semana, as duas potências econômicas se reuniram em Genebra, na Suíça, mas apenas nesta segunda-feira (12), oficializaram o acordo que deve vigorar pelos próximos 90 dias e prevê o recuo nas tarifas de importações. Antes, os EUA taxavam produtos chineses em 145%, enquanto a China, em 125% os americanos, agora, as taxas serão de 30% e 10%, respectivamente.
Com esse cenário, o dólar fechou em alta ante a maior parte das divisas, inclusive o real. No dia, a moeda americana teve alta de 0,50%, cotada em R$ 5,6833. A retomada do dólar também impactou o preço das commodities, como o petróleo e o minério de ferro, o que fez com que as blue chips Vale e Petrobras avançassem no Ibovespa. O índice encerrou o dia com avanço de 0,04%, acumulando 36.563,18 pontos. Já em Wall Street, o S&P 500, umas das referências do mercado acionário americano, registrou alta de 3,26%.
Retomada da confiança
O alívio trazido pelo acordo fez investidores reduzirem posições em ativos de segurança, como os títulos americanos e buscarem ativos mais arriscados, como ações. No mercado de moedas, isso se traduziu na venda de divisas de segurança como o iene, a libra e o euro, o que impulsionou o dólar.
A moeda americana também se valorizou ante a maior parte das divisas de emergentes e exportadores de commodities, incluindo o real, em meio à percepção de que o acordo com a China é um fator positivo para a economia dos EUA.
“O dólar caiu no meio desta guerra tarifária porque os investidores viram que os EUA eram o país que tinha mais a perder. Como a guerra tarifária expulsou os investidores para outras praças, como a Suíça e o Reino Unido, o acordo com a China faz com que os investidores voltem para os EUA”, pontuou André Galhardo, consultor econômico da Remessa Online, destacando o avanço forte do índice do dólar ao longo do dia.
Nem mesmo a alta do petróleo (1,64%) e do minério de ferro (3,16%) conteve o avanço da divisa americana ante o real. “Embora as commodities tenham se valorizado, impulsionadas pela perspectiva de maior demanda chinesa após o acordo, o impacto sobre o dólar mostrou-se limitado”, pontuou Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad, em comentário escrito. Segundo ele, o fenômeno reorganiza os fluxos de capital estrangeiro.
Em segundo plano
No Brasil, a forte influência do acordo comercial EUA-China deixou em segundo plano a entrevista do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao UOL. Nela, o ministro disse que a inflação se acomodará se as metas fiscais do governo federal forem cumpridas e o Banco Central fizer seu papel. “A Fazenda não está pensando em nada, do ponto de vista fiscal, além de cumprir as metas estabelecidas, não há outro plano de voo que não seja esse”, disse Haddad.
Pela manhã, o boletim Focus do Banco Central mostrou uma pequena alteração na projeção mediana do mercado para o dólar no fim deste ano, de R$ 5,86 para R$ 5,85 — ainda assim uma cotação acima do visto em sessões mais recentes, quando a taxa de câmbio se manteve abaixo dos R$ 5,80.
Destaques
– VALE ON subiu 2,51%, acompanhando a reação dos preços futuros do minério de ferro na China ao acordo entre Washington e Pequim para reduzir temporariamente tarifas recíprocas. O contrato mais negociado em Dalian encerrou as negociações do dia com alta.
– PETROBRAS PN valorizou-se 2,39%, apoiada pela alta do petróleo no exterior, enquanto agentes aguardam o balanço da estatal após o fechamento do mercado. A média de projeções de analistas compiladas pela LSEG aponta lucro líquido de R$ 31,7 bilhões.
– BTG PACTUAL UNIT cedeu 2,6%, apesar do balanço do primeiro trimestre, com receita de R$ 6,837 bilhões e lucro líquido ajustado de R$ 3,367 bilhões, ambos recordes, enquanto o retorno ajustado sobre o patrimônio (ROAE) ajustado aumentou para 23,2%. Os papéis haviam subido nas três sessões anteriores, acumulando no período uma valorização de mais de 9%.
– BANCO DO BRASIL ON recuou 1,56%, tendo no radar adiamento da divulgação do balanço prevista para esta segunda para a quinta-feira (15). No setor, após uma semana positiva, ITAÚ PN caiu 2,01%, BRADESCO PN cedeu 1,46%, SANTANDER BRASIL UNIT perdeu 0,73%.
– BRASKEM PNA avançou 6,05%, com agentes também repercutindo a divulgação na madrugada de sábado pela petroquímica de lucro líquido de R$ 698 milhões no primeiro trimestre deste ano, revertendo um prejuízo de R$ 1,35 bilhão no mesmo período do ano passado.
– MINERVA ON subiu 2,22%, com o noticiário incluindo acordo de leniência assinado com a Advocacia Geral da União (AGU) e a Controladoria Geral da União (CGU), que prevê pagamento de R$22 milhões pela companhia à União, em decisão com base na lei Anticorrupção por eventos anteriores a 2018.
– IRB(RE) ON fechou em queda de 4,51% antes da divulgação do balanço do primeiro trimestre, prevista para após o fechamento.
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