Filho de Wolverine acaba de sofrer a lesão mais grotesca da história da Marvel

Prepare-se: Hellverine #5 não é apenas uma HQ brutal, é uma meditação sombria sobre culpa, legado e punição eterna. Akihiro, o filho do Wolverine, também conhecido como Daken, ressurge no inferno como peça-chave do plano de Mephisto, mas ousa se rebelar, e paga o preço em uma sequência que já entra para a história como uma das mais grotescas e simbólicas da Marvel.

Mas por que a dor dele nos impacta tanto? A resposta está além da violência.

Akihiro não é apenas o filho de Wolverine, é um legado manchado de sangue

Daken nunca teve uma vida simples. Criado à sombra do lendário Wolverine, Akihiro trilhou o caminho oposto ao do pai: violento, manipulador e sedento por vingança. Durante anos, foi conhecido mais por sua crueldade que por qualquer traço heroico. Em Hellverine, sua trajetória alcança o limite da redenção, ou da condenação definitiva.

Ressuscitado por Mephisto, o mutante não volta à vida como um herói, mas como um arauto do inferno, encarregado de erguer totens de sofrimento pelo mundo. Só que ele rejeita esse destino e decide destruir o que deveria preservar. Esse gesto, por mais nobre que pareça, é interpretado por Mephisto como traição, e o Diabo não perdoa rebeldes.

A tortura espiritual, simbólica e cruel

Em uma das cenas mais impactantes da HQ, Mephisto mostra que o inferno não é um lugar, é um estado de existência. Após afogar Akihiro em lava, ele enfia a mão garganta adentro e arranca de seu interior a entidade demoníaca Bagra-ghul. O processo não é só físico: é uma mutilação da alma.

Com o corpo aberto e os nervos expostos, Akihiro é cravado em uma parede de runas amaldiçoadas. Ele permanece consciente, sentindo tudo, preso entre o que foi e o que se recusou a ser. A cena é grotesca, sim, mas também carregada de significado. É a representação da culpa e da dor que o personagem acumula desde sua origem.

O ciclo do inferno: quem causa dor está fadado a senti-la

Se você acompanha HQs há anos, sabe que a Marvel costuma punir seus personagens não apenas fisicamente, mas emocionalmente. E Hellverine entende isso. A dor de Akihiro não é gratuita: é consequência de seus próprios atos como Daken. Ao destruir vidas, ele assinou a própria sentença, agora, sente na pele tudo aquilo que fez aos outros.

Mas aqui está o ponto mais poderoso da narrativa: Akihiro não se entrega. Mesmo despedaçado, ele tenta manter o controle de sua consciência. A brutalidade de Mephisto não apaga sua tentativa de redenção, ela apenas torna o caminho mais penoso. Um lembrete cruel de que, na Marvel, nem todo arco de redenção tem final feliz.

O inferno não acabou: agora o Hulk é o próximo alvo de Mephisto

Mesmo depois de torturar Akihiro ao limite da existência, Mephisto não está satisfeito. O plano do vilão vai além da dor individual, ele quer espalhar seu domínio para o plano terreno. E seu próximo alvo é ninguém menos que o Hulk.

A influência demoníaca de Bagra-ghul, o espírito extraído de dentro de Akihiro, começa a contaminar outras almas. Bruce Banner, com seu poder descomunal e instabilidade emocional, se torna o hospedeiro perfeito para essa nova “infecção espiritual”. O resultado é um monstro ainda mais descontrolado e perigoso do que o próprio Hulk original, uma criatura alimentada por ódio infernal.

Essa HQ vai ficar marcada na história da Marvel

Hellverine #5 não é só mais um capítulo sombrio da linha mutante. É um manifesto sobre o peso das escolhas, o fardo da linhagem e a impossibilidade de fugir do próprio reflexo. Akihiro, um personagem que sempre foi visto como sombra do pai, finalmente ganha uma jornada própria, dolorosa, complexa e carregada de simbolismo.

É também uma obra que desafia os limites do que se pode mostrar em um quadrinho mainstream. Com arte visceral, roteiro maduro e um vilão que transcende o mal clássico, a HQ entrega tudo o que fãs exigentes esperam: impacto, profundidade e reverência ao universo que amam.

Hellverine #5 estará disponível na Marvel Comics.

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