Haddad admite que prepara novas medidas para cumprir meta, mas rechaça termo 'pacote fiscal'
Ministro da Fazenda não detalhou quais medidas podem adotadas. Por outro lado, Haddad descartou aumento do Bolsa Família e disse que não há 'espaço fiscal' para novos projetos. Fernando Haddad, ministro da Fazenda Divulgação/Ministério da Fazenda O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, admitiu nesta quinta-feira (15) que a equipe econômica está avaliando novas medidas para conseguir cumprir a meta para as contas públicas deste ano e o chamado "arcabouço fiscal" – conjunto de regras aprovado em 2023. O ministro, no entanto, rechaçou, durante entrevista a jornalistas, a ideia de que o governo esteja preparando um novo "pacote fiscal". "As únicas medidas que estão sendo preparadas, para levar ao conhecimento do presidente – [na reunião] que seria hoje, mas em função do falecimento do Pepe Mujica [ex-presidente do Uruguai] passou para a semana que vem – são medidas pontuais para cumprimento da meta fiscal como fizemos no ano passado", disse Haddad. "Neste ano, estamos identificando onde estão alguns gargalos e problemas, tanto do ponto de vista da receita como da despesa, e vamos apresentar pro presidente. Não dá nem para chamar de pacote, porque são medidas pontuais", completou o ministro. Ele afirmou que não são verídicas informações que estão circulando no mercado financeiro de que a área econômica trabalha em ações para alavancar a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com a proximidade das eleições, marcadas para 2026. Entre medidas ventiladas, estaria o aumento do orçamento do Bolsa Família. "Isso que está circulando, não sei nem qual o interesse disso. O Wellington Dias, [ministro do Desenvolvimento Social] já falou que não tem demanda, estudo ou pedido de orçamento para o MDS, zero. Orçamento do MDS é esse", disse Haddad. "Não há pressão do MDS sobre a área econômica para nenhuma iniciativa nova. Isso vale para os demais ministérios também. Não há espaço fiscal para projetos novos", frisou o ministro da Fazenda. Bolsa Família em 2026 Haddad comenta possibilidade de ampliação da isenção na conta de luz Contudo, questionado se o governo considera elevar para R$ 700 o valor do Bolsa Família em 2026, Haddad não respondeu. Disse apenas que "não tem estudo, não tem demanda, não tem nada", e que o orçamento do ano que vem "não está nem sendo discutido ainda". "Estou dando uma resposta que não tem estudo, não tem demanda, não tem nada. O orçamento do ano que vem não está nem sendo discutido ainda. Estou discutindo meta fiscal desse ano. Orçamento vai para o congresso em agosto. Pressões, dificuldades, não começaram a ser discutidos. Se quer inventar um problema para ajudar especulador a ganhar dinheiro, o problema não pode ser meu", declarou o ministro. Meta fiscal e arcabouço


Ministro da Fazenda não detalhou quais medidas podem adotadas. Por outro lado, Haddad descartou aumento do Bolsa Família e disse que não há 'espaço fiscal' para novos projetos. Fernando Haddad, ministro da Fazenda Divulgação/Ministério da Fazenda O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, admitiu nesta quinta-feira (15) que a equipe econômica está avaliando novas medidas para conseguir cumprir a meta para as contas públicas deste ano e o chamado "arcabouço fiscal" – conjunto de regras aprovado em 2023. O ministro, no entanto, rechaçou, durante entrevista a jornalistas, a ideia de que o governo esteja preparando um novo "pacote fiscal". "As únicas medidas que estão sendo preparadas, para levar ao conhecimento do presidente – [na reunião] que seria hoje, mas em função do falecimento do Pepe Mujica [ex-presidente do Uruguai] passou para a semana que vem – são medidas pontuais para cumprimento da meta fiscal como fizemos no ano passado", disse Haddad. "Neste ano, estamos identificando onde estão alguns gargalos e problemas, tanto do ponto de vista da receita como da despesa, e vamos apresentar pro presidente. Não dá nem para chamar de pacote, porque são medidas pontuais", completou o ministro. Ele afirmou que não são verídicas informações que estão circulando no mercado financeiro de que a área econômica trabalha em ações para alavancar a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com a proximidade das eleições, marcadas para 2026. Entre medidas ventiladas, estaria o aumento do orçamento do Bolsa Família. "Isso que está circulando, não sei nem qual o interesse disso. O Wellington Dias, [ministro do Desenvolvimento Social] já falou que não tem demanda, estudo ou pedido de orçamento para o MDS, zero. Orçamento do MDS é esse", disse Haddad. "Não há pressão do MDS sobre a área econômica para nenhuma iniciativa nova. Isso vale para os demais ministérios também. Não há espaço fiscal para projetos novos", frisou o ministro da Fazenda. Bolsa Família em 2026 Haddad comenta possibilidade de ampliação da isenção na conta de luz Contudo, questionado se o governo considera elevar para R$ 700 o valor do Bolsa Família em 2026, Haddad não respondeu. Disse apenas que "não tem estudo, não tem demanda, não tem nada", e que o orçamento do ano que vem "não está nem sendo discutido ainda". "Estou dando uma resposta que não tem estudo, não tem demanda, não tem nada. O orçamento do ano que vem não está nem sendo discutido ainda. Estou discutindo meta fiscal desse ano. Orçamento vai para o congresso em agosto. Pressões, dificuldades, não começaram a ser discutidos. Se quer inventar um problema para ajudar especulador a ganhar dinheiro, o problema não pode ser meu", declarou o ministro. Meta fiscal e arcabouço