F1: O problema que a Mercedes tem de resolver para chegar ao topo

O chefe de equipa da Mercedes, Toto Wolff, e o diretor de engenharia da pista, Andrew Shovlin, expressaram a sua frustração com os problemas de sobreaquecimento dos pneus da equipa no Grande Prémio da Arábia Saudita, em Jidá. George Russell e Kimi Antonelli tiveram dificuldades com a degradação dos pneus, o que levou a uma queda no desempenho.

George Russell perdeu posições para Charles Leclerc e Lando Norris depois de uma paragem precoce nas boxes e terminou em quinto. Andrea Kimi Antonelli, apesar de inicialmente com bom ritmo, também “perdeu gás” devido a problemas com os pneus, mas conseguiu aguentar Lewis Hamilton para garantir o sexto lugar.

Wolff classificou este como o pior desempenho da Mercedes na temporada até agora, destacando a necessidade de melhorias urgentes antes da próxima corrida em Miami, que também contará com altas temperaturas na pista.

“Foi o nosso pior desempenho do ano até agora. O ritmo foi-se perdendo à medida que os nossos pneus sobreaqueciam e isso foi frustrante. Entrámos na corrida com a esperança de podermos competir pelo pódio mas, com as limitações que tínhamos com os pneus, P5 e P6 era o máximo para nós. Temos de analisar o nosso desempenho, perceber porque é que isso aconteceu e encontrar rapidamente melhorias. A próxima corrida, em Miami, é outra corrida numa pista quente, pelo que teremos de ser melhores do que fomos hoje se quisermos evitar uma repetição do mesmo desempenho. Ambos os pilotos lutaram muito com as limitações que enfrentavam. Mesmo com uma maior gestão em diferentes fases da corrida, George seria sempre incapaz de impedir a passagem de Leclerc e Norris. O Kimi continuou a sua evolução para chegar a P6 e segurar o Lewis (Hamilton). Isso ajudou-nos a limitar os danos aos nossos concorrentes diretos no Campeonato de Construtores, mas não saímos da Arábia Saudita satisfeitos com isso.”

Shovlin fez eco deste facto, salientando a necessidade de resolver os problemas de gestão dos pneus para se manter competitiva nas próximas corridas. Apesar dos contratempos, a Mercedes sentiu-se encorajada pelos sólidos pontos conquistados.

“Esta foi a nossa corrida mais difícil do ano até agora. Ao arrancarmos de 3º e 5º, tínhamos esperança de estar na luta pelo pódio. No entanto, no final, o nosso ritmo foi limitado pelo sobreaquecimento dos compostos médios e duros.

“Ambos os pilotos conseguiram fazer um bom trabalho no início de cada sessão, mas quando foi necessário forçar mais o pneu, ambos os eixos sofreram e não conseguimos atingir o ritmo dos nossos concorrentes. George foi incapaz de travar Leclerc e Norris na fase final, que utilizaram os seus pneus mais frescos com bons resultados. Entretanto, o Kimi fez um bom trabalho para segurar o Lewis, mas o 5º e 6º não são resultados que nos satisfaçam. Sabemos que a gestão dos pneus é uma área em que temos de melhorar e a fábrica está concentrada nisso.

Shovlin continuou: “Apesar da noite difícil, até agora temos conseguido bons pontos nas primeiras cinco corridas da época. Isso é encorajador, mas precisamos de continuar a trabalhar nesse sentido e fazer mais. Temos várias corridas quentes à porta e precisamos de resolver os nossos problemas de gestão de pneus se quisermos competir de forma consistente na frente. Temos a oportunidade de o fazer a partir de Miami, daqui a duas semanas.”The post F1: O problema que a Mercedes tem de resolver para chegar ao topo first appeared on AutoSport.