Geração Z revoluciona relação com o trabalho e desafia modelos tradicionais
A relação entre empresas e colaboradores está em constante transformação, e a Geração Z está na linha de frente dessa mudança.


A relação entre empresas e colaboradores está em constante transformação, e a Geração Z está na linha de frente dessa mudança. Quem nunca observou a diferença na forma como um funcionário da geração Z e um outro da geração X lidam com o trabalho?
De acordo com o site Fast Company, mais de 40% dos profissionais dessa geração já recusaram tarefas por questões éticas, enquanto quatro em cada dez optaram por não aceitar um emprego em empresas desalinhadas com seus valores. No ambiente de trabalho, justiça social, saúde mental e equilíbrio entre vida pessoal e profissional ganham cada vez mais relevância nesta geração.
Essa postura tem impacto direto em outras faixas etárias, influenciando-as. Mais de 90% dos trabalhadores afirmam ter sido influenciados pela Geração Z na busca por maior significado no trabalho, e seis em cada dez dizem que passaram a se posicionar mais diante de situações que desaprovam.
Jennifer Deal, investigadora das transformações no mercado de trabalho, explica que “os jovens querem ser desafiados”. No entanto, também há uma clara mudança nas expectativas dos funcionários em relação às organizações e seus líderes. Arthur Brooks, professor da Harvard Business School, observa: “Todos os anos ensino alunos de MBA sobre felicidade e liderança. Muitos deles estão prestes a atingir grande sucesso, mas sentem ansiedade sobre o significado desse caminho. Falam com ex-alunos que enfrentam o vício no trabalho, relações falhadas e dificuldades em encontrar paixão no trabalho”.
O que a Geração Z tem a ensinar?
Líderes empresariais frequentemente expressam frustração com a nova geração, afirmando que “não querem trabalhar”. Mas a realidade é diferente: “Não querem trabalhar do forma como se trabalhava”.
Kahlil Shepard, um profissional da Geração Z, exemplifica este novo paradigma: “Quero fazer coisas que importam. Quero sentir que estou em constante evolução. Quero trabalhar num sítio onde os líderes facilitem não apenas o meu crescimento profissional, mas também a minha capacidade de viver os meus valores”.
Os líderes, por sua vez, têm a oportunidade de equilibrar essa mentalidade com desafios práticos e, ao mesmo tempo, promover um ambiente de trabalho mais alinhado às novas expectativas.
A busca por significado no trabalho não é uma tendência passageira, mas uma transformação estrutural que pode mudar as empresas.